Janos Tatray |
“Essa Campina Grande é a minha Vszprèm...”
(Janos Tatray)
Para os mais novos, era um senhor elegante, sempre bem trajado com sua inseparável bengala. Estava sempre no centro de Campina Grande. Para os mais antigos, um dos maiores conhecedores do futebol nordestino, que marcou época na Paraíba.
O húngaro Janos Tatray morreu em 2011, sendo alvo de uma postagem aqui no RHCG. Graças à eterna busca de professor Mario Vinicius Carneiro Medeiros, uma grande raridade foi encontrada, o registro de chegada do húngaro ao Brasil, que pode ser visualizado abaixo (cliquem para ampliar):
(Janos Tatray)
Para os mais novos, era um senhor elegante, sempre bem trajado com sua inseparável bengala. Estava sempre no centro de Campina Grande. Para os mais antigos, um dos maiores conhecedores do futebol nordestino, que marcou época na Paraíba.
O húngaro Janos Tatray morreu em 2011, sendo alvo de uma postagem aqui no RHCG. Graças à eterna busca de professor Mario Vinicius Carneiro Medeiros, uma grande raridade foi encontrada, o registro de chegada do húngaro ao Brasil, que pode ser visualizado abaixo (cliquem para ampliar):
Fonte: www.familysearch.org, da Igreja dos Mórmons |
O húngaro relatou sua chegada ao Brasil em entrevista publicada no Jornal da Paraíba (acervo pessoal):
“Nasci em Vszprèm, em 25 de abril de 1922. E de lá parti para a II Guerra Mundial, com pouco mais de 21 anos. Até hoje tenho marcas daquele horroroso caminho: Rússia Tchecoslováquia, Polônia e Hungria. Passei 40 anos com estilhaços de granadas, retirados de meus membros inferiores em 1985. Após a guerra, outros 42 países me receberam: Argentina, França, Paraguai e Chile foram lugares queridos. Trabalhei de cozinheiro, de corretor de imóveis e, como representante do Paraguai em setor de turismo, cheguei para um congresso em São Paulo, em 1° de janeiro de 1953. Nasci de novo no Brasil, começando por São Paulo e depois, Rio, onde conheci alguns húngaros e comecei a trabalhar em bijuterias como viajante. Vim para o Nordeste como viajante de vendas e no Recife, falando em entrevista da seleção de futebol da Hungria - Groscis, Lorant, Lantos, Zakarias, Bozsik, Kocsis, Hidegkuti, Buzanszky, Budai, Czisbor e a nossa glória esportiva Puskas - fui convidado para ser treinador do Tacaruna, uma equipe da segunda divisão, mas terminei ficando no Auto Esporte de João Pessoa, em 1957. Ano seguinte, vim para o Treze de Campina Grande. Em 1958, caso com Maria do Socorro Coura Tatray, natural de São João do Cariri, que me deu mais duas outras jóias: Ana Maria Coura de Tatray (1960) e Maria Isabel Coura de Tatray (1964). Essa Campina Grande é a minha Vszprèm...”
Como pode ser visto acima, toda homenagem ao velho húngaro é pouca, pois Tatray era “louco” por Campina Grande. Assim, conseguimos resgatar uma entrevista feita pelo jornalista Martinho Lutero para a Gazeta do Sertão, no começo dos anos 80. Nossos amigos podem ler na íntegra:
Gazeta do Sertão
Texto e Reportagem
Martinho Lutero
Ele nasceu em Veszprem, na Hungria, no dia 25 de abril de 1922 e veio para a América do Sul logo após a II Grande Guerra Mundial, tendo morado na Argentina, antes de se estabelecer, inicialmente, no eixo Rio-São Paulo, após optar por morar no Brasil, onde - para as suas funções de Corretor e Caixeiro Viajante, da época - o “campo” era melhor.
Seu nome: Janos Tatray; sua profissão atual: "intermediário" na negociação de jogadores, treinadores, apresentações de equipes e regularização; seu sonho: ser enterrado em Campina Grande.
GAZETA - Como e quando você saiu de sua terra?
TATRAY - Eu lutei pela Hungria, ao lado dos alemães, contra a Rússia. Depois, fiquei como muito patrícios meus, sem ter para onde ir, vivendo como refugiado. Não gosto muito de falar sobre essa fase, porque é um tanto triste. Eu era estudante e cheguei a terminar o curso na Academia Comercial, como você pode ver através dos documentos que lhe trouxe. Como refugiado, vim para a América Latina, onde me estabeleci na Argentina, após ter passado pelo Brasil.
GAZETA - Como você viveu, antes de vir para a América?
TATRAY - Só, sem nada na vida, como um cachorro, na rua, em tempo de chuva, foi como fiquei após a Capitulação de 8 de maio de 1945.
GAZETA - Antes de vir para cá, você ainda visitou outros países?
TATRAY - Passei um longo tempo vagando, só demorando um pouco mais na Áustria e na França.
GAZETA - Na Guerra, você se feriu alguma vez, gravemente?
TATRAY - Fui ferido cinco vezes.
GAZETA - Qual o transporte utilizado na viagem a América?
TATRAY - Foi um navio velho, de imigrantes, de bandeira francesa, com mil e trezentos imigrantes a bordo, em 1948.
GAZETA - Nesse tempo em que você andou pela França, entrosou alguma vez com as coisas do futebol?
TATRAY - Eu trabalhei um pouco, porque eu jogador na Hungria e servia, pelo menos para ser um bom reserva aqui no Brasil. Mas, não me aventurei em ser mais atuante, porque eu tinha um sangue cigano, que não me deixava parar muito tempo num só lugar.
GAZETA - E na Argentina?
TATRAY - Eu não trabalhei com futebol, porque não falava bem o idioma e todos achavam ridículo ficar me entendendo através de sinais.
GAZETA - O que você fez na Argentina, como trabalho?
TATRAY - Eu era propagandista e vendedor de uma firma imobiliária.
GAZETA - E a história de que você foi alfaiate?
TATRAY - Todo mundo quer fazer uma piadinha com o gringo. Não é verdade que eu tenha sido alfaiate.
GAZETA - Como foi à história da Igreja Católica que você fundou?
TATRAY - Foi na Argentina, logo que cheguei. Eu sou católico e ajudei mesmo a construir uma igreja para a colônia estrangeira que se refugiou na Argentina. Orgulho-me de contar isso e tenho certeza que, na vida Além, vou receber em troco o que fiz.
GAZETA - Antes de vir para o Brasil, você estava aonde, fazendo o que, em termos de trabalho?
TATRAY - Eu estava no Paraguai, trabalhando no setor de Turismo do Ministério. Depois, mudou tudo no Governo e eu vim embora para o Brasil, país que eu havia ficado gostando desde que passei pelo Rio de Janeiro, no navio, rumo a Buenos Aires.
GAZETA - Você mudou de profissão logo após chegar ao Brasil. Por que essa mudança brusca, de vendedor para técnico de futebol?
TATRAY - Eu tentei trabalhar no meu ramo e não deu. Fui convidado a vir para o Norte por um conterrâneo meu, Stefano, após ter conhecido, ainda no Rio, um jornalista chamado Canor Simões, isso em 1954. Hélio Pinto, empresário e jornalista de Recife, foi apresentado a mim por Canor Simões e eu vim para Recife, onde encontrei com Rosemblit, vice-presidente do Sport, quando houve um convite de um patrício meu para começar uma sociedade com ele, mas eu não aceitei e fui entrosando com o futebol.
GAZETA - Qual o primeiro clube nordestino que lhe contratou para trabalhar?
TATRAY - Eu dei uma entrevista ao Jornal do Commercio de Recife, através de Rosemblit e cinco dias depois recebi um telegrama do Auto Esporte de João Pessoa me chamando para ser treinador da equipe.
GAZETA - E em Recife, ninguém lhe convidou para ser técnico?
TATRAY - Rosemblit me chamou para treinar o time da Tacaruna, uma fábrica cujo time estava para ir para a primeira divisão do futebol pernambucano, mas eu não quis, porque naquela época não se pagava salário a jogador e isso iria dificultar o meu trabalho no Tacaruna.
GAZETA - E você, então, aceitou o convite do Auto Esporte?
TATRAY - Aceitei, sim. Fui muito bem tratado pelo Coronel Calixto, que era comandante da Polícia Militar e presidente do Auto Esporte.
“Nasci em Vszprèm, em 25 de abril de 1922. E de lá parti para a II Guerra Mundial, com pouco mais de 21 anos. Até hoje tenho marcas daquele horroroso caminho: Rússia Tchecoslováquia, Polônia e Hungria. Passei 40 anos com estilhaços de granadas, retirados de meus membros inferiores em 1985. Após a guerra, outros 42 países me receberam: Argentina, França, Paraguai e Chile foram lugares queridos. Trabalhei de cozinheiro, de corretor de imóveis e, como representante do Paraguai em setor de turismo, cheguei para um congresso em São Paulo, em 1° de janeiro de 1953. Nasci de novo no Brasil, começando por São Paulo e depois, Rio, onde conheci alguns húngaros e comecei a trabalhar em bijuterias como viajante. Vim para o Nordeste como viajante de vendas e no Recife, falando em entrevista da seleção de futebol da Hungria - Groscis, Lorant, Lantos, Zakarias, Bozsik, Kocsis, Hidegkuti, Buzanszky, Budai, Czisbor e a nossa glória esportiva Puskas - fui convidado para ser treinador do Tacaruna, uma equipe da segunda divisão, mas terminei ficando no Auto Esporte de João Pessoa, em 1957. Ano seguinte, vim para o Treze de Campina Grande. Em 1958, caso com Maria do Socorro Coura Tatray, natural de São João do Cariri, que me deu mais duas outras jóias: Ana Maria Coura de Tatray (1960) e Maria Isabel Coura de Tatray (1964). Essa Campina Grande é a minha Vszprèm...”
Como pode ser visto acima, toda homenagem ao velho húngaro é pouca, pois Tatray era “louco” por Campina Grande. Assim, conseguimos resgatar uma entrevista feita pelo jornalista Martinho Lutero para a Gazeta do Sertão, no começo dos anos 80. Nossos amigos podem ler na íntegra:
Gazeta do Sertão
Texto e Reportagem
Martinho Lutero
Ele nasceu em Veszprem, na Hungria, no dia 25 de abril de 1922 e veio para a América do Sul logo após a II Grande Guerra Mundial, tendo morado na Argentina, antes de se estabelecer, inicialmente, no eixo Rio-São Paulo, após optar por morar no Brasil, onde - para as suas funções de Corretor e Caixeiro Viajante, da época - o “campo” era melhor.
Seu nome: Janos Tatray; sua profissão atual: "intermediário" na negociação de jogadores, treinadores, apresentações de equipes e regularização; seu sonho: ser enterrado em Campina Grande.
GAZETA - Como e quando você saiu de sua terra?
TATRAY - Eu lutei pela Hungria, ao lado dos alemães, contra a Rússia. Depois, fiquei como muito patrícios meus, sem ter para onde ir, vivendo como refugiado. Não gosto muito de falar sobre essa fase, porque é um tanto triste. Eu era estudante e cheguei a terminar o curso na Academia Comercial, como você pode ver através dos documentos que lhe trouxe. Como refugiado, vim para a América Latina, onde me estabeleci na Argentina, após ter passado pelo Brasil.
GAZETA - Como você viveu, antes de vir para a América?
TATRAY - Só, sem nada na vida, como um cachorro, na rua, em tempo de chuva, foi como fiquei após a Capitulação de 8 de maio de 1945.
GAZETA - Antes de vir para cá, você ainda visitou outros países?
TATRAY - Passei um longo tempo vagando, só demorando um pouco mais na Áustria e na França.
GAZETA - Na Guerra, você se feriu alguma vez, gravemente?
TATRAY - Fui ferido cinco vezes.
GAZETA - Qual o transporte utilizado na viagem a América?
TATRAY - Foi um navio velho, de imigrantes, de bandeira francesa, com mil e trezentos imigrantes a bordo, em 1948.
GAZETA - Nesse tempo em que você andou pela França, entrosou alguma vez com as coisas do futebol?
TATRAY - Eu trabalhei um pouco, porque eu jogador na Hungria e servia, pelo menos para ser um bom reserva aqui no Brasil. Mas, não me aventurei em ser mais atuante, porque eu tinha um sangue cigano, que não me deixava parar muito tempo num só lugar.
GAZETA - E na Argentina?
TATRAY - Eu não trabalhei com futebol, porque não falava bem o idioma e todos achavam ridículo ficar me entendendo através de sinais.
GAZETA - O que você fez na Argentina, como trabalho?
TATRAY - Eu era propagandista e vendedor de uma firma imobiliária.
GAZETA - E a história de que você foi alfaiate?
TATRAY - Todo mundo quer fazer uma piadinha com o gringo. Não é verdade que eu tenha sido alfaiate.
GAZETA - Como foi à história da Igreja Católica que você fundou?
TATRAY - Foi na Argentina, logo que cheguei. Eu sou católico e ajudei mesmo a construir uma igreja para a colônia estrangeira que se refugiou na Argentina. Orgulho-me de contar isso e tenho certeza que, na vida Além, vou receber em troco o que fiz.
GAZETA - Antes de vir para o Brasil, você estava aonde, fazendo o que, em termos de trabalho?
TATRAY - Eu estava no Paraguai, trabalhando no setor de Turismo do Ministério. Depois, mudou tudo no Governo e eu vim embora para o Brasil, país que eu havia ficado gostando desde que passei pelo Rio de Janeiro, no navio, rumo a Buenos Aires.
GAZETA - Você mudou de profissão logo após chegar ao Brasil. Por que essa mudança brusca, de vendedor para técnico de futebol?
TATRAY - Eu tentei trabalhar no meu ramo e não deu. Fui convidado a vir para o Norte por um conterrâneo meu, Stefano, após ter conhecido, ainda no Rio, um jornalista chamado Canor Simões, isso em 1954. Hélio Pinto, empresário e jornalista de Recife, foi apresentado a mim por Canor Simões e eu vim para Recife, onde encontrei com Rosemblit, vice-presidente do Sport, quando houve um convite de um patrício meu para começar uma sociedade com ele, mas eu não aceitei e fui entrosando com o futebol.
GAZETA - Qual o primeiro clube nordestino que lhe contratou para trabalhar?
TATRAY - Eu dei uma entrevista ao Jornal do Commercio de Recife, através de Rosemblit e cinco dias depois recebi um telegrama do Auto Esporte de João Pessoa me chamando para ser treinador da equipe.
GAZETA - E em Recife, ninguém lhe convidou para ser técnico?
TATRAY - Rosemblit me chamou para treinar o time da Tacaruna, uma fábrica cujo time estava para ir para a primeira divisão do futebol pernambucano, mas eu não quis, porque naquela época não se pagava salário a jogador e isso iria dificultar o meu trabalho no Tacaruna.
GAZETA - E você, então, aceitou o convite do Auto Esporte?
TATRAY - Aceitei, sim. Fui muito bem tratado pelo Coronel Calixto, que era comandante da Polícia Militar e presidente do Auto Esporte.
Assinando contra com Auto Esporte |
GAZETA - Você teve sorte como técnico do Auto?
TATRAY - Muita sorte. Em três meses, reformulei a equipe inteira e ganhamos um título que há trinta anos o time estava sem ganhar, fazendo com que eu fosse interessado por clubes de outras cidades.
GAZETA - E sua vinda para Campina, como foi?
TATRAY - Exatamente através do meu trabalho no Auto Esporte. João Lira Braga passou um mês mandando gente para conversar comigo em João Pessoa, a fim de me contratar para o Treze.
GAZETA - Ai, você aceitou?
TATRAY - Eu não queria deixar o Auto, porque tinha altas ligações de amizade com o Coronel Calixto. Mas, os números falaram mais alto e eu vim para Campina Grande, treinar o Treze.
GAZETA - Quanto você veio ganhar no Treze e qual o ano de sua transferência de João Pessoa para cá?
TATRAY - Acertei por 30 contos em 1957, no dia 19 de novembro eu pisei pela primeira vez no solo de Campina Grande, mas assumi o time do Treze só nos primeiros dias de janeiro, pelo período de um ano.
TATRAY - Muita sorte. Em três meses, reformulei a equipe inteira e ganhamos um título que há trinta anos o time estava sem ganhar, fazendo com que eu fosse interessado por clubes de outras cidades.
GAZETA - E sua vinda para Campina, como foi?
TATRAY - Exatamente através do meu trabalho no Auto Esporte. João Lira Braga passou um mês mandando gente para conversar comigo em João Pessoa, a fim de me contratar para o Treze.
GAZETA - Ai, você aceitou?
TATRAY - Eu não queria deixar o Auto, porque tinha altas ligações de amizade com o Coronel Calixto. Mas, os números falaram mais alto e eu vim para Campina Grande, treinar o Treze.
GAZETA - Quanto você veio ganhar no Treze e qual o ano de sua transferência de João Pessoa para cá?
TATRAY - Acertei por 30 contos em 1957, no dia 19 de novembro eu pisei pela primeira vez no solo de Campina Grande, mas assumi o time do Treze só nos primeiros dias de janeiro, pelo período de um ano.
Treinando o Treze em 1958 |
GAZETA - Quais os jogadores da época?
TATRAY - Uray, Chico, Pelado, Nelson, Ruivo, Marinho, Preto, Gonzaga, Pedro Negrinho, Bola Sete, Josias, Martinho e outros que não lembro mais.
GAZETA - E a campanha do Treze em 58, como foi?
TATRAY - De 77 partidas que jogamos, acho que ficamos derrotados apenas uma três vezes e o Treze não jogou Campeonato Estadual, mas foi campeão de todos os campeonatos promovidos pela Liga local, além de ter ganho a Taça Juscelino Kubistchek.
GAZETA - E depois, para onde você foi?
TATRAY - Fui o técnico fundador do profissionalismo no Campinense Clube, a convite do doutor Gilvan Barbosa, doutor Raiff Ramalho e Buarque Gusmão.
GAZETA - Com quem foi o primeiro jogo do Campinense?
TATRAY - Não lembro muito bem. Só que a primeira vitória eu sei que foi contra o Santa Cruz do Recife, que era o Supercampeão pernambucano e nós vencemos por 5x1, com juiz pernambucano e tudo.
GAZETA - Dá pra lembrar alguns jogadores desse time do Campinense?
TATRAY - O goleiro foi Biu; na Zaga, Luís Carlos, Gago, Massangana, Almir; Mário Buchudo, Nogueira e Martinho.
GAZETA - Por que você saiu do Campinense?
TATRAY - Você sabe: quando o time começa, sempre tem alguém que quer mexer. Eu nunca fiz barulho nem nada. Aí, achei melhor sair.
GAZETA - Quando você deixou o Campinense foi para onde?
TATRAY - Fui para Portugal, treinar o Vitória de Setúbal.
TATRAY - Uray, Chico, Pelado, Nelson, Ruivo, Marinho, Preto, Gonzaga, Pedro Negrinho, Bola Sete, Josias, Martinho e outros que não lembro mais.
GAZETA - E a campanha do Treze em 58, como foi?
TATRAY - De 77 partidas que jogamos, acho que ficamos derrotados apenas uma três vezes e o Treze não jogou Campeonato Estadual, mas foi campeão de todos os campeonatos promovidos pela Liga local, além de ter ganho a Taça Juscelino Kubistchek.
GAZETA - E depois, para onde você foi?
TATRAY - Fui o técnico fundador do profissionalismo no Campinense Clube, a convite do doutor Gilvan Barbosa, doutor Raiff Ramalho e Buarque Gusmão.
GAZETA - Com quem foi o primeiro jogo do Campinense?
TATRAY - Não lembro muito bem. Só que a primeira vitória eu sei que foi contra o Santa Cruz do Recife, que era o Supercampeão pernambucano e nós vencemos por 5x1, com juiz pernambucano e tudo.
GAZETA - Dá pra lembrar alguns jogadores desse time do Campinense?
TATRAY - O goleiro foi Biu; na Zaga, Luís Carlos, Gago, Massangana, Almir; Mário Buchudo, Nogueira e Martinho.
GAZETA - Por que você saiu do Campinense?
TATRAY - Você sabe: quando o time começa, sempre tem alguém que quer mexer. Eu nunca fiz barulho nem nada. Aí, achei melhor sair.
GAZETA - Quando você deixou o Campinense foi para onde?
TATRAY - Fui para Portugal, treinar o Vitória de Setúbal.
Treinando o Vitória de Setúbal |
GAZETA - Fora os times de Campina, quais os clubes que você treinou durante sua carreira?
TATRAY - Ceará Sporting, Auto Esporte, Vitória de Setúbal, Seleção Cearense, Santa Cruz, Paysandu, Deportivo Português, Caracas e ainda o Treze outra vez, quando levei a equipe para aquela famosa excursão em Brasília e tive participação no hexacampeonato do Campinense Clube e em 66, colaborei com o Treze na conquista invicta o Campeonato Paraibano, quando o doutor Edvaldo do Ó era o presidente do Treze.
GAZETA - Como você mudou de treinador para empresário?
TATRAY - Foi em 66, quando cheguei a ser Supervisor o assistente presidencial.
GAZETA - Por que você nunca admitiu que é empresário, preferindo ser tratado como "intermediário"?
TATRAY - Eu acho que empresário é aquele que tem dinheiro para investir em alguma coisa. Eu como não tenho, sempre fui intermediário.
GAZETA - Você ganhou muito dinheiro como intermediário?
TATRAY - Foi pouco até para pagar a feira.
GAZETA - Por que você diz que não ganhou dinheiro no futebol como intermediário, e muita gente afirma que você é desonesto?
TATRAY - Foi muito boa essa pergunta. Você tem que ver uma coisa: em todo canto há inveja. Quem tem inveja, acha muito fácil chamar as pessoas de enrolões, ladrões, desonestos, atingindo, inclusive, a própria moral das pessoas, com outras palavras. Isso acontece com pessoas que vivem somente para querer prejudicar os outros. Eles têm inveja porque eu viajo e sou bem tratado em todo canto, sem mexer na minha conta bancária que é pequena e não daria para fazer essas viagens. Se eu ando por todo canto e conheço todo mundo, é fazendo o meu trabalho, com passagens e hospedagem pagas por quem me manda trabalhar.
GAZETA - É verdade que você está querendo deixar Campina Grande?
TATRAY - É. Aqui, encontrei muita gente boa e muitos "espíritos de porco" também, que quiseram me desmoralizar. Estou tentando, agora, adquirir um quartinho para morar com minha mulher, quando estivermos velhinhos, porque nunca ganhei dinheiro para comprar uma casa.
GAZETA - Por que esses "espíritos de porco" que você chama escolheram você para esse tipo de crítica?
TATRAY - Essas pessoas vivem com dois objetivos: prejudicar ou roubar. Eu não tenho o que roubar aí eles querem me prejudicar dizendo coisas que eu não fiz.
GAZETA - Você me disse que sempre divulgou Campina Grande e nunca teve nem um muito obrigado por parte do Governo. Como foi essa divulgação?
TATRAY - No México, distribuí folhetos de Campina na Universidade Monterrey, na Federação da Cidade do México e em outros locais; levei os mesmos folhetos para Paris, África, Congo, Nigéria, Portugal, Flórida, Canadá e outros países mais.
GAZETA - Houve alguma promessa do Prefeito Enivaldo Ribeiro. Qual?
TATRAY - De que arranjaria uma colocação para mim na Prefeitura, para trabalhar em qualquer função que garantisse o sustento de minha família. A ordem para que esse cargo saísse, foi dada, só que não saiu até agora, embora sejam passados dois anos.
GAZETA - Por que não foi assinada a Portaria?
TATRAY - Eu acredito que o nosso Prefeito deve até pensar que tudo está correndo normalmente. O problema é que entre o "staff" do nosso Prefeito, alguém disse que enquanto ele estiver trabalhando ao lado do Prefeito, a família de Tatray não tem vez.
GAZETA - Por que isso?
TATRAY - Não sei. Acho que porque eu não baixo a cabeça pra ninguém.
GAZETA - Qual uma pessoa que está sempre lutando para que você possa ter alguma coisa na vida?
TATRAY - Tarcísio Cartaxo e José Luiz Júnior.
GAZETA - É verdade que você ajudou com os planos para a construção do Estádio Amigão?
TATRAY - Pergunta a José Luiz que ele te diz. Forneci planos de outros estádios e fui mandado por Evaldo Cruz, Prefeito da época, em busca de Gil César Abreu, Arquiteto do Mineirão e outros estádios.
GAZETA - E Evaldo, prometeu alguma coisa?
TATRAY - Prometeu que eu seria o primeiro funcionário do Estádio Amigão, e se a Sudepar não pudesse me pagar, a Prefeitura pagaria.
GAZETA - Se você sair daqui vai para qual cidade?
TATRAY - Para qualquer uma, menos João Pessoa, porque gosto de Campina Grande e não me sentiria bem lá. Vou para uma cidade pequena mesmo; o que importa é que me ofereçam o que eu preciso e mereço.
GAZETA - O Botafogo já lhe convidou?
TATRAY - Me convidou e eu recusei.
GAZETA - Por que você tem uma liberdade tão grande dentro da CBF?
TATRAY - Porque soube fazer amizade e, infelizmente, muita gente tentou acabar com esse meu prestígio na CBF, num trabalho desonesto contra Campina Grande e seus clubes de futebol.
GAZETA - Hoje você ainda tem prestígio, mesmo com Giulite na CBF?
TATRAY - Tenho do mesmo jeito do tempo de Heleno Nunes.
GAZETA - Por que os dirigentes do nosso futebol demoram tanto para conseguir a regularização de um jogador e você faz tudo rapidamente?
TATRAY - Pela mesma amizade que me faz ter livre acesso lá dentro.
GAZETA - Como você obteve essa amizade?
TATRAY - Acho que com esse "charme" de gringo (rindo). Amizade, meu amigo, não se compra, se conquista!
GAZETA - Você trouxe Havelange na base da amizade?
TATRAY - O convite que foi enviado pela Prefeitura, foi educadamente recusado, sob a alegação de "Compromissos Particulares a Resolver". Eu fui lá, trouxe o homem.
GAZETA - Para trazer o Guarani foi difícil. Você conseguiu. Quanto você ganhou para trazer o campeão brasileiro de 1978 à Campina Grande?
TATRAY - Três mil cruzeiros, que o Prefeito me deu do bolso dele.
GAZETA - Qual o negócio mais importante de sua carreira de "intermediário"?
TATRAY - Foram vários: a venda de Totonho para o México; João Paulo do Treze, para o Botafogo do Rio; e, por último, a venda de Bebeto, já que havia muita celeuma em torno da negociação, com a maior parte da crônica já sem acreditar que ele seria vendido. Os dirigentes do Sport já não tinham mais acesso à casa de doutor José Aurino e eu fui colocado de intermediário, para poder haver o negócio, com o presidente me atendendo e aceitando conversar com o pessoal o Sport.
GAZETA- Você disse que gasta muito com telefone. Quanto dá a sua conta telefônica mensal?
TATRAY - Essa última deu 88 mil cruzeiros.
GAZETA - Qual é o negócio que lhe deu mais dinheiro?
TATRAY - A venda de Icário para o Bragança Paulista; a venda de Ivan Lopes; e mais uma ou duas outras negociações.
GAZETA - Qual o negócio mais "inteligente" que você fez?
TATRAY - Vender Clóvis, quando era do Campinense, para o futebol cearense, sem conhecer o jogador pessoalmente.
GAZETA - Com esse tempo todo de Brasil, o que você conseguiu até hoje e o que pretende fazer daqui pra frente?
TATRAY - Não consegui nada. Estou tentando comprar um quartinho, para que minha família não fique desabrigada. Consegui um dinheiro emprestado, para poder dar a entrada. Não vou parar ainda, estou forte e acho que posso trabalhar. Se Campina Grande não me quiser aqui, vou embora para outro canto, onde não aborreça os inimigos gratuitos, que movidos pelo álcool e com inveja cega não sabem o que falar e procuram atingir um homem que luta desesperadamente para sobreviver ao lado de seus familiares.
GAZETA - Quais os dirigente de clubes que lhe deram a mão nesse seu longo período em nossa cidade?
TATRAY - João Lira Braga, a quem eu agradeço até o casamento aqui, que me realizou familiarmente; Gilvan Barbosa, que até agora está me dando amizade; doutor Edvaldo do Ó, que não poderia deixar de ressalvar; Petrônio Gadelha, que não vem precisando de minha ajuda porque tem uma equipe de profissionais muito boa; e finalmente, doutor José Aurino, que é muito atacado publicamente, mas que pode ser comparado com o presidente invicto Edvaldo do Ó; quase sozinho enfrentou tudo e quando prometeu que ia fazer alguma coisa,fez e deu o título ao Treze. Doutor José Aurino, apesar das críticas, é um homem que promete e cumpre; se ele disser que seu time vai ser campeão, podem ter certeza que ele consegue, embora estando a levar o barco sozinho.
TATRAY - Ceará Sporting, Auto Esporte, Vitória de Setúbal, Seleção Cearense, Santa Cruz, Paysandu, Deportivo Português, Caracas e ainda o Treze outra vez, quando levei a equipe para aquela famosa excursão em Brasília e tive participação no hexacampeonato do Campinense Clube e em 66, colaborei com o Treze na conquista invicta o Campeonato Paraibano, quando o doutor Edvaldo do Ó era o presidente do Treze.
GAZETA - Como você mudou de treinador para empresário?
TATRAY - Foi em 66, quando cheguei a ser Supervisor o assistente presidencial.
GAZETA - Por que você nunca admitiu que é empresário, preferindo ser tratado como "intermediário"?
TATRAY - Eu acho que empresário é aquele que tem dinheiro para investir em alguma coisa. Eu como não tenho, sempre fui intermediário.
GAZETA - Você ganhou muito dinheiro como intermediário?
TATRAY - Foi pouco até para pagar a feira.
GAZETA - Por que você diz que não ganhou dinheiro no futebol como intermediário, e muita gente afirma que você é desonesto?
TATRAY - Foi muito boa essa pergunta. Você tem que ver uma coisa: em todo canto há inveja. Quem tem inveja, acha muito fácil chamar as pessoas de enrolões, ladrões, desonestos, atingindo, inclusive, a própria moral das pessoas, com outras palavras. Isso acontece com pessoas que vivem somente para querer prejudicar os outros. Eles têm inveja porque eu viajo e sou bem tratado em todo canto, sem mexer na minha conta bancária que é pequena e não daria para fazer essas viagens. Se eu ando por todo canto e conheço todo mundo, é fazendo o meu trabalho, com passagens e hospedagem pagas por quem me manda trabalhar.
GAZETA - É verdade que você está querendo deixar Campina Grande?
TATRAY - É. Aqui, encontrei muita gente boa e muitos "espíritos de porco" também, que quiseram me desmoralizar. Estou tentando, agora, adquirir um quartinho para morar com minha mulher, quando estivermos velhinhos, porque nunca ganhei dinheiro para comprar uma casa.
GAZETA - Por que esses "espíritos de porco" que você chama escolheram você para esse tipo de crítica?
TATRAY - Essas pessoas vivem com dois objetivos: prejudicar ou roubar. Eu não tenho o que roubar aí eles querem me prejudicar dizendo coisas que eu não fiz.
GAZETA - Você me disse que sempre divulgou Campina Grande e nunca teve nem um muito obrigado por parte do Governo. Como foi essa divulgação?
TATRAY - No México, distribuí folhetos de Campina na Universidade Monterrey, na Federação da Cidade do México e em outros locais; levei os mesmos folhetos para Paris, África, Congo, Nigéria, Portugal, Flórida, Canadá e outros países mais.
GAZETA - Houve alguma promessa do Prefeito Enivaldo Ribeiro. Qual?
TATRAY - De que arranjaria uma colocação para mim na Prefeitura, para trabalhar em qualquer função que garantisse o sustento de minha família. A ordem para que esse cargo saísse, foi dada, só que não saiu até agora, embora sejam passados dois anos.
GAZETA - Por que não foi assinada a Portaria?
TATRAY - Eu acredito que o nosso Prefeito deve até pensar que tudo está correndo normalmente. O problema é que entre o "staff" do nosso Prefeito, alguém disse que enquanto ele estiver trabalhando ao lado do Prefeito, a família de Tatray não tem vez.
GAZETA - Por que isso?
TATRAY - Não sei. Acho que porque eu não baixo a cabeça pra ninguém.
GAZETA - Qual uma pessoa que está sempre lutando para que você possa ter alguma coisa na vida?
TATRAY - Tarcísio Cartaxo e José Luiz Júnior.
GAZETA - É verdade que você ajudou com os planos para a construção do Estádio Amigão?
TATRAY - Pergunta a José Luiz que ele te diz. Forneci planos de outros estádios e fui mandado por Evaldo Cruz, Prefeito da época, em busca de Gil César Abreu, Arquiteto do Mineirão e outros estádios.
GAZETA - E Evaldo, prometeu alguma coisa?
TATRAY - Prometeu que eu seria o primeiro funcionário do Estádio Amigão, e se a Sudepar não pudesse me pagar, a Prefeitura pagaria.
GAZETA - Se você sair daqui vai para qual cidade?
TATRAY - Para qualquer uma, menos João Pessoa, porque gosto de Campina Grande e não me sentiria bem lá. Vou para uma cidade pequena mesmo; o que importa é que me ofereçam o que eu preciso e mereço.
GAZETA - O Botafogo já lhe convidou?
TATRAY - Me convidou e eu recusei.
GAZETA - Por que você tem uma liberdade tão grande dentro da CBF?
TATRAY - Porque soube fazer amizade e, infelizmente, muita gente tentou acabar com esse meu prestígio na CBF, num trabalho desonesto contra Campina Grande e seus clubes de futebol.
GAZETA - Hoje você ainda tem prestígio, mesmo com Giulite na CBF?
TATRAY - Tenho do mesmo jeito do tempo de Heleno Nunes.
GAZETA - Por que os dirigentes do nosso futebol demoram tanto para conseguir a regularização de um jogador e você faz tudo rapidamente?
TATRAY - Pela mesma amizade que me faz ter livre acesso lá dentro.
GAZETA - Como você obteve essa amizade?
TATRAY - Acho que com esse "charme" de gringo (rindo). Amizade, meu amigo, não se compra, se conquista!
GAZETA - Você trouxe Havelange na base da amizade?
TATRAY - O convite que foi enviado pela Prefeitura, foi educadamente recusado, sob a alegação de "Compromissos Particulares a Resolver". Eu fui lá, trouxe o homem.
GAZETA - Para trazer o Guarani foi difícil. Você conseguiu. Quanto você ganhou para trazer o campeão brasileiro de 1978 à Campina Grande?
TATRAY - Três mil cruzeiros, que o Prefeito me deu do bolso dele.
GAZETA - Qual o negócio mais importante de sua carreira de "intermediário"?
TATRAY - Foram vários: a venda de Totonho para o México; João Paulo do Treze, para o Botafogo do Rio; e, por último, a venda de Bebeto, já que havia muita celeuma em torno da negociação, com a maior parte da crônica já sem acreditar que ele seria vendido. Os dirigentes do Sport já não tinham mais acesso à casa de doutor José Aurino e eu fui colocado de intermediário, para poder haver o negócio, com o presidente me atendendo e aceitando conversar com o pessoal o Sport.
GAZETA- Você disse que gasta muito com telefone. Quanto dá a sua conta telefônica mensal?
TATRAY - Essa última deu 88 mil cruzeiros.
GAZETA - Qual é o negócio que lhe deu mais dinheiro?
TATRAY - A venda de Icário para o Bragança Paulista; a venda de Ivan Lopes; e mais uma ou duas outras negociações.
GAZETA - Qual o negócio mais "inteligente" que você fez?
TATRAY - Vender Clóvis, quando era do Campinense, para o futebol cearense, sem conhecer o jogador pessoalmente.
GAZETA - Com esse tempo todo de Brasil, o que você conseguiu até hoje e o que pretende fazer daqui pra frente?
TATRAY - Não consegui nada. Estou tentando comprar um quartinho, para que minha família não fique desabrigada. Consegui um dinheiro emprestado, para poder dar a entrada. Não vou parar ainda, estou forte e acho que posso trabalhar. Se Campina Grande não me quiser aqui, vou embora para outro canto, onde não aborreça os inimigos gratuitos, que movidos pelo álcool e com inveja cega não sabem o que falar e procuram atingir um homem que luta desesperadamente para sobreviver ao lado de seus familiares.
GAZETA - Quais os dirigente de clubes que lhe deram a mão nesse seu longo período em nossa cidade?
TATRAY - João Lira Braga, a quem eu agradeço até o casamento aqui, que me realizou familiarmente; Gilvan Barbosa, que até agora está me dando amizade; doutor Edvaldo do Ó, que não poderia deixar de ressalvar; Petrônio Gadelha, que não vem precisando de minha ajuda porque tem uma equipe de profissionais muito boa; e finalmente, doutor José Aurino, que é muito atacado publicamente, mas que pode ser comparado com o presidente invicto Edvaldo do Ó; quase sozinho enfrentou tudo e quando prometeu que ia fazer alguma coisa,fez e deu o título ao Treze. Doutor José Aurino, apesar das críticas, é um homem que promete e cumpre; se ele disser que seu time vai ser campeão, podem ter certeza que ele consegue, embora estando a levar o barco sozinho.
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Observações:
1. Esta entrevista foi feita no começo dos anos 80;
2. Se o ex-prefeito Enivaldo Ribeiro quiser se pronunciar, publicaremos sua versão sobre o que Tatray falou sobre ele (Pedimos a Gustavo Ribeiro para intermediar se possível);
3. Na época, o Campinense era bicampeão paraibano e o Treze estava iniciando a jornada de seu tricampeonato;
4. Tatray voltaria a ser técnico de futebol no ano de 1987, quando comandou o Treze no Campeonato Brasileiro.
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Janos Tatray morreu no dia 20 de junho de 2011 aos 86 anos. Quis o destino que viesse a morrer justamente na cidade de João Pessoa, a que segundo a entrevista da Gazeta do Sertão, seria a que ele não iria morar se deixasse Campina Grande. Todavia, seu desejo de ser enterrado em Campina Grande foi respeitado.
Parabéns por este belíssimo material.
O Sr.tatray morou muito anos na rua 4 de outubro e juntamente com sua esposa socorro eram muito amigos de minha mãe D.Alice que continua morando lá.Era uma pessoa muito amavel e educado.Logo após o falecimento de sua esposa para não ficar sózinho suas filhas o levaram para João pessoa.Infelizmente veio logo a falecer.saudades Sr.Tatray!
Parabéns pela veracidade e respeito da reportagem. Papai nutria um grande amor por Campina Grande como se lá tivesse nascido e a maioria dos poucos e verdadeiros amigos que ele tinha foi em Campina que ele encontrou.
fui admirador do grande tecnico de futebol janos trattay,bem como do futebol hungaro, descanse em paz trattay.
Tive o prazer de conviver com Tatrai por muitos anos, conhecendo o bastante para admira-lo.
Találtom Tatrái baratommal amikor 1989-ben részt vettem a Campina Grande Salão de Humor.Nekem volt egy nagy meglepetés amikor találtom egy magyar állampolgálrt Campina Grande-ban.
Jô Oliveira