Serviço de Utilidade Pública - Lei Municipal nº 5096/2011 de 24 de Novembro de 2011
Criado por Adriano Araújo e Emmanuel Sousa
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QUAL ASSUNTO VOCÊ ESTÁ PROCURANDO?


                                   Os serviços postais na Província da Parahyba tiveram início em 15 de julho de 1829, após o decreto de reorganização do Correio Geral proposto por D. Pedro I. Correios e Telégrafos, em geral, funcionavam em lugares distintos. A fusão somente aconteceu em 1932, no governo de Getúlio Vargas.
Em Campina, o correio funcionou inicialmente numa casa alugada, enquanto que o telégrafo foi instalado no antigo edifício da Cadeia Pública [atual Museu Histórico], construído em 1812.
Naquelas masmorras esteve preso em 1824 o Frei Caneca, antes de chegar ao Recife para ser fuzilado. Conta-se que o campinense Manoel Alexandre ofereceu bolachas e peças de roupas, aliviando as agruras daqueles revolucionários que se achavam segregados, rotos e maltrapilhos. E no mesmo prédio, funcionou um posto telefônico conforme consta dos Anais da Câmara Federal:

Campina Grande, a bella porola da Borborema, viu sua estação telegraphica transformada em posto telophonico antes de ser inaugurada” (Anais do Parlamento Brasileiro: 1897, p. 73).

Inaugurado em 13 de janeiro de 1896, o telegrafo campinense oferecia um serviço precário e irregular. O sistema de cabos interligava apenas alguns pontos do Estado que por sua vez registrava poucas agências. O custo das linhas era alto para a época, a primeira seção de Mulungu à Campina, por exemplo, custaram 615$600 réis para os cofres públicos (Annaes: 1897, p. 71). E o sertão paraibano somente foi alcançado no ano de 1906, com o prolongamento da rede inicial:

Onde convier:
Fica  o  Governador  autorizado na  vigência da  presente lei,  
a  mandar  prolongar  as  linhas  telegraphicas  do Estado da
Parahyba, trecho de Campina Grande à Cabaceiras, de Pombal à Princeza, passando pela villa de Piancó e Misericórdia.
Sala das sessões, 28 de novembro de 1906.
(as) Simeão Leal”.

Na Parahyba de 1900 as principais estações telegráficas eram: Alagoa Grande, Alagoa Nova, Areia, Bananeiras, Campina Grande e Parahyba (hoje João Pessoa).
Na cidade Rainha da Borborema, os serviços de correios e telégrafos foram incorporados em 1933, passando a funcionar na Praça da Bandeira. O “novo” prédio dos Correios e Telégrafos, como o concebemos hoje, foi inaugurado na década de cinqüenta.


Referência:
- ALVES, Ednaldo. Guarabira – um olhar sobre o passado. Guarabira/PB: 2007.
- BANDEIRA, Antonio Herculano de Souza. Mensagem à Assembléia Legislativa do Estado. Typografia Liberal. Parahyba do Norte: 1886.
- BRASIL, Viação e Obras Públicas. Repartição Geral dos Telegraphos. Ministério da Indústria. Imprensa Nacional. Rio de Janeiro/RJ: 1900.
- CÂMARA DOS DEPUTADOS, Annaes da. Volume VII. Congresso Nacional. Centro de Documentação e Informação. Departamento de Imprensa Nacional. Rio de Janeiro: 1907.
- PARLAMENTO BRAZILEIRO, Annaes do. Volume VI. Câmara dos Deputados. Rio de Janeiro: 1897.
- RIBEIRO, Hortênsio. Campina Grande, seus vultos e fatos. João Pessoa /PB: 1979.
- SOCIEDADE BRASILEIRA DE GEOGRAFIA, Revista da. Volumes 31 à 34. Rio de Janeiro: 1927

1 Comment

  1. Anônimo on 21 de maio de 2012 às 14:37

    Esse ano faz 200 anos da construção do prédio do museu, né?

     


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