Serviço de Utilidade Pública - Lei Municipal nº 5096/2011 de 24 de Novembro de 2011
Criado por Adriano Araújo e Emmanuel Sousa
retalhoscg@hotmail.com

QUAL ASSUNTO VOCÊ ESTÁ PROCURANDO?

O texto a seguir é uma colaboração de Welton Souto Fontes. Trata-se de um apanhado sobre as atividades comerciais em Campina Grande. Essa é a nossa última postagem do ano e portanto, desejamos a todos, um grande 2010.

 Por Welton Souto Fontes


 As atividades comerciais que tanto destacavam economicamente a cidade desde o período monárquico, eram realizadas na feira e nos Mercados. Quanto aos mercados, existiam dois, o de Baltazar Luna (pertencente ao Partido Liberal), construído em 1826 e localizado no Largo da Matriz – demolido em 1926 onde foi construído o Grupo Escolar Solon de Lucena –, e o do Seridó, na atual Maciel Pinheiro (Mercado Novo), pertencente à Alexandrino Cavalcante (membro do Partido Conservador).



Mercado Novo em 1925

A localização da feira dependia do partido que estava no poder na época e das ligações políticas que tinham os proprietários dos citados mercados com esse partido, conforme nos relata Elpídio de Almeida:

"O lugar de sua realização (da feira) constituía assim o indicador público do domínio partidário. E de tal forma se tornara infalível a prática, divulgada além das fronteiras do  município, que em penetrando qualquer forasteiro na cidade, procedente dos sertões distantes, não precisaria indagar para seu governo  no qual o partido que estava por cima. Bastava olhar silenciosamente para o lado em que estava a feira" (ALMEIDA, 1979, p. 169).

O lugar de realização da feira, não era estabelecido de maneira simplória e em comum acordo com a população, era iniciativa exclusiva da Câmara Municipal, a qual limitava a enviar a proposta de transferência, e o  presidente tratava de aprovar. A cada mudança de gabinete, mudava-se também a localização da feira e o dia de sua realização, como foi o caso da primeira lei nesse sentido que é sancionada em 18 de julho de 1862, no período monárquico, onde disputavam os partidos Conservador e Liberal. Dizia o artigo 1º da lei transcrita por Elpídio de Almeida:

"As feiras da Vila de Campina Grande e povoações de Termo se farão no dia de sábado de cada semana nos lugares seguintes: a da vila no lugar em frente à casa do mercado de Baltazar Gomes Pereira Luna; a de Fagundes em frente à casa de açougue de Antônio Clementino Pereira, da igreja para baixo; a de São Sebastião no largo em frente à respectiva capela. Os que se reunirem, ou induzirem o povo  a reunir em lugar e dia diferentes, sofrerão a multa de trinta mil réis e cinco dias prisão" (ALMEIDA, 1979, p. 270).

Observa-se então que as práticas políticas que se tornaram corriqueiras na cidade, envolviam tais disposições da Câmara e seus atos que não se restringiam à área urbana de Campina Grande, mas também aos seus distritos, mostrando que os mercados públicos da cidade eram portanto palcos de divergências políticas e mecanismos de interesses particulares. O artigo citado também deixa claro as penalidade que seriam aplicadas aos que transgredissem a lei, subtendendo-se inclusive que tipo de penalidade seria aplicada a determinado infrator. Se fosse o feirante, ambulante ou criador, podia ser multa, agindo como modo de inibir tal prática. Em caso de partidários, seria um bom pretexto para se eliminar um adversário e manchar a imagem de um opositor político.



Mercado Novo em 1928

É interessante também perceber que, a citada lei é da época da antiga Vila Nova da Rainha, mas não é esse o nome informado no documento, ao que parece é que a denominação não era usada em todas as ocasiões, e que provavelmente a população não aceitava, isso, confirma o que Cardoso (1964) relata, pois "até os papeis forenses já se referiam a CAMPINA GRANDE, que era a denominação verdadeira, a que tinha sentido histórico, tradicional, e geográfico.” (CARDOSO, 1964, p. 38).



Fontes Utilizadas:

 ALMEIDA, Elpídio de. História de Campina Grande. 2ª edição, João Pessoa: Editora Universitária – UFPB, 1979.
CARDOSO, Francisca Thereza C. Campina Grande e Sua Função Como Capital Regional. – Separata da Revista Brasileira de Geografia – Ano XXV – n.º IV – 1964.



Esta paisagem nem parece ser em Campina Grande. Mas, é!

Se procurarmos referenciar a imagem ao nosso presente, entre as edificações, nada se sobrepõe, a não ser o terreno.

Vejamos:

1.) A antiga Praça da Luz é hoje a Praça Clementino Procópio, foi totalmente reformada nos anos 80 na Administração Ronaldo Cunha Lima que lhe deu o lay-out atual;

2.) A rua que aparece à esquerda da foto é hoje o estacionamento, onde comumente concentram-se os lavadores de carros, entre o prédio do Cine Capitólio e a Praça;

3.) A igreja que vemos, em sua lateral, é a antiga Igreja do Rosário, demolida na Administração Vergniaud Wanderley, nos anos 40;

4.) À sua frente, vemos os fundos do antigo prédio dos Correios e Telégrafos.

5.) A Igreja do Rosário e parte das casas que vemos na foto foram totalmente expurgados do cenário existencial para o projeto de reforma urbana da administração de Vergniaud Wanderley, para dar espaço à Avenida Floriano Peixoto, prolongando-a e tornando-a a principal avenida da cidade, diante da sua principal característica que é o corte transversal de todo o Centro municipal. O prédio dos Correios,estava edificado em parte da área onde hoje é a Praça da Bandeira.

Lembramos que é possível utilizar nossa ferramenta de busca e ler mais sobre "A Igreja do Rosário"; "O Antigo Prédio dos Correios e Telégrafos" e "Vergniaud Wanderley".
Já que falamos aqui de Severino Cabral e das eleições de 1968, vamos relembrar através de uns scans de jornais, essas eleições históricas de Campina Grande. Infelizmente não sabemos de quais jornais foram retiradas tais matérias.



Um raro registro colorido da cidade nos anos 60. Essa foto abaixo, nos foi enviada pelo professor Mario Vinicius e nas palavras do próprio, "parecia que estava tendo liquidação de tinta amarela". Destaque para o Açude Velho ao fundo.



Possivelmente, essa foto foi colorizada posteriormente, pois lembra muito uma pintura.


Registro do começo do século passado, demonstrando um momento dos campinenses próximo a Catedral e também do ainda intacto Paço Municipal. Pelas roupas vistas na foto, supomos que se trata de um domingo, após a missa, que na época era o momento de maior elegância da semana.

A atual Agência dos Correios e Télegrafos de Campina Grande foi construída por iniciativa do Governo Federal. Inaugurada em 09 de julho de 1950, vem prestando a Campina Grande relevantes serviços. Localiza-se em frente a Praça da Bandeira. Por esse motivo, prestamos uma homenagem a essa instituição, postando uma foto do bonito prédio, datada de 1957.




Fonte:

IBGE
O Estádio Plínio Lemos foi um dos grandes centros de futebol de Campina Grande. Foi lá nesse campo, que o Campinense Clube fez a sua célebre campanha na Taça Brasil de 1962. Foi lá também, que construiu o seu tão falado hexa.

Todavia, talvez pelo fato de o Plínio Lemos não ter sido seu de fato, já que era cedido ao clube em regime de comodato pela Prefeitura Municipal, o Campinense não teve um cuidado especial com o Estádio Municipal.

O campo acabou retornando a municipalidade e na gestão de Veneziano Vital, o local foi transformado num centro de lazer esportivo para os campinenses.

O foco desse tópico é um local específico na hoje “Vila Olímpica de Campina Grande”, o Museu dos Esportes. Ali, a grande rivalidade entre Treze e Campinense é destacada em toda a sua plenitude, com áreas específicas para os clubes.

Reportagem sobre o Museu dos Esportes-TV Itararé

Em nossa observação, o único defeito do Museu é a pouca interatividade do público com vídeos e áudios por exemplo, pois a grande tendência dos museus atualmente, são os centros multimídias, que faz com que aquela miscelânea de textos e fotos, que geram um certo tédio, fiquem mais dinâmico e atrativo para os visitantes. Porém, isso é coisa a ser implantada com o tempo.




A empresa Araújo Rique & Cia foi a gênese da fortuna da família Rique em Campina Grande. Operando no ramo algodoeiro (processamento e comércio) durante a época em que detínhamos o monopólio do Ouro Branco no Brasil.

A Araújo Rique & Cia, em 1937 adquiriu sua prensa hidráulica. Equipamento de porte, mais adequada para manter a qualidade da fibra e da pluma do algodão, favorecendo o benefício do produto a nível de concorrência internacional, promovendo reconhecimento do produto local, contribuindo para a expansão da área da cotonicultura.

Com sede em Campina Grande, possuía filiais da sua empresa em diversas cidades do estado da Paraíba.

Este anúncio foi extraído do "Cadastro Comercial e Industrial Brasileiro" do ano de 1946. Mostra, em sua foto central, a empresa que situava-se às margens do Açúde Velho, onde hoje é a CAVESA, de propriedade do ex-senador Raimundo Lira.
Ao se falar da história do Parque do Povo, os historiadores e os mais antigos, sempre relatam que ali ficava os “Coqueiros de Zé Rodrigues”. No espaço onde hoje é o Parque Evaldo Cruz, antigamente localizava-se o Açude Novo. Pois bem, abaixo, um registro histórico de uma foto tirada da Rua 13 de maio, mostrando os coqueiros e o açude, e no meio, o balde do reservatório. Não sabemos a data exata dessa foto, mas demonstra muito bem, uma Campina Grande que ainda engatinhava em seu progresso.



A estátua de João Pessoa estava localizada na antiga “Praça do Algodão”, depois “Praça João Pessoa”. O monumento, que foi adquirido por incentivo popular, foi inaugurado em 26 de julho de 1931 e era situado entre as ruas Marquês do Herval, João Leite e Sete de Setembro.

O monumento ainda na praça João Pessoa (antiga Praça do Algodão)

Na gestão de Vergniaud Wanderley, foi construída a Praça Antônio Pessoa, no centro da cidade. Antônio Pessoa, que nasceu em Umbuzeiro, foi Presidente (Governador) da Paraíba entre 1915 e 1916. Vergniaud decidiu transferir a Estátua de João Pessoa para essa praça, em 25 de maio de 1937. O prefeito devia enxergar, que tudo que era “Pessoa” devia ficar num canto só, pois ficou meio fora de contexto, uma estátua de João Pessoa, ficar numa praça chamada “Antônio Pessoa”.

A estátua de João Pessoa, já na praça Antônio Pessoa

Abaixo, nossos visitantes podem visualizar como se encontra a praça em 2009, além de um registro da placa encontrada na estátua, fazendo alusão à inauguração pelo então prefeito Vergniaud Wanderley.





Fontes Utilizadas:

Acervo Pessoal
Datas Campinenses – Epaminondas Câmara – RG Editora e Gráfica

Quem conhece bem Campina Grande, sabe o terror que é passar pela Praça da Bandeira e o cuidado para não ser "batizado" pelos pombos que habitam aquele local. Quase todo mundo que mora na cidade, já foi alvo da pontaria de um desses pássaros. Assim, essa interessante animação abaixo produzida por Jorge Elô, retrata bem uma das características de uma das mais famosas praças de nossa cidade.


O texto a seguir, foi cedido pelo senhor José Modesto. Trata-se de um texto histórico, de autoria de Josemir Camilo, sobre a crise de água em nossa cidade.

HISTÓRIA DA CRISE DE ÁGUA EM CAMPINA GRANDE (PB)

Por Josemir Camilo

A água que os tropeiros acharam na grande campina e que se tornou um ponto de cruzamento de várias tropas de várias regiões, fez Campina Grande passar de povoado à vila. No entanto, seria a água o problema fundamental da expansão local. A partir de 1820, foi mandado construir o Açude Velho. Na seca de 1877, abriram-se cacimbas, porque o Açude Novo, de água potável, havia secado. Em 1888, foi a vez de o Açude Velho secar. A cidade era mal provida de água portável, dizia já Irineu Jóffily, possuindo apenas duas fontes de domínio particular, que não abasteciam nos anos mais secos. "Grande parte do povo bebia a água salobra de cacimbas do riacho Piabas".


Açude Velho

Com a chegada do trem, o crescimento virou problema, já que não dispunha de água potável, crise esta que já vinha se arrastando desde o começo do século. Cristiano Lauritzen, conseguiu do governo federal a vistoria do engenheiro Miguel Arrojado do IFOCS para um açude. O local era a serra da Catarina, na bacia do Bodocongó, a 6 km da cidade e os trabalhos só foram iniciados em 1912. O material para a barragem tinha que ser trazido de longe. Desistiram deste açude e aí surgiu a idéia de um açude em Bodocongó, o atual. As obras demoraram, chegou a seca de 1915 e Campina além de não ter água para sua população, recebeu levas de 'flagelados' do sertão. Terminado em 1915, viu-se que o Bodocongó era de água salobra.

Em 1927, João Suassuna inaugurou o abastecimento de água a partir de Puxinanã, com água não tratada e pouca. Na interventoria de Argemiro começaram-se as obras de abastecimento d'água da barragem de Vaca Brava, em Areia, entrando em funcionamento, em 1939, com 7 chafarizes. Planejado para abastecer a sede municipal, com cerca de 22.000 habitantes, a adutora previa um abastecimento de apenas 35 mil habitantes, o que, em uma década, continuaria a crise.

Boqueirão passou a ser o sonho que se arrastaria de 1951 a 1957, e até um órgão, a Sanesa, foi criada, em 1955. A população campinense passava bastante dificuldades, pois a cidade, em 57, não viu água durante cinco dias, devido a rompimento da adutora de Vaca Brava. Mesmo assim, depois de inaugurado, o sistema de Boqueirão entraria em colapso. Só depois normalizado.

No entanto, até hoje a água potável tem sido um grande problema para Campina Grande: a água salobra de Boqueirão apresenta um índice de cerca de 0,5 gr de sal por litro, o máximo tolerado pelo organismo humano, segundo a ONU, agravando-se no verão.


Placa localizada na Estátua de Juscelino, na Praça da Bandeira, 
em homenagem a uma Adutora do Açude de Boqueirão
Interessante reportagem sobre a Instituição de Ensino Superior Facisa, realizada pela TV Itararé:



Outro vídeo, relatando os 10 anos de sucesso da Instituição:



Uma empresa como a Facisa, que investe na Educação e Economia de nossa cidade, merece o parabéns de todos.
O Açude Velho  será alvo de vários tópicos aqui no blog. Hoje porém, mostraremos algumas fotos  antigas do nosso maior Cartão Postal. Na primeira foto, datada de 1938, podemos observar o Açude ainda sem seu cais circular:



Nas fotos a seguir, mais algumas fotos antigas sem o cais circular:





No governo de Vergniaud Wanderley, mais precisamente no ano de 1942, seria construído o cais circular do Açude Velho, conforme foto abaixo:


Finalizando essa viagem ao passado, uma foto gloriosa do Açude Velho nos anos 60:



Fontes Utilizadas:

Acervo Pessoal
Fundação Getúlio Vargas
Datas Campinenses - Epaminondas Câmara - RG Editora e Gráfica
Monografia: Quem te vê não te conhece mais: Arquitetura e cidade de Campina Grande em Transformação (1930-1950) de Marcus Vinicius Dantas de Queiroz.


Exposição de veículos promovida pela tradicional empresa do ramo, representante de serviços Ford em Campina Grande, Noujaim Habib. Não há precisão na data da foto, porém, o último veículo visto do lado direito, já aponta uma placa com o ano de 1941.

Foto: http://riachodquengas.blogspot.com

Do acervo de Antônio Pereira de Souza Neto, dois postais sobre a querida Campina. Na primeira foto, que ainda postaremos em sua forma original (preto e branco), podemos observar a Floriano Peixoto, a Praça Clementino Procópio e ao fundo, a Capela do Colégio das Damas.




Na segunda imagem, a antiga Prefeitura de Campina Grande. O edifício já foi alvo de um tópico aqui no blog (utilizem nosso mecanismo de busca).



Agradecemos novamente ao Antônio, pela ajuda na preservação de nossa memória.
Estamos "no ar" desde o mês de agosto deste ano (2009). Em pouco menos de cinco meses já conquistamos uma fidedigna parcela de internautas que destilam nosso acervo com a curiosidade que move nosso intento!

Nesse pouco tempo, já fomos destaque no Jornal da Paraíba e na TV Itararé.

Hoje, portanto, podemos afirmar que nosso primeiro propósito está sendo atingido: produzir interação entre leitores do blog.

São muitos os comentários que surgem nos posts dia a dia! Comentários que, inclusive, enriquecem nossas postagens preenchendo lacunas ora surgidas, ou citando fatos novos e construtivos, como os apontamentos do Professor Mário Vinícius.

Além dos comentários, outro intento comum é o aporte de fotos egressas dos leitores. Como, por exemplo, a foto abaixo, enviada pelo Sr.Antonio Pereira de Souza Neto, morador da cidade de Petrópolis(RJ), que se diz utilizar-se do nosso blog para conhecer mais da História da nossa cidade, uma vez que suas raízes maternas são campinenses.

O Sr. Antonio Neto, inclusive, morou em Campina Grande entre os anos de 1952 e 1956, foi aluno do Colégio Alfredo Dantas e do então recém inaugurado Colégio Estadual (O Gigantão da Prata).

Alías, quanto ao seu contato, buscaremos lhe atender um pedido inusitado, de localizar um tio seu, figura muito conhecida da localidade, o radialista e ex-representante do "Homem do Baú" em Campina Grande, Eraldo César.



Nesta foto, cruzamento da Rua Marques do Herval com Av. Floriano Peixoto, é possível identificar, ao canto direito, parte do Cine Capitólio (antes da reforma),  a Praça Clementino Procópio e o Abrigo Maringá. A Igreja Batista mais a frente e, ao fundo, o Açude Velho.
Hoje tivemos a grata surpresa, de receber fotos do Aeroporto de Campina Grande do ano de 1948. Quem nos enviou os arquivos foi o professor Mario Vinicius Carneiro, autor do livro sobre a história do Treze Futebol Clube. Professor Mário é uma das pessoas que mais sabem a história de Campina Grande, sempre aparecendo em matérias da TV, Rádio ou Jornal, relatando o seu conhecimento sobre a nossa cidade. Muito obrigado professor.

Avião decolando em 1948

Grupo de passageiros se preparando para uma viagem de avião em 1948

Segundo professor Mário, esses passageiros da segunda foto fazem parte da delegação do Treze, embarcando para disputar o Torneio dos Campeões que foi realizado em maio daquele ano, em Recife (PE).
A presente biografia publicada abaixo, foi encontrada no link: http://www.camaracg.com.br/memorial.php . Trata-se da história de Pedro Sabino, ex-vereador de Campina Grande.

Pedro Sabino

Nasceu em 10 de janeiro de 1900, no Marinho, distrito de Campina Grande. Filho de Manoel Sabino de Farias e Filomena de Almeida Farias.

Foi vereador em Campina Grande a partir de 1947, pela UDN (União Democrática Nacional), tendo sido eleito por quatro legislaturas, e presidente da Câmara Municipal por duas vezes. Primeiramente em eleições no dia 30 de novembro de 1951; e, na segunda oportunidade em 30 de novembro de 1959.

Apresentou ao longo de sua atuação inúmeros requerimentos e projetos, dentre os quais, denominação de ruas, praças, notadamente em São José da Mata, e ainda concessão de títulos de cidadania campinense a personalidades.

Dentre outras encaminhou as seguintes proposituras: Projeto declarando gratuitas as funções de Vereador, Prefeito e vice-prefeito; pedido de reajuste para os servidores do Legislativo; desapropriação de ruas, terrenos e prédios; concessão de subvenção à Escola Politécnica da Paraíba; isenção do Imposto Predial; concessão de auxílio financeiro aos Sindicatos Reunidos dos Trabalhadores e ao Sindicato dos Trabalhadores de Campina Grande; concessão de isenção de impostos municipais às indústrias novas de produtos sem similares e propostas para a abertura de crédito especial.

Outras funções - A família Sabino, formada por grandes comerciantes em Campina Grande, sempre foi geradora de empregos através de suas atividades econômicas. Pedro Sabino atuou como comerciante no ramo de algodão e de sisal, sendo um dos dirigentes da Cooperativa Central de Campina Grande.

Presidiu a Empresa Autoviária Rainha da Borborema, uma das pioneiras da cidade, que fazia as linhas dos bairros dos 40, Monte Castelo, José Pinheiro e outras rotas.

Hoje é nome de praça e de rua, respectivamente, em atendimento a proposituras dos vereadores Maria Lopes Barbosa e Lindaci de Medeiros Nápoles.


Sabino recebeu uma homenagem de Ronaldo Cunha Lima, em forma de estátua no Bairro de São José:


 



Um dos locais mais famosos de Campina Grande é o Calçadão “Jimmy de Oliveira” ou “Calçadão da Cardoso Vieira”, como é mais conhecido esse “centro efervescente” da cidade. Ali, os chamados “Boatos do Calçadão” são criados. As falácias políticas, esportivas e religiosas, atingem nesse local todo o seu poder. Não se pode esquecer também, dos aposentados, dos visitantes, dos personagens folclóricos, daqueles que fazem da “vida alheia”, o melhor tema do mundo.

Outra força do local é o seu grande poder econômico, pois se localiza no centro da Cidade, sendo um dos principais pontos de acesso às várias ruas dos mais diversos comércios.

O primeiro Calçadão foi criado na gestão do prefeito Evaldo Cruz, ocupando o trecho da Cardoso Vieira entre as ruas Marquês do Herval e Venâncio Neiva. O nome “Jimmy Oliveira”, foi em virtude da morte de um jovem na década de 70, que causou grande consternação na cidade.

A Cardoso Vieira, antes da implantação do seu famoso Calçadão

Na prefeitura de Enivaldo Ribeiro, ocorreu uma grande reforma no local. No dia 27 de março de 1982, após a reformulação, o Calçadão seria inaugurado, estando compreendido entre as ruas Cardoso Vieira, Sete de Setembro, Venâncio Neiva e Maciel Pinheiro.


Calçadão da Maciel Pinheiro

A idéia de Enivaldo era transformar o local num grande centro de lazer e também turístico. Todavia, o que aconteceu foi à invasão de “ambulantes”, que acabaram transformando o local num verdadeiro inferno. Na gestão de Félix Araújo Filho, o Calçadão ficou compreendido apenas na Cardoso Vieira.

Foto Atual

Fontes Utilizadas:

-Arquivo Pessoal
-Anuário de Campina Grande - 1982 – Grafset Ltda

Esta foto do final dos anos 50 mostra o cruzamento da Av. Floriano Peixoto com a Rua Vidal de Negreiros, sendo possível observar parte da Praça Clementino Procópio, o Grande Hotel, o prédio do antigo Hotel Marajó (a direita), além do antigo Posto Esso (Posto Futurama), hoje utilizada como estacionamento, desgraçando com a paisagem central da cidade.


Embora tenham surgido polêmicas acerca da extensão da área utilizada após a remoção dos barraqueiros, fica evidente que o terreno do antigo posto limitava-se com uma artéria que havia por trás do prédio do Grande Hotel (Sec. de Administrção de Finanças) à qual emendava-se com a Rua Afonso Campos.

Foto: IBGE


Esta foto é datada do ano de 1958, mostra em seu enquadramento o cruzamento da Rua Marquês do Herval com a Av. Floriano Peixoto.

São visíveis a Praça da Bandeira, o prédio dos Correios e, por trás deste, parte da Escola Técnica de Comércio, atual Faculdades de Administração de Ciências Contábeis da UEPB.


Encontramos no Youtube, alguns registros de campanhas políticas para a Prefeitura de Campina Grande. O primeiro registro é do Partido dos Trabalhadores:


Outro vídeo é de uma propaganda de Enivaldo Ribeiro (Prefeito 1996), em que até Maluf aparece:



Finalizando o registro, um vídeo de Cássio Cunha Lima, propaganda para prefeito em 1996:

O Edifício São Luís, localizado entre a esquina da Venâncio Neiva e o calçadão da Cardoso Vieira, foi um dos principais palcos da vida social de Campina Grande.

A Rádio Borborema utilizou por alguns anos esse local, para seus shows e programas, fazendo a alegria de toda uma geração de campinenses.

Também nesse local se situou a lendária Sorveteria Flórida, tradicional ponto de encontro para os jovens, os enamorados e as famílias de nossa cidade.

Atualmente, o prédio parece meio abandonado, servindo a parte de baixo, para um comércio farmacêutico. Abaixo, uma foto dos anos 50, contrastando com uma atual:





Teatro Municipal Severino Cabral
Arquiteto Licenciado: Geraldino Duda


 
Cine-Theatro Capitólio
Arquiteto Licenciado: Isaac Soares (1934)



Cassino Eldorado
Arquiteto Licenciado Isaac Soares (1937)

Fontes:
- Site do Teatro Municipal Severino Cabral;
- SOUSA, Fabio Gutemberg. "Campina Grande: Cartografias de uma reforma Urbana"

Tivemos a grata surpresa na semana passada, de descobrir o endereço do blog "História Esperancense" http://historiaesperancense.blogspot.com/ . A história da simpática cidade próxima a Campina Grande, é retratada por Rau Ferreira, através de textos, vídeos e fotos. É uma grande alegria saber, que não estamos sozinhos na tarefa de retratar a história da Paraíba, tão sofrida, mais cheia de aspectos históricos relevantes. Dias atrás recebemos um email de um usuário, que também quer fazer um blog sobre a história de Pocinhos. É isso pessoal, daqui a pouco, toda a história da Paraíba estará na net, que deveria ser sempre utilizada para isso, para o bem, para o saber, etc., e não apenas como meio de desvirtuar o ser humano. Parabéns ao Rau Ferreira pelo seu belo blog e convidamos a todos os nossos leitores, a uma visita ao espaço histórico de Esperança.

Ao visitarmos o site da Cinemateca (http://www.cinemateca.com.br/), nos deparamos com uma informação de um vídeo sobre Campina Grande, datado de 1935. O filme teria sido feito por Luíz Thomaz Reis, um baiano, que rodava o norte e nordeste, filmando cenas pitorescas de vários locais. Segundo o site da Cinemateca, o filme teria sido exibido no Rio de Janeiro e em São Paulo.

Infelizmente, não temos a informação se tamanha raridade ainda existe, devendo-se tratar do vídeo mais antigo de nossa cidade. Por outro lado, ainda visitando o site da cinemateca, encontramos um registro sobre a Cultura do Algodão no Estado, isso em 1925. Não sabemos, porém, o local onde foi feito tal registro, só sabemos que foi na Paraíba. O vídeo, nossos internautas podem visualizar abaixo. São apenas 15 segundos.






À primeira vista, ficamos encurralados em tentar localizar essa ponte na atual paisagem campinense... Pois bem, imagine-se na Rua Lino Gomes, de frente à AABB, olhando para o prédio da Clipsi!

Essa rua é o trecho que separa o Parque Evaldo Cruz do Parque do Povo, que emenda as Rua Lino Gomes à Rua Treze de Maio. E é no sentido da Rua Treze de Maio que vemos a torre da Igreja Evangélica Congregacional de Campina Grande.

Essa ponte passava por cima do antigo Açude Novo, que foi o segundo resarvatório construído em 1830 para suprir a carência de água na cidade, somando-se ao Açude Velho e, mais tarde, ao Açude de Bodocongó.

Somente em 1976 o Açude Novo tomou as proporções de "parque" como hoje o conhecemos, recebendo o nome de Parque Evaldo Cruz em 1985, após o falecimento do ex-prefeito responsável pela sua urbanização. 

Fontes Consultadas:
 Arquivos Pessoais
Wikipédia



Com a instalação da Escola Politécnica em Campina Grande, através do Decreto Federal de número 33.286/53, do dia 14 de julho de 1953, foi autorizada o seu funcionamento pelo então Presidente da República, Getúlio Vargas, conforme já tratado em posts anteriores (use nossa ferramenta de busca para ver mais sobre a Escola Politécnica).

Em sendo a primeiro curso superior da cidade, consequentemente, em Março de 1954 realizou-se o primeiro exame vestibular de Campina Grande, para acesso das vagas oferecidas para a turma pioneira da Faculdade de Engenharia Civil, formada em 1958, gerando o reconhecimento do curso.

A foto acima mostra o registro raríssimo desse acontecimento, em nosso Município.

"Na foto são vistos, parte anterior: dois candidatos sentados. O terceiro retira o ponto sorteado para a prova oral. Parte posterior, em pé, da esquerda para direita: Prof. Josemir de Castro- Prof. convidado 1- Prof. convidado 2- Prof. Giusepe Gioia- Prof convidado 3- Prof. Antônio Morais- Prof. Adelmo Machado- Prof. Pedro Collier- Prof. Glauco Benévolo de Benévolo- Prof. Max Hans"
Karl Liebig


Fonte Pesquisada:
Acervo do Prof. Milton Bezerra das Chagas Filho

Mais uma raridade do acervo do blog, uma imagem dos anos 50 da Associação Comercial e Empresarial de Campina Grande. A foto foi tirada em 1957, mostrando um prédio ainda incompleto, em comparação a foto de 2009.

A Associação foi criada em 1926, tendo em Demóstenes de Souza Barbosa, seu primeiro presidente. O órgão foi criado pelos empresários da cidade, que estavam sendo prejudicados pelo então Presidente (Governador) do Estado, Camilo de Holanda, que resolveu fixar no orçamento estadual uma tabela especial do chamado ‘Imposto de Indústria e Profissão’, determinando que os contribuíntes estabelecidos em Campina Grande teriam que pagar alíquotas mais elevadas em comparação aos demais municípios da Paraíba.

Na verdade, era uma briga política entre Camilo e o prefeito de Campina Grande, Cristiano Lauritzen. Como sempre aconteceu em nossa cidade, quem saía perdendo com esses "eventos" era o povo da cidade.

(1957)


(2009)

Fonte Utilizada:

-Arquivos Pessoais
-Site da Associação Comercial e Empresarial de Campina Grande

Segundo o dicionário Aurélio, “Maçonaria é uma sociedade parcialmente secreta, cujo objetivo principal é desenvolver o princípio da fraternidade e da filantropia”. Campina Grande, como sempre inovadora em sua história, não poderia ficar de fora desse contexto. Portanto, a Maçonaria em nossa cidade surgiu ainda no século 19. Exemplos desse fato foram a “Segredo e Lealdade” de 1873, a “Renascença” de 1876 e finalmente, uma que não teve nome, fundada por Alexandre Dornelas Luna, Estevam Dornelas Luna, Antonio Velho e outros. Todas foram extintas devido a fortes perseguições da sociedade, principalmente da igreja católica.

Entretanto, a idéia não foi esquecida e no dia 19 de agosto de 1923, foi fundada na Rua Marquês do Herval, a “Loja Maçônica Regeneração Campinense”, nome dado por Almir Silva e Luiz Dália. Na época, 40 “maçons”, estiveram presentes no histórico momento, foram eles:

Alfredo Carneiro da Cunha
Almir Silva
Antônio Gomes da Silveira
Augusto Felipe Santiago
Claudino Gabino de Oliveira
Ernani Lauritzen
Francisco Maria
Gasparino Barreto
Idelfonso Aires
João Araújo
João de Macedo Filho
João Ferreira de Matos
João Itamar
João Uchoa
Joaquim Pereira dos Santos
José Barros Ramos
José Branco Ribeiro
José de Almeida Júnior
José de Almeida Pequeno
José Maia Filho
José Timóteo de Morais
Juvino de Souza do Ó
Leocádio Bezerra Cavalcanti
Lino de Oliveira Cavalcanti
Luiz Dália
Luiz Lyra
Luiz Tavares
Luiz Tavares Wanderley
Manoel Almeida da Silva
Manoel Araújo Souto
Manoel Correia da Costa Vasconcelos
Manoel Feliciano do Nascimento
Martiniano Martins Lins
Methódio Câmara
Olímpio Ferreira Barros
Sebastião Lira Gomes Pedrosa
Severino Gomes da Silva
Severino Pimentel
Targino da Costa Barbosa
Venâncio dos Santos

A história da Maçonaria está diretamente ligada com a história do município. Várias decisões e posicionamentos políticos da cidade foram tomadas nas dependências dessa sociedade secreta, que tanto intriga pessoas que não a conhecem a fundo.

Em 20 de fevereiro de 1924, a loja maçônica instalou seu templo no sobrado da família Ivo Macacheira, à Praça Epitácio Pessoa. Nesse mesmo dia ocorreu à primeira sessão solene de posse e seis dias depois, realizou-se a primeira reunião administrativa.

No ano de 1925 (08 de maio), Artiquilino Dantas doou o terreno para a construção da atual sede, localizada a Rua Venâncio Neiva. Em 02 de outubro, seria aprovado o Regimento Interno da organização.

O dia 24 de junho de 1926 marcou a data da inauguração da atual sede e em 1928, ocorreu à criação da famosa biblioteca da Maçonaria, chamada “Biblioteca Arlindo Correia”, em homenagem a um dos baluartes da Maçonaria campinense.


Imagem da sede da Regeneração Campinense

Em setembro de 1932, a Maçonaria teve a honra de inaugurar o primeiro hospital da cidade, o Hospital Pedro I (utilizem nossa ferramenta de busca para conhecer a história desse hospital).

Depois de investir na saúde, o próximo passo da “Regeneração Campinense” seria à educação, com o advento do “Grupo Escolar Antônio Vicente”, homenageando o maçom Antonio Vicente Ferreira, que doou todos os seus bens materiais a Maçonaria. O terreno do grupo, localizado no bairro de José Pinheiro, foi doado pelo maçom João Mangueira Neto. Em 1964 a escola seria estadualizada e em 1992, demolida para a construção de um novo edifício, mais amplo e moderno. Boa parte do acervo da biblioteca “Arlindo Correia” foi redirecionada para o local, que hoje se chama “Escola de Ensino Fundamental Antônio Vicente”.


Escola de Ensino Fundamental Antônio Vicente

Em 1935, um maçom da Regeneração Campinense seria governador do Estado, seu nome: Argemiro de Figueiredo. O inesquecível político foi iniciado na Maçonaria em 24 de fevereiro de 1925, sendo um dos responsáveis pela criação do regimento da organização.

Foto da estátua de Argemiro, localizada na Praça Clementino Procópio

O antigo prédio maçônico, pequeno e de forro e assoalho de madeira, foi demolido entre as gestões de Aroldo Cavalcanti Cruz e Raimundo Gadelha Fontes, para ser reconstruído e inaugurado em 20 de junho de 1968.

No ano de 1981, o edifício foi aumentado na gestão de Ailton Elisiário de Sousa, contando atualmente com mil metros quadrados.

Fotos da Maçonaria e do Templo Maçônico - Fotos de Demetrius

Durante os anos 80 e 90 do século passado, a “Regeneração Campinense” em regime de “comodato”, manteria o Clube das Acácias, que se localizava no Açude Velho. Ali foram realizadas inesquecíveis festas da família maçônica e da sociedade campinense em geral. Infelizmente, o local foi demolido para a construção de um moderno edifício.

Quando dos 75 anos da fundação da “Regeneração Campinense”, os maçons Francisco Assis de Almeida e Geraldinho Pereira Duda, esse último responsável pela arquitetura do teatro “Severino Cabral”, fizeram o projeto do “Monumento Maçônico”, localizado entre as ruas Vidal de Negreiros e João da Mata. O projeto filosófico foi de Ailton Elisiário de Sousa.

Monumento-Foto de Demetrius

Ao longo dos anos, organizações para-maçônicas foram sendo criadas para servir de alicerce à Maçonaria. Foi o caso da “Associação das Samaritanas” em 1981, constituídas pelas esposas dos maçons. A Ordem Demolay “Deus, Pátria e Família” (jovens entre 13 e 21 anos idade), fundada em 1981. O “Clube de Lowtons” em 1987, para as crianças do sexo masculino e no ano seguinte, o “Clube Flor de Lótus”, para as crianças e adolescentes do sexo feminino. Hoje, existe outra organização para as jovens, as “Filhas de Jó”.

Em 07 de janeiro de 1994, o governador do Estado, Cícero Lucena, sancionou a lei nº. 5.859, que reconheceu a loja “Regeneração Campinense nº. 02”, como entidade de utilidade pública.

Em que pese o sentimento de rejeição por parte de algumas organizações religiosas, são 86 anos de serviços bem prestados pela “Regeneração Campinense nº. 02”, além das outras organizações maçônicas de nossa cidade. Campina Grande agradece.


A Regeneração Campinense em 2009

Anexo:

Escutem abaixo o tema "Acácia Amarela", feita por Luiz Gonzaga em homenagem a Maçonaria. Para os que não sabem, o "Rei do Baião" era maçom.


Fontes Utilizadas:

-Datas Campinenses de Epaminondas Câmara
-Memorial Maçônico de Campina Grande – Ailton Elisiário
-Site da Regeneração Campinense, atualmente desativado
-http://planeta.terra.com.br/servicos/regecamp/PagMonumento.htm
-Cordel “A Escola Antonio Vicente” – Turma do 5º Ano A de 2008
-Discurso de Luiz Carlos Silva, por ocasião do aniversário de 85 anos da Loja Regeneração Campinense nº. 02
-Dicionário Aurélio

 
BlogBlogs.Com.Br