Serviço de Utilidade Pública - Lei Municipal nº 5096/2011 de 24 de Novembro de 2011
Criado por Adriano Araújo e Emmanuel Sousa
retalhoscg@hotmail.com

QUAL ASSUNTO VOCÊ ESTÁ PROCURANDO?

Nosso colaborador Helder Racine teceu comentários sobre a postagem da Rua da Emboca:

"Outro dia ao revisitar o blogger "Retalhos Históricos de Campina Grande" tive a grata surpresa de me deparar com uma foto não datada da "RUA DO EMBOCA", atual Rua: Peregrino de Carvalho; artéria localizada na área central de Campina, foi passagem dos tropeiros e suas mulas que para não atrapalhar o fluxo da Rua Grande (R. Maciel Pinheiro), embocavam por trás daquela e daí vem o nome. Entre o final do séc.XIX e as duas primeiras décadas do séc.XX a Rua do Emboca tinha a má fama de servir de moradia e pouso das "quengas" que ali se instalaram no intuito de vender AMOR, aos viajantes que por ali transitavam. Célebres eram as serestas do Emboca, eternizadas na letra de Rosil!! Antigo reduto boêmio de nossa urbe e logradouro de memórias que não são minhas, mas me chegaram através do relato familiar dos mais velhos. No final dos anos 20 do século XX as "quengas" foram expulsas para o "Roi couro" e para a feira-central, a cidade já não podia abrigar o baixo meretrício em um logradouro tão próximo de onde as ditas "boas famílias" residiam. A Rua do Emboca passou a ser habitada por famílias de classe média, comerciantes, forasteiros, pequenos-burgueses. Num dia de 1930 minha avó Nydia passou a residir ali, juntamente com sua mãe e irmãos, provenientes de Areia-PB e não mais voltariam, como tantos outros escolheram Campina para morar e aqui ficaram definitivamente e o Emboca foi seu primeiro e inesquecível pouso. Algumas passagens eram sempre evocadas nas tertúlias famíliares!!! Os perrepistas quebrando a casa do Dr. Agra, as tropas do Governo marchando para lutarem contra Zé Pereira e vovó escondida embaixo da cama, o surto de tuberculose que ceifou várias vidas, a morte de João Pessoa, etc. A memória genética se manifestou ao ver aquela imagem apagada em preto-e-branco, como se um pouco da minha história pessoal estivesse ali."

6 comentários

  1. Soahd on 11 de agosto de 2012 às 08:49

    Feliz de você que soube captar e registrar estes relatos, a história precisa manter estes fragmentos e sentimentos expostos..adorei saber desta parte de CG, não conhecia, inclusive o nome vulgar da rua.Parabéns Helder.

     
  2. George Figueiredo on 11 de agosto de 2012 às 09:36

    Parabéns Helder, maravilhoso ponto de vista.

     
  3. valmir lopes on 11 de agosto de 2012 às 17:52

    Racine, sou amante de Campina, é visito sempre este site para rememorar fatos. Mas, agora aproveito para te mandar um abraço. Sou Valmir Lopes (VIEIRA), que serviu ao exército contigo em 1989. Parabéns pelo texto.

     
  4. H. Racine on 11 de agosto de 2012 às 20:34

    Que legal Vieira!! Bom reencontra-lo por aqui. Um forte abraço.

     
  5. Anônimo on 11 de agosto de 2012 às 22:01

    Maravilhoso!!!

     
  6. Unknown on 22 de janeiro de 2014 às 07:16

    Parabéns Helder. Só faltou nos dizer em que altura da rua ficava a casa dos seus familiares. Que ponto comercial tem hoje no local. Pode ser um detalhe desimportante, mas eu adoro estas referências.

    Inaldo Matias - Natal RN

     


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