Esta belíssima arquitetura colonial ainda está de pé, em Campina Grande: encontram-se edificados na Rua Maciel Pinheiro e, à época do foto, localizava-se na Praça Epitácio Pessoa.
Vítimas do processo de re-alinhamento urbano da gestão Vergniaud Vanderley, representavam dois símbolos da política da República Velha: esquina com a Rua Monsenhor Sales está o Pavilhão Epitácio, palco de eventos da elite local e, ao seu lado, o Casarão de Cristiano Lauritzen (aliado e amigo do ex-presidente da República Epitácio Pessoa).
Atualmente, o Pavilhão Epitácio está com suas características decorativas externas plenamente conservadas. Porém, escondida aos olhos dos transeuntes; por um lado, placas e letreiros dos estabelecimentos comerciais por outro, o prédio onde funcionou a Livraria Pedrosa que encobre toda a visão diagonal.
Politicamente contextualizado, a Livraria Pedrosa, que sobrepôs o Pavilhão, representou o ponto de encontro da nova elite campinense, entre literatos e comerciantes.
Fonte: "Campina Grande: cartografias de uma reforma urbana no Nordeste do Brasil (1930-1945)"
Fabio Gutemberg Ramos Bezerra de Sousa
Fabio Gutemberg Ramos Bezerra de Sousa
Muito obrigado por ter publicado minhas montagens. Fico contente e espero que o pessoal do blog gostem delas.
Ficou muito bom mesmo. Valeu.
eu amo esse prédio!!belissimo exemlar ecletico, testemunho das tranformaçoes do centro pelas decada de 30, 40 e 50...vai sumindo fisicamente, mas permanece na memoria de muitos!
Lizia A.
eu amo esse prédio!!belissimo exemlar ecletico, testemunho das tranformaçoes do centro pelas decada de 30, 40 e 50...vai sumindo fisicamente, mas permanece na memoria de muitos!
Lizia A.
Pela beleza arquitetônica e também pelo que representou em termos de irradiador de cultura através da velha "Pedrosa", parabéns.
Honestamente,se os recursos me permitessem(talvez uma MEGA SENA),compraria o prédio da antiga livraria pedrosa para derruba-lo.Restaurava todo o Pavilhão Epitácio criando uma cafeteria, por exemplo,com uma pracinha na frente para o deleite dos campinenses e turistas que visitassem o local.Bem menos que a idéia,sonhar não custa nada.
Detalhe da foto: o casarão do prefeito Cristiano Lauritzen ainda com suas caracteristicas originais.
Dá para ver a placa de uma loja que funcionava no local.
Muitos anos depois,na década de 1960,funcionou no mesmo prédio a "Filmoteca Lamar" do saudoso "seu" Lourival.
A filmoteca alugava antigos filmes na bitola de 16m/m.
"Seu" Lourival também vendia uns pacotinhos avulsos com pedaços(fotogramas)dos filmes.
Quem comprava não podia escolher as imagens, e a gente vibrava quando aparecia um fotograma colorido(a maioria era em preto em branco).
Os fotogramas eram exibidos depois em projetores improvisados feitos com caixas de vela ou sabão, uma lâmpada de 20 velas e uma lente oftalmologica.Era um sucesso cada sessão do cineminha doméstico!
Bom era quando se conseguia fotogramas de 35m/m, encontrados nas latas de lixo dos cinemas Capitólio e Babilônia.
Toda vez que o filme era revisado na cabine de projeção, os fotogramas estragados eram cortados do filme e jogados no lixo, fazendo a alegria da gurizada.
Os fotogramas de 35m/m ofereciam uma melhor qualidade de imagem porque eram bem maiores do que os de 16m/m.
A filmoteca tinha esse nome em homenagem a atriz
Completando a postagem anterior:a filmoteca tinha esse nome, em homenagem a bela atriz Austríaca Hedy Lamarr que fez Dalila no clássico "Sansão e Dalila" de Cecil B. de Mille. Sansão era o canastrão Victor Mature.
Impossível ver essas imagens, e não querer ter nascido nessa época!
Nós anos 50 eu amava ir e ficar passeando, examinando livros, sem qualquer compromisso de comprar, só de curtir. Minha verba era curta, mas minha imaginação e curiosidade não conhecia limites.