Anésio Ferreira Leão, ou “Anézio” como queiram, é uma verdadeira lenda quando se fala na educação campinense. Nascido em 24 de março de 1900 na “Rainha da Borborema”, era filho de Pedro Ferreira Leão e Francisca Tavares Leão.
Começou seus estudos no Externato Campinense do professor Pedro Otávio, todavia não chegou a terminar o curso primário. Mesmo sendo autodidata, seu extraordinário conhecimento na área da gramática portuguesa, fez com que publicasse algumas obras, destacando-se o livro “Aulas de Português”.
Moacyr de Andrade em seu livro “Vultos Paraibanos” relatou da seguinte forma a genialidade de Anésio Leão: “Nunca vi consultar livros durante suas aulas. Seus exemplos eram colhidos no ambiente ou nos episódios cotidianos, todos seus alunos eram seus fãs e adoravam a sua intuitiva arte didática”.
Começou seus estudos no Externato Campinense do professor Pedro Otávio, todavia não chegou a terminar o curso primário. Mesmo sendo autodidata, seu extraordinário conhecimento na área da gramática portuguesa, fez com que publicasse algumas obras, destacando-se o livro “Aulas de Português”.
Moacyr de Andrade em seu livro “Vultos Paraibanos” relatou da seguinte forma a genialidade de Anésio Leão: “Nunca vi consultar livros durante suas aulas. Seus exemplos eram colhidos no ambiente ou nos episódios cotidianos, todos seus alunos eram seus fãs e adoravam a sua intuitiva arte didática”.
No ano de 1914, Anésio iniciou com o professor Antônio da Silva Vigarinho seus estudos musicais, outra de suas paixões. Quando morou na cidade paraibana de Patos, por exemplo, Anésio Leão fundou a “Filarmônica 26 de Julho”, demonstrando seu grande apego a música.
Em 1920, fundou em Campina Grande o “Instituto São Sebastião” para meninos e meninas, uma novidade à época, em tempos que os estudos eram divididos entre os sexos.
A partir de 1928 optaria por uma vida “cigana”, indo morar em várias localidades do Nordeste, a exemplo de Patos já citada, do Rio Grande do Norte, de Pernambuco e da Bahia, quando enveredou também na política, sendo vereador na cidade de Feira de Santana.
Voltando a Campina Grande em 1954, partiu para a política local chegando a ser vereador em 1963 pelo PSP (Partido Social Progressista), quando obteve 701 votos. Presidiu a Câmara Municipal de Campina Grande no período 1966/68, quando por motivos de doença renunciou ao mandato.
Viria a falecer no ano de 1971, ocasionando uma verdadeira comoção para seus inúmeros admiradores. Exemplo disso foi o que ocorreu em novembro de 1971, quando o compositor Fernando Lobo recebeu o titulo de cidadão campinense. O autor da propositura foi o vereador Argemiro de Figueiredo Filho, que em seu discurso fez uma singela homenagem a Anésio Leão: "Um homem pode ter servido à humanidade tanto quanto Anésio Leão, entretanto, acredito que poucos como ele houve na face da terra. Digo-o, meu caríssimo Fernando Lobo, sem que esteja incorrendo em exagero. Era um humilde, grande nos gestos e maior, muito maior nas atitudes. Ensinava, desasnando criaturas, como quem fazia da cátedra um sacerdócio, dando na expressão exata da palavra, como ele mesmo dizia, aulas memoráveis da última flor do Lácio".
Foi casado por três vezes, tendo 10 filhos em sua jornada. Morou por muitos anos na Rua João Alves de Oliveira, nº. 13, sendo torcedor do Campinense Clube.
Em honra a seu livro de poesias “Gritos d´Alma” (de 1935 editado em João Pessoa), tornou-se o patrono da Academia de Letras de Campina Grande.
Outra homenagem, das inúmeras que recebeu, foi o fato de seu nome ter sido dado ao “Estadual da Palmeira”, na rua XV de Novembro.
Fontes Utilizadas:
-Vultos Paraibanos – Moacyr Andrade – RG Editora e Gráfica – Campina Grande/PB – 1999
-Wikipedia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Anésio_Leão)
-www.camaracg.com.br
-http://patosemrevista.com
-Arquivos Pessoais
-A Mesa do Vilariño - Fernando Lobo - Editora Record
Conhecia a fama do prof. Anesio Leão pela gramatica que tinha lá em casa, e boa parte dos filhos tinham inclinação para letras, uma delas é revisora de artigos cientificos, Nizia Leão...
Eu me lembro do prof. Anésio Leão. Conheci de perto parte da sua familha. Lembro-me da expressão entre estudantes dos anos 50/60 : "Quer saber mais Português que Anésio Leão"...
Quanta honra meu querido Avo....
Seu vulto será guardado para sempre dentro dos nossoa corações.
Meu queriro "PUEÔ"
Cloércio Leão
Neto
Quanta honra meu querido Avo....
Seu vulto será guardado para sempre dentro dos nossoa corações.
Meu queriro "PUEÔ"
Cloércio Leão
Neto
Estudei o ginasial entre 1980 a
1983 no estadual da Palmeira, em campina grande, nunca ouvi nada a respeito de Anésio leão, achava bonito o nome, mas nunca prestaram uma homenagem sequer! tenho orgulho de ter passado por a escola acima!
Anésio Ferreira Leão,nascido em 24 de março de 1900 na “Rainha da Borborema”, era filho de Pedro Ferreira Leão e Francisca Tavares Leão.É considerado uma lenda da educação campinense.
Começou seus estudos no Externato Campinense do professor Pedro Otávio, mas não chegou a terminar o curso primário. Mesmo sendo autodidata, seu extraordinário conhecimento na área da gramática , fez com que publicasse algumas obras, destacando-se o livro “Aulas de Português”.
No ano de 1914, Anésio iniciou com o professor Antônio da Silva Vigarinho seus estudos musicais, quando morou na cidade paraibana de Patos, por exemplo, Anésio Leão fundou a “Filarmônica 26 de Julho”, demonstrando seu grande apego a música.
Em 1920, fundou em Campina Grande o “Instituto São Sebastião” para meninos e meninas, uma novidade à época, em tempos que os estudos eram divididos entre os sexos.
Após passar um tempo vivendo em cidades diferentes, volta para Campina e se envolve na política local se tornando vereador e futuramente chega a presidir a Câmara Municipal de Campina Grande. Morre no ano de 1971.
por Cloércio Leão - NETO
Acredito que seja parente muito próximo de meu pai também nascido em Campina Grande, chama-se Marcone Ferreira Leão filho de Abel Ferreira Leão e Severina Vidal Leão.
Ola, você é parente desse senhor Anesio Leão?
Na qualidade de neto por parte maternal, agradeço a todos que honram o nome de "vovô", extensivo à "vovó" Anita Leão, apesar de ter morado um tempo com eles com aproximadamente seis anos, relembrou que a casa era sempre cheia, pois dava aulas gratuitamente na sala principal da casa!
Alexandre Leão de Lima.
Agradeço a gentileza da recordação de "vovô" Anésio, extensivo a "vovó" Anita Leão, como afetuosamente os tratava, por volta dos seis anos de idade.
Alexandre Leão de Lima
Meu querido pai Ismael Marinho Falcao , foi aluno fe Anesio Leao, e dizia que "o o professor dizia que o portugues tinha que ser claro para o aluno, como esta claro as linhas da palma de sua mão."
Oi sou bisneta do prof anezio leao
Anézio Leão nasceu em Campina Grande no dia 20 de março de 1900 e morreu, na mesma cidade, em 2 de novembro de 1971. Adolescente, já fazia versos, aprimorando-se por conta própria na língua portuguesa publicando-os em jornais e revistas. Aprimorou-se no estudo da língua pátria, de que é conhecido e acatado mestre. Publicou um livro de poemas “Grito d’Alma’ e uma gramática “Aulas de Português”, no que, aliás,
foi ajudado por Pedro Gondim e Vital do Rego. A 2a. edição, em 1961, foi composta, impressa e encadernada pelo autor; a primeira edição foi pela Livraria Pedrosa, de Campina Grande. Segundo Leônia, houve 4 edições da obra. Fundou o educandário 7 de Setembro e o colégio São Sebastião. Foi também político, elegendo-se vereador, cuja Câmara tem seu nome: Casa Anézio Leão. Anézio É patrono da Academia de Letras de
Campina Grande, cadeira nº 03, cuja acadêmica é a irmã, Leônia. Foi eleito por dois mandatos vereador e presidente da Câmara Municipal de Campina Grande Além vereador, Anézio foi secretario de governo de Ernany Satyro.
ANEXADO POR - CLOÉRCIO LEÃO / FILHO DE CLÓVIS LEÃO / NETO DE ANÉZIO LEÃO
cloercioleao@gmail.com
Uma honra ser bisneto de Anesio Leão e neto de Clovis Leão... Deixaram um grande legado e uma grande familia.
MEMÓRIAS DE LEONIA LEÃO – IRMÃ DE ANÉSIO LEÃO “PUEÔ”
Nos fins do século XIX, um cidadão português tinha uma propriedade na área rural de Campina Grande que era denominada fazenda Três Irmãs.
O pai tinha posto este nome em homenagem às suas três filhas: Maria Jesus da Conceição, Ursulina e Josefa (colocamos, aqui, na ordem da fala da depoente, dando ênfase de que o nome completo da primeira, citada assim por ela, é por ser sua avó).
Hoje aquela área é subúrbio campinense. Um dia, Francisco Tavares de Brito, jovem trabalhador da região propôs casamento a uma das filhas do português, sendo Maria, a mais velha escolhida pela beleza e simplicidade. Maria pouco tempo após o matrimônio daria a luz a uma menina, que em homenagem ao pai, vítima de varíola, receberia o nome de Francisca, a mãe de nossa personagem. Da parte de pai, a origem de Leônia Leão nos remete aos descendentes dos Leão de Alagoas, família conhecida nos tempos coloniais no Nordeste. Inácio Leão, dono de largas terras na região de Palmeiras dos Índios, onde nasceu, criava seus filhos com toda opulência, juntamente com uma índia, chamada Tibaca. Um dos seus filhos, chamado João Miguel Leão, engravidou a índia: “Meu avô buliu com uma índia. O nome dela era ‘Tibaca”, nos conta Leônia. Tibaca significa fibra de coqueiro, de palmeira (nota dos biógrafos).Inácio diante dos fatos e com todo rigor característico da época, acabou forçando o filho a se casar com a índia, mas fez uma exigência: daria o dinheiro que fosse justo e necessário para o casal e legitimado através da herança, todavia, ele deveria morar longe daquela província. E assim foi feito, João Miguel Leão veio residir em Campina Grande, ainda vila, comprando terras na Serra de Joaquim Vieira, hoje distrito campinense de São José da Mata. João Miguel Leão (avô, portanto, de Leônia) por sua vez, se casou com a neta de escravos, Joana Maria da Conceição. E foi lá que nasceram filhas e apenas dois homens, José Ferreira e Pedro Ferreira (1877) pai de Leônia.
Desta filiação daria a ‘morena’ Leônia: “Eu gosto da minha cor, eu gosto”, nos disse, passando o indicador sobre a pele do braço direito. E diria mais,: “Meu irmão, Anézio se orgulhava de ser quase negro; lá em casa era assim, uns brancos, outros menos claro”.
O tronco formado por Pedro Ferreira Leão e Francisca Tavares Leão deu ao mundo 18 filhos: Inácio, Anézio3 , Álvaro4 , Abel, Alcides (famoso compositor de frevos no Recife, onde tem até nome de rua), Arnaldo (pintor), Napoleão (músico e maestro), Irene (já nonagenária, vivendo também em Campina Grande) (dos nomes citados na hora) e Leônia.
Os Leão têm marcado a cultura campinense e porque não dizer também de Pernambuco e até no Rio Grande do Sul. Napoleão também foi escritor bissexto; Abel também foi poeta, conforme nos informou Leônia.
A própria Leônia já era, em 1966, conhecida na cidade como “espontânea beletrista’ na crítica de Tejo (1961: p. V) e poetisa, como ela afirma e, não, poeta. Os Leão parecem se enquadrar naquilo que Chartier chama de “aculturação tipográfica” do povo urbano, quando o escrito favorece “(...) a entrada do povo urbano na cultura do escrito impresso”.(CHARTIER, 2004: 107 e 111). Admiradora do irmão, Anézio, Leônia começa falando dele: ‘Anézio Leão ensinava versejando”. Lembra que, geralmente, quando escrevia as suas crônicas ia mostrar ao irmão. Sempre com bom humor Anézio corrigia, detalhadamente as crases. Fala de que sua vida foi um pouco agitada pelos casamentos que teve.
Pedro Leão fez o Colégio São Sebastião para o filho Anézio, quase como uma compensação, por não tê-lo colocado para estudar, apesar de seus pendores. Leônia conta que Anézio, aos 4 anos de idade, leu e escreveu sozinho o nome de uma casa comercial: Bazar Novo Hamburgo. Assim, em seu colégio, havia uma Banda da escola, de que ele era o maestro, com seus irmãos músicos, mantendo-se assim uma rivalidade entre o Colégio Pedagógico e o Colégio São Sebastião.
COPIADO E COLADO POR CLOÉRCIO LEÃO, FILHO DE CLÓVIS MACHADO LEAO
Estudei nessa escola no ano de 1979,tinha como diretor frei Flávio
Anésio leão é meu tio
EmEm SantosAntonio de Jedus na Bahia conheci o Prof Anesio Leão um grande professor.
Cresci ouvindo minha mãe, Valdemira Machado Leão, filha do primeiro casamento do meu avó Anézio com Elisa Machado Rios, histórias maravilhosas sobre ele, que carreguei com orgulho e reverência por toda a vida. Não tive a fortuna de conviver com ele, mas a de ter lido tudo o que ele deixou de sua obra.
Grito d'alma era meu livro de cabeceira. Saudades de um avô genial que infelizmente não enriqueceu minha infância com sua presença.
Remiragy machado Leão Schlegel.