Serviço de Utilidade Pública - Lei Municipal nº 5096/2011 de 24 de Novembro de 2011
Criado por Adriano Araújo e Emmanuel Sousa
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QUAL ASSUNTO VOCÊ ESTÁ PROCURANDO?

por Rau Ferreira
 
Nasceu ELPÍDIO Josué de ALMEIDA na cidade de Areia, mas preferiu radicar-se na Cidade Rainha da Borborema. Formado em Medicina pela UERJ, aportou em Campina em dezembro de 1925, para integrar o corpo médico do Posto de Profilaxia Rural "Lafaiete de Freitas".

Com 36 anos foi eleito Conselheiro Municipal e, por suas vezes prefeito desta Cidade (1947/51 e 1955/59), assumindo ainda uma cadeira na Assembléia Federal em 1951.

Como adido cultural, participou da criação da Revista Campinense de Cultura lançada em comemoração ao centenário de Campina Grande, e escreveu duas obras de grande importância: “Areia e a abolição da Escravatura: o apostolado de Manoel da Silva” (Oficinas gráficas do Jornal do Commercio, 1946) e “História de Campina Grande”, que é o nosso foco.

O livro – editado pela LIVRARIA PEDROSA e impresso no Recife em 1962 - trás o prospecto da cidade desde a antiga Aldeia Velha até o período revolucionário de ‘30. Contém 424 páginas, divididas em 32 capítulos, com destaque para a sua origem, vultos e personalidades. 

Em seu prefácio, enfatiza o autor:
“(...) impunha‐se a elaboração deste trabalho, sem mira a prêmio ou ajuda oficial, como contribuição espontânea às festividades de 1º centenário da cidade, a comemora‐se em 11 de outubro de 1964. Como realizá‐las com afeição e ufanias sem um caderno descritivo do seu passado? Sem um depoimento exato sobre os homens que a fundaram? Sem uma narrativa dos principais sucessos ocorridos em seu território, desde o tempo da fundação da aldeia, velha de quase três séculos? Aparece essa publicação para evitar a falha” (Elpídio de Almeida).

O compêndio destaca a dificuldade no abastecimento d’água e a seca no primeiro século, os fatos políticos – como as Câmaras que dirigiram o Município de 1853 a 1866, e as que sucederam até 1930 – os acontecimentos até a Proclamação da República (1889), o surgimento do Grupo Escolar “Solon de Lucena” (1924), dentre outros aspectos:

A água para as necessidades domésticas era difícil, mas com despesa e trabalho se obtinha. As fontes do Lozeiro, não muito distante, acudiam aos habitantes nessas emergências” (págs. 119 e 159).

Em Campina, foram muitas as homenagens ao médico areiense que instalara seu consultório na Av. Marechal Floriano, citemos: A maternidade municipal, o viaduto na entrada da cidade e a denominação do instituto histórico campinense.
Elpídio é patrono das Cadeiras n° 11, da Academia de Letras de Campina Grande; e n° 5 do IHGP.


Referências:
-  SILVEIRA, Regina Paula Silva da. O papel de Elpídio de Almeida para a construção da história de Campina Grande. IX Seminário Nacional de Estudos e Pesquisas “História, Sociedade e Educação no Brasil”. Realizado em 31/07 à 03/08/2012. ISBN 978-85-7745-551-5. Disponível em <http://www.histedbr.fae.unicamp.br>. Acesso em 08/11/2012.
- ELISIÁRIO, Ailton. Doutor Elpídio. Disponível em <http://paraibaonline.com.br>. Publicado em 04/09/2012. Acesso em 08/11/2012.
- GUIMARÃES, Luiz Hugo. História do IHGP. Editora Universitária. João Pessa/PB: 1998.
- PIMENTEL, Cristino. Mais um mergulho na história campinense. ALCG. Edições Caravela. Campina Grande/PB: 2001.
- ALMEIDA, Elpídio. História de Campina Grande. 2ª ed. João Pessoa: Editora Universitária/UFPB: 1978.

2 comentários

  1. Anônimo on 22 de novembro de 2012 às 08:46

    Nos anos 50/60 era comun as expressôes:

    "Êsse pensa que é Dr. Elpidio" e "Êsse acha que é melhor que Dr. Elpidio"

    Isso demonstra o gráu de consideração e admiração que tinha o povo por êsse emérito Campinense!

     
  2. Anônimo on 22 de novembro de 2012 às 18:54

    Bastaria a História de Campina Grande para que merecesse nossa gratidão(LEIAM SEU PREFÁCIO).As notas genealógicas valem por um segundo Livro!

     


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