por Rau Ferreira
Nasceu
ELPÍDIO Josué de ALMEIDA na cidade de Areia, mas preferiu radicar-se na Cidade
Rainha da Borborema. Formado em Medicina pela UERJ, aportou em Campina em
dezembro de 1925, para integrar o corpo médico do Posto de Profilaxia Rural
"Lafaiete de Freitas".
Com
36 anos foi eleito Conselheiro Municipal e, por suas vezes prefeito desta
Cidade (1947/51 e 1955/59), assumindo ainda uma cadeira na Assembléia Federal
em 1951.
Como adido
cultural, participou da criação da Revista Campinense de Cultura lançada em
comemoração ao centenário de Campina Grande, e escreveu duas obras de grande
importância: “Areia e a abolição da Escravatura: o apostolado de Manoel da
Silva” (Oficinas gráficas do Jornal do Commercio, 1946) e “História de Campina
Grande”, que é o nosso foco.
O livro
– editado pela LIVRARIA PEDROSA e impresso no Recife em 1962 - trás o prospecto
da cidade desde a antiga Aldeia Velha até o período revolucionário de ‘30. Contém
424 páginas, divididas em 32 capítulos, com destaque para a sua origem, vultos
e personalidades.
Em seu
prefácio, enfatiza o autor:
“(...) impunha‐se a elaboração deste trabalho, sem mira a prêmio ou ajuda
oficial, como contribuição espontânea às festividades de 1º centenário da
cidade, a comemora‐se em 11 de outubro de 1964. Como realizá‐las com afeição e ufanias
sem um caderno descritivo do seu passado? Sem um depoimento exato sobre os
homens que a fundaram? Sem uma narrativa dos principais sucessos ocorridos em
seu território, desde o tempo da fundação da aldeia, velha de quase três
séculos? Aparece essa publicação para evitar a falha” (Elpídio de Almeida).
O compêndio
destaca a dificuldade no abastecimento d’água e a seca no primeiro século, os fatos
políticos – como as Câmaras que dirigiram o Município de 1853 a 1866, e as que
sucederam até 1930 – os acontecimentos até a Proclamação da República (1889), o
surgimento do Grupo Escolar “Solon de Lucena” (1924), dentre outros aspectos:
“A água para as necessidades domésticas era difícil, mas com despesa e
trabalho se obtinha. As fontes do Lozeiro, não muito distante, acudiam aos
habitantes nessas emergências” (págs. 119 e 159).
Em Campina,
foram muitas as homenagens ao médico areiense que instalara seu consultório na
Av. Marechal Floriano, citemos: A maternidade municipal, o viaduto na entrada
da cidade e a denominação do instituto histórico campinense.
Elpídio
é patrono das Cadeiras n° 11, da Academia de Letras de Campina Grande; e n° 5
do IHGP.
Referências:
-
SILVEIRA, Regina Paula Silva da. O
papel de Elpídio de Almeida para a construção da história de Campina Grande.
IX Seminário Nacional de Estudos e Pesquisas “História, Sociedade e Educação no
Brasil”. Realizado em 31/07 à 03/08/2012. ISBN 978-85-7745-551-5. Disponível em
<http://www.histedbr.fae.unicamp.br>. Acesso em 08/11/2012.
- ELISIÁRIO, Ailton. Doutor Elpídio. Disponível em <http://paraibaonline.com.br>. Publicado
em 04/09/2012. Acesso em 08/11/2012.
- GUIMARÃES, Luiz Hugo. História do IHGP. Editora Universitária.
João Pessa/PB: 1998.
- PIMENTEL, Cristino. Mais um mergulho na história campinense.
ALCG. Edições Caravela. Campina Grande/PB: 2001.
- ALMEIDA, Elpídio. História
de Campina Grande. 2ª ed. João Pessoa: Editora Universitária/UFPB: 1978.
Nos anos 50/60 era comun as expressôes:
"Êsse pensa que é Dr. Elpidio" e "Êsse acha que é melhor que Dr. Elpidio"
Isso demonstra o gráu de consideração e admiração que tinha o povo por êsse emérito Campinense!
Bastaria a História de Campina Grande para que merecesse nossa gratidão(LEIAM SEU PREFÁCIO).As notas genealógicas valem por um segundo Livro!