POR JOBEDIS MAGNO de Brito Neves
Embora não sabendo da receptividade desta matéria no RHCG, cujo objetivo foi resgatar, não somente para aqueles que integraram as grandes equipes do futebol de salão da cidade, mas também e principalmente, para a juventude de hoje, que muito provavelmente nada sabe acerca dos bons tempos daqueles extraordinários jogadores, retorno, apegado ao saudosismo, agora para contar um pouco de minha juventude, vivida ao lado das coisas, acontecimentos e amigos daqueles bons momentos vividos aqui nesta querida Campina Grande, cuja história e passado são ricas como poucas cidades em nossa região e, por isso, precisam ser resgatadas para a atualidade por todos aqueles que, como eu, ainda podem contar um pouquinho daquilo que foi na “Rainha da Borborema” aqueles fabulosos idos tempos do nosso futebol de salão. A partir daí as equipe foram aos poucos perdendo forças em razão dos seus fundadores e principais jogadores terem saído para sua formação profissional. Até hoje o futebol de salão de Campina Grande é lembrado pela qualidade dos seus jogadores que marcaram época. Foi uma história realmente muito importante para todos nós que fizemos parte dela.
Histórico do Futebol de Salão na Cidade
O material abaixo foi enviado por João Mario (grande jogador) complementado com comentários nossos. Segundo João Mario Renato Ribeiro, ex-atleta de futsal do Campinense, o futebol de salão começou a ser jogados em 1955 por intermédio de Adauto Brasileiro (a versão mais aceita para o começo do Futebol de Salão em Campina Grande é a de que ele começou a ser praticado no final da década de 50 por jovens freqüentadores de clubes sociais da cidade. A rapaziada enfrentava dificuldades para encontrar campos de futebol perto de suas casas para seus divertimentos em suas horas de lazer e improvisavam "peladas" nas quadras de basquete e vôlei dos Clubes).
Embora não sabendo da receptividade desta matéria no RHCG, cujo objetivo foi resgatar, não somente para aqueles que integraram as grandes equipes do futebol de salão da cidade, mas também e principalmente, para a juventude de hoje, que muito provavelmente nada sabe acerca dos bons tempos daqueles extraordinários jogadores, retorno, apegado ao saudosismo, agora para contar um pouco de minha juventude, vivida ao lado das coisas, acontecimentos e amigos daqueles bons momentos vividos aqui nesta querida Campina Grande, cuja história e passado são ricas como poucas cidades em nossa região e, por isso, precisam ser resgatadas para a atualidade por todos aqueles que, como eu, ainda podem contar um pouquinho daquilo que foi na “Rainha da Borborema” aqueles fabulosos idos tempos do nosso futebol de salão. A partir daí as equipe foram aos poucos perdendo forças em razão dos seus fundadores e principais jogadores terem saído para sua formação profissional. Até hoje o futebol de salão de Campina Grande é lembrado pela qualidade dos seus jogadores que marcaram época. Foi uma história realmente muito importante para todos nós que fizemos parte dela.
Histórico do Futebol de Salão na Cidade
O material abaixo foi enviado por João Mario (grande jogador) complementado com comentários nossos. Segundo João Mario Renato Ribeiro, ex-atleta de futsal do Campinense, o futebol de salão começou a ser jogados em 1955 por intermédio de Adauto Brasileiro (a versão mais aceita para o começo do Futebol de Salão em Campina Grande é a de que ele começou a ser praticado no final da década de 50 por jovens freqüentadores de clubes sociais da cidade. A rapaziada enfrentava dificuldades para encontrar campos de futebol perto de suas casas para seus divertimentos em suas horas de lazer e improvisavam "peladas" nas quadras de basquete e vôlei dos Clubes).
Por não se ter campos de peladas disponíveis, os pioneiros de Campina adaptaram quadras de outros esportes para o futsal
(Foto Ilustrativa)
(Foto Ilustrativa)
Sua prática acontecia nas quadras de cimento do Campinense e do Gresse, pois ainda não havia ginásio coberto. Após as partidas de vôlei, o grupo de praticantes começou a jogar futebol, com a mesma bola de vôlei, apenas para encerrar o dia. Não havia regras, era só um racha entre amigos e as marcações na quadra eram feitas com os tênis dos próprios praticantes ou com pedras.
No início, as "equipes" variavam em número, tendo cinco, seis e até sete jogadores, sendo pouco a pouco fixado o limite de cinco. As bolas foram sofrendo sucessivas modificações, inclusive com o uso de cortiça granulada dentro delas. Como as bolas de ar utilizadas saltavam muito e saíam freqüentemente da quadra, posteriormente tiveram seu tamanho diminuído e o peso aumentado. Daí o fato de o Futebol de Salão, hoje um dos esportes mais praticados no país, ser chamado de "esporte da bola pesada".
Após a implantação do esporte, os praticantes passaram a gostar do novo divertimento e a jogar nos finais de semana. Alguns membros dos times buscaram implantar as regras do futebol de salão que já existiam e passaram a realizar a partir de 1960 alguns jogos amistosos. Com o passar do tempo, o esporte foi se popularizando e vários times foram criados, estavam divididos por bairros, clubes de pelada, funcionários de banco, funcionários públicos, do comercio, da indústria entre outros. Muitos jovens se interessaram pela bola pesada e houve a fundação de alguns times tais como: Estudantes, Campinense e o Batalhão do Exército. Campina Grande logo criou sua Liga, organizou um campeonato popular e o salonismo não parou mais de crescer.
Segundo João Mario o time do Estudantes foi fundado em Abril de 1957, junto com o Futebol. Os atletas daquele tempo: Humberto de Campos - Goleiro, João Mario - Ala direita, Sebastião - Atacante Pivô, Nanza – Atacante e Marquinho – Atacante.
CAMPINENSE da época era formado por: Neiva – Goleiro, Eudes do Ó – Ala, Gil Suassuna – Central e Miro Chapeado e Renato Ribeiro- Atacante
BATALHÃO DO EXERCITO era formado por: Mozart, Abel, China, Cirne e Aluizio Pretinho.
Isso entre o final década de 50 e o inicio dos anos 60.
Na década de 60 surgiram vários times, que disputaram o Campeonato promovido pela Liga Campinense de Futsal, entre eles:
CAÇADORES, onde brilhava o atacante Aluizio do Banco Nacional do Norte (não confundir com Aluizio Pretinho), Cinebaldo Mota, Walter Ferro Véi, Luciano Lima (irmão de João Mario, que depois consagrou-se como um dos melhores juízes de futsal da cidade, e talvez da Paraíba) e Zito.
O BARCELONA onde despontaram, Renan, que depois foi goleiro do Estudante, Bolinha ( que jogou depois no Bologna e no Treze é hoje o médico Dr. Granville), Zé Maria, entre outros.
O Colégio Alfredo Dantas, que tinha no seu elenco, Cil (que depois jogou no Campinense e Estudantes), Ivanildo, Elias Trojão, Silvestre.
Logotipo do Colégio Alfredo Dantas
O bom time do GM, com Tom, Edson, Benivaldo, Paulinho, Charles.
O Batalhão do Exercito, que tinha em seu elenco um dos maiores goleiros de futsal da PB, o elástico Mozart, e que fez escola na técnica de reposição de bola, deixando os atacantes cara a cara com o goleiro adversário e Aluizio Pretinho, outro grande jogador da época, Abel, China e Cirne.
O ESTUDANTES, nesse período em que foram tricampeões, contou com os seguintes atletas:
Goleiros : Humberto de Campos – Garrincha -Tom – Renan – Saulo Leal
Defesa : João Mario – Erção - Baianinho – Hugo Bala – Orlando Guedes – Marcus Vinicius
Atacantes : Sebastião - Pibo – Nanza – Marquinhos – Roberto Jarjor (Meio Quilo) – Silvio ( que jogava no Cabo Branco e que jogou algumas partidas) e Aluizio do BNN.
Obs: Logo após a saída de Humberto de Campos, Garrincha assumiu a posição de goleiro e praticamente foi titular durante quase todo o período 62/64. O Estudantes foi tricampeão 62/63/64 em memoráveis decisões com o Campinense.
Fundação do AABB - Nesta época o gerente do banco do Brasil construiu a sede social dos funcionários no bairro do São José a AABB, criando um departamento para gerenciar o Ginásio de Esportes recém inaugurado e fomentar assim, atividades esportivas, incentivando o futebol de salão. Foi criada a Liga Campinense de futebol de Salão e ocorreu a primeira participação da cidade em um Campeonato Municipal. A população começou a prestigiar os jogos, e na época a quadra estava sempre lotada. No Ginásio da AABB onde ocorria os jogos, muitas vezes coincidia com a da realização de festa no clube. Estes bailes eram muito tradicionais na época e muitos dos jogadores eram pares das disputadas moças para dançarem e “pinarem” as musicas da época da “jovem Guarda”. A partir de 1964 foram fundados outros clubes e times como: CAD, Belenense, Ceará, Esporte, Mocar, Caçadores, AABB, Treze, GM, Santos, Bologna, Mackenzie, Gresse entre outros, que participaram do campeonato da cidade patrocinado pela liga campinense de futebol de salão. Os colégios também começaram a participar, sendo que o esporte foi difundido entre as escolas, formando-se competições escolares, fortalecendo ainda mais o futebol de salão em Campina Grande.
Grandes jogadores do Passado (inicio da Década de 60)
Seguindo a ordem natural das coisas, no gol tinha o Garrincha pelo time do Estudante e Mozart pelo Campinense, Tom pelo GM e Humberto de Campos (grande cronista esportivo) pelo Treze, Esses foram os grandes expoentes da posição da época. Na defesa a minha lembrança escala os zagueiros, Orlando, Ersão, Cil, Hérmani, Bolinha, João Mario e na época o garoto Hugo Bala. Na ala direita tinha outro grande jogador o Simplicio Clemente, dono da bomba atômica, que amedrontava os goleiros, no campo e no salão. No ataque tinha o Sebastião Vieira (No meu tempo de moleque, havia uns atletas referenciais mais velhos. Sebastião Vieira, o "Bastião", era o mais completo. Jogava futebol de salão como ninguém, foi um notável meio campo no time amador do Estudantes de futebol, era um jogador extraordinariamente técnico, que em vez de chutar só encaixava a bola nos vazios do campo adversário), Pibo (este gostava de fazer gol de Bicicleta, meio caído), o Alexandre Miranda, Betinho Mota, Toinho Buraco, Tonheca, Leucio e Aloisio. Tinha também o ligeirinho Aloísio Pretinho, o Silvestre Almeida, pensante e combativo; o Mourão artilheiro, simples e objetivo na direção do gol. O Natal, não era um craque mas jogava sério e era um grande marcador.
Celeiros de grandes jogadores - Campina Grande foi um celeiro de bons jogadores e craques de renome. Poucos, porém, acabaram fazendo opção por jogar em clubes de futebol profissionais como o Treze, Campinense e os extintos Paulistano e Desportiva Borborema (Gavião). Nas décadas de 60 e 70, o futebol financeiramente falando, não era tão compensador como tem sido nas últimas décadas, transformando jogadores de talento futebolístico até inferior a muitos daqueles anos, em milionários. Em Campina Grande, jogavam verdadeiros craques, jogadores de talento incomum que, se jogassem atualmente, estariam brilhando entre as principais "estrelas" do futebol de salão nacional e satisfazendo a alegria de milhares ou milhões de fanáticos mundo afora.
No final da década de 60 - Era um futebol de salão com jogadores que enchiam os olhos de quem assistia os grandes embates futebolísticos, num show de bola incomparável, a firmeza dos goleiros Garrincha, Mozart, Zacarias, Humberto de Campos e Tom, a elegância do Sebastião Vieira ao conduzir a bola, o Toinho Buraco, altivo e soberbo no trato com ela, o Hermani com seus avanços e dribles objetivos, o Lêucio com suas fintas estonteantes, O Alexandre Miranda e Pibo goleadores natos, os polêmicos zagueiros Cil e João Mario que jogavam dando “popas” com todo mundo, mas que eram grandes zagueiros.
Nos Colégios foram aparecendo grandes times e grandes jogadores na década de 70
Falando em grandes times de futebol de salão, quem esquece os times Estadual da Prata e do 11 de Outubro (em 1967 teve à primeira Olimpíadas da cidade com a participação de todos os colégios incluindo ai o futebol de salão). A modalidade já consolidada na cidade começou a ser difundida na região. Foi então uma loucura em nosso município… Nascia uma competição onde não se tinha favoritos, todos iriam disputar várias etapas de modalidades de esportes distintos, como: natação, atletismo, futebol, futebol de salão, basquetebol, handebol. Enfim, cada colégio preparava seu contingente para as competições escolares. Fazia gosto ver as pessoas lotando as dependências onde as atividades eram realizadas, pois na época acontecia uma parte das competições no AABB onde a maioria dos jogos de futebol de salão aconteciam, já que era mais amplo e apresentava as condições ideais. Como esquecer alguns clássicos memoráveis? Quem não se lembra da rivalidade entre o Colégio Estadual da Prata e 11 de Outubro? Meus amigos, algumas pessoas que como eu, participou dos jogos envolvendo esses dois colégios, comentamos ainda hoje que não ficava espaço para ninguém, todo centímetro de chão era disputado apenas para assistir aos jogos! Imagine o prazer que dava em proporcionar o espetáculo para tão grande público.
O futebol de salão de Campina Grande era uma coisa linda e prazerosa, imagine o ginasio da AABB lotado de alunos torcendo por seu time ou seu colegio ou sua escola… Ainda participei de um jogo memorável, representando o Colégio Estadual da Prata, enfrentado o forte time de futebol de salão do 11 de Outubro, em uma partida emocionante, e que não podia terminar com um vencedor, no tempo normal, terminamos empatados em 1 x 1. O jogo foi terminar nos pênaltis, infelizmente não ganhamos, mas a emoção foi indescritível, pois a cada lado do campo se ouviam gritos, dos menores aos mais desenvolvidos, sem explicação… Imagine tudo isso no começo…
Foi uma época incrível, cheia de grandes times e grandes craques. Se você perguntar para os antigos torcedores qual foi o melhor time da história do futebol de salão de Campina Grande eles dirão que foram várias equipes... Isso sem falar nos grandes jogadores. Para quem viu o futebol de salão disputado com espírito eminente amador, sem equipamento de alta tecnologia na preparação dos atletas, com tênis inapropriados, com bola extremamente pesada, e vê os dias atuais do futsal, dispondo de arenas, tecnologia de ponta, atletas e comissão técnica dedicados exclusiva e profissionalmente a essa atividade, será gratificante ver uma obra que traz para os dias atuais, a história de gerações que possibilitaram ao salonismo Campinense atingirem o desenvolvimento hoje existente.
Seguindo a ordem natural das coisas, no gol tinha o Garrincha pelo time do Estudante e Mozart pelo Campinense, Tom pelo GM e Humberto de Campos (grande cronista esportivo) pelo Treze, Esses foram os grandes expoentes da posição da época. Na defesa a minha lembrança escala os zagueiros, Orlando, Ersão, Cil, Hérmani, Bolinha, João Mario e na época o garoto Hugo Bala. Na ala direita tinha outro grande jogador o Simplicio Clemente, dono da bomba atômica, que amedrontava os goleiros, no campo e no salão. No ataque tinha o Sebastião Vieira (No meu tempo de moleque, havia uns atletas referenciais mais velhos. Sebastião Vieira, o "Bastião", era o mais completo. Jogava futebol de salão como ninguém, foi um notável meio campo no time amador do Estudantes de futebol, era um jogador extraordinariamente técnico, que em vez de chutar só encaixava a bola nos vazios do campo adversário), Pibo (este gostava de fazer gol de Bicicleta, meio caído), o Alexandre Miranda, Betinho Mota, Toinho Buraco, Tonheca, Leucio e Aloisio. Tinha também o ligeirinho Aloísio Pretinho, o Silvestre Almeida, pensante e combativo; o Mourão artilheiro, simples e objetivo na direção do gol. O Natal, não era um craque mas jogava sério e era um grande marcador.
Celeiros de grandes jogadores - Campina Grande foi um celeiro de bons jogadores e craques de renome. Poucos, porém, acabaram fazendo opção por jogar em clubes de futebol profissionais como o Treze, Campinense e os extintos Paulistano e Desportiva Borborema (Gavião). Nas décadas de 60 e 70, o futebol financeiramente falando, não era tão compensador como tem sido nas últimas décadas, transformando jogadores de talento futebolístico até inferior a muitos daqueles anos, em milionários. Em Campina Grande, jogavam verdadeiros craques, jogadores de talento incomum que, se jogassem atualmente, estariam brilhando entre as principais "estrelas" do futebol de salão nacional e satisfazendo a alegria de milhares ou milhões de fanáticos mundo afora.
No final da década de 60 - Era um futebol de salão com jogadores que enchiam os olhos de quem assistia os grandes embates futebolísticos, num show de bola incomparável, a firmeza dos goleiros Garrincha, Mozart, Zacarias, Humberto de Campos e Tom, a elegância do Sebastião Vieira ao conduzir a bola, o Toinho Buraco, altivo e soberbo no trato com ela, o Hermani com seus avanços e dribles objetivos, o Lêucio com suas fintas estonteantes, O Alexandre Miranda e Pibo goleadores natos, os polêmicos zagueiros Cil e João Mario que jogavam dando “popas” com todo mundo, mas que eram grandes zagueiros.
Nos Colégios foram aparecendo grandes times e grandes jogadores na década de 70
Falando em grandes times de futebol de salão, quem esquece os times Estadual da Prata e do 11 de Outubro (em 1967 teve à primeira Olimpíadas da cidade com a participação de todos os colégios incluindo ai o futebol de salão). A modalidade já consolidada na cidade começou a ser difundida na região. Foi então uma loucura em nosso município… Nascia uma competição onde não se tinha favoritos, todos iriam disputar várias etapas de modalidades de esportes distintos, como: natação, atletismo, futebol, futebol de salão, basquetebol, handebol. Enfim, cada colégio preparava seu contingente para as competições escolares. Fazia gosto ver as pessoas lotando as dependências onde as atividades eram realizadas, pois na época acontecia uma parte das competições no AABB onde a maioria dos jogos de futebol de salão aconteciam, já que era mais amplo e apresentava as condições ideais. Como esquecer alguns clássicos memoráveis? Quem não se lembra da rivalidade entre o Colégio Estadual da Prata e 11 de Outubro? Meus amigos, algumas pessoas que como eu, participou dos jogos envolvendo esses dois colégios, comentamos ainda hoje que não ficava espaço para ninguém, todo centímetro de chão era disputado apenas para assistir aos jogos! Imagine o prazer que dava em proporcionar o espetáculo para tão grande público.
O futebol de salão de Campina Grande era uma coisa linda e prazerosa, imagine o ginasio da AABB lotado de alunos torcendo por seu time ou seu colegio ou sua escola… Ainda participei de um jogo memorável, representando o Colégio Estadual da Prata, enfrentado o forte time de futebol de salão do 11 de Outubro, em uma partida emocionante, e que não podia terminar com um vencedor, no tempo normal, terminamos empatados em 1 x 1. O jogo foi terminar nos pênaltis, infelizmente não ganhamos, mas a emoção foi indescritível, pois a cada lado do campo se ouviam gritos, dos menores aos mais desenvolvidos, sem explicação… Imagine tudo isso no começo…
Foi uma época incrível, cheia de grandes times e grandes craques. Se você perguntar para os antigos torcedores qual foi o melhor time da história do futebol de salão de Campina Grande eles dirão que foram várias equipes... Isso sem falar nos grandes jogadores. Para quem viu o futebol de salão disputado com espírito eminente amador, sem equipamento de alta tecnologia na preparação dos atletas, com tênis inapropriados, com bola extremamente pesada, e vê os dias atuais do futsal, dispondo de arenas, tecnologia de ponta, atletas e comissão técnica dedicados exclusiva e profissionalmente a essa atividade, será gratificante ver uma obra que traz para os dias atuais, a história de gerações que possibilitaram ao salonismo Campinense atingirem o desenvolvimento hoje existente.
Grandes craques da Geração 70
Craques como os ágeis goleiros Zacarias, o Mago Luciano, e Chó, o Nego Gilson que driblava e ria das fintas dadas no adversário, passando a bola sobre as pernas do seu marcador muitas vezes provocando-lhes a ira; o inigualável Gioto, que chutava a bola de bico, em meia altura, e ela saía retinho, sem subir e que nos enchia os olhos com seu maravilhoso futebol. O amigo aqui (Jobão) que dizem que era um bom zagueiro e se destacou pela raça e vigor físico, aliás uma das características dos grandes centrais. A categoria de um Valdir Ventinha outro amigo e companheiro que fazia a diferença. Tive a felicidade de jogar ao seu lado por diversas vezes, inclusive fomos campeões juntos jogando pelo Estadual da Prata nas Olimpíadas e pelo Campinense Clube. O Tonho Lídio um central como poucos. Embora de pequena estatura, na quadra se transformava e virava um gigante. O Tadeu Bundinha, brioso e de uma técnica apurada. Embora pequeno e não mandava recado e “encarava” todos. Rápido e abusado como todo baixinho apesar de gordinho. O Paulinho da Caranguejo apesar dos problemas nos joelhos também era um excelente jogador de futebol de salão. O Simonal, Bráulio Maia e Carlinhos (Nego Locha) outros grandes zagueiros que entravam duro mais eram leais e jogavam muita bola. A grande dupla Antonio Carlos Sobral e Marcilio Soares (um dos melhores atacantes de nossa cidade), Paulo Cesar (PC) e seu irmão Mario jogando na quadra, eram uns craques. O Gil Silva, que foi talentoso. O Wagner nosso Guinê, com seu peteleco mortal; o Aldanir, imprevisível e de chute muito forte; o rápido Carlinhos Macaco; Os Paulinhos (Virgulino e Figueiredo), elegância e precisão, um leve toque por baixo da bola, que caiu dentro do gol entre outros. Bem depois, vieram alguns bons jogadores, como Ivanildo e o grande jogador Larry (grandes craques no salão).
Foi uma época incrível, cheia de grandes craques. Mas tinha também jogadores que não tinha grandes habilidades técnicas. Jogavam o feijão com arroz muito bem temperado. Jogavam para o time. Tinham uma disposição e garra fora do padrão normal. Atuavam em várias “posições”, algumas vezes até no gol.
No geral eram sempre reconhecidos como uns jogadores lutadores, não desistiam nunca, voluntariosos, em algumas vezes arrepiavam até demais, como era praxe. Têm alguns que já não está mais entre nós, partiu para uma melhor, mas com toda certeza deixou para quem os conheceram lições importantes. Estes jogadores deixaram o futebol de salão melhor, pena que as gerações seguintes conseguiram fazer do nosso futebol de salão essa coisa que aí está. Fazer o quê? Estes citados jogadores têm seu lugar, com muito espaço, na história do futebol de salão de Campina Grande. Hoje, apenas saudades, graças a Deus, são saudades boas. Alguns destes jogadores deixaram suas marcas na comunidade esportiva campinense. Serão lembrando sempre, por merecimento, justiça e acima de tudo o amor que nutriam pelo esporte de uma forma geral.
Para quem não sabe, o futebol de salão de Campina Grande era produtor de grandes craques de futebol. Jogadores como Simplicio, Pibo, Sandoval, Gil Silva, Som, Dão, Agra, entre outros atletas de primeira linha do futebol paraibano como também na selação paraibana de futebol de salão que disputavam os jogos Universitários como: Janio, Toinho Buraco, Betinho, Patricinho Leal, Alexandre Miranda, João Mario e Milton (a seleção Paraibana foi campeão do Norte Nordeste com atletas de futebol de salão Campina Grande conforme foto abaixo. Depois foram convocados os atletas Jobedis, Nego Gilson, Giotto.
foto da seleção PB campeão do Norte Nordeste.
Atletas de Campina : Patricinho - Janio (Goleiro) - João Mario - Toinho - Alexandre- Betinho, A seleção titular Jânio (Camisa com a sigla FPDA) Toinho- Betinho - Alexandre e Milton (O ultimo agachado depois de Betinho)
Atletas de Campina : Patricinho - Janio (Goleiro) - João Mario - Toinho - Alexandre- Betinho, A seleção titular Jânio (Camisa com a sigla FPDA) Toinho- Betinho - Alexandre e Milton (O ultimo agachado depois de Betinho)
GRANDES DIRIGENTES E GRANDES JUÍZES DE FUTEBOL DE SALÃO
No túnel do tempo, ao falar desta modalidade, todos sempre se lembrarão de clubes e os comandantes: O Estudante era comandada pôr Noba, que durante a década de 60 comandava e dava ordem ao time. Um outro baluarte como dirigente esportivo foi Lindemberg Alves – popular Pai Velho: Tinha também o Miro Chapeado, Benivaldo Araújo, o cronista esportivo Alberto de Queiroz, seu Enedino, seu Nezin, o popular jogador/dirigente Natal, o professor Chagas entre outros, faziam tudo para que cada partida fosse um verdadeiro espetáculo.
Além de todos aqueles que passaram pelo futebol de salão como jogadores, como dirigentes e juízes, também tinha vários jornalistas, entre os quais Humberto de Campos, Alberto de Queiroz, Joselito Lucena, Francisco de Assis, Edmilson Antonio entre outros, profissionais da comunicação que muito contribuíram para o crescimento e desenvolvimento do esporte da bola pesada na cidade.
- Estes profissionais de comunicação foram importantíssimos para o futebol de salão. Graças a eles o nosso esporte cresceu, se fortificou e tornou-se um dos mais importantes do nosso Estado. Assim, nada mais justo que o reconhecimento da nossa parte ao relatar aos campinense tudo o que eles fizeram pelo nosso esporte da bola pesada. Grandes juizes, Luciano Costa, João da Penha, Luizinho, Chagas entre outros. Assim foram tantos outros dirigentes, que seria impossível citar todos os nomes. Lembrar de todos e não cometer o equívoco e de esquecer de inúmeros outros em qualquer situação, já que trata-se de mais de 50 anos de história.
Time dos Sonhos
É muito complicado escolher um time dos sonhos. Foram tantos craques que fica difícil apontar apenas cinco. Vou falar alguns nomes de ex-jogadores que vi jogar e joguei a favor ou contra eles e que me impressionaram muito.
Goleiros: Garrincha, Tom, Mozart, Humberto de Campos, Zacarias, Expedito, Mario José, Alberto, Carlindo, Cizinho, Renan, Chó, Janduy, Lucélio, Ademildo, Beron, Belo Madalena, Luciano Sodré, Ricardo entre outros.
Zagueiros e Alas: Cil, João Mario, Natal, Elias Trojão, Ersão, Ruberval, Simplício, Orlando, Hérmani, Hugo Bala, Jobedis (modéstia a parte), Aldanir, Carlinhos, Silvestre Almeida (Preta), Bolinha, Pedrinho Brito, Ademir, Valdir Ventinha, Giotto, Carlinhos, Sandoval, Wagner Guine, Tonho Lídio, Son, Bráulio, Buel, Ademir entre outros.
Atacantes - Sebastião, Alexandre Miranda, Betinho Motta, Pibo, Aloisio, Benivaldo Araújo, Lêucio, Toinho Buraco, Tonheca, Nanza, Mourão, Marcílio Soares, Wilson Cabelinho, Gil Silva, Marcelo Aguiar (Marcelão), Chagas, Paulinho Virgulino, Paulo Figueredo, Liafuk, Antonio Carlos Sobral, Chico Cateta, Deto, Nego Gilson, Dão, Tadeu Bundinha, Kabel, Larry, Macaco, Pindoba, Paulinho da Caranguejo, Genésio Soares, Geraldo Leal, os irmãos: Roberto Hugo, Paulo César e Mario Almeida, Enedino e tantos outros nomes ilustres que agora não me vêm à memória e iria longe lembrando de outros grandes jogadores que passaram com sucesso pelo futebol de salão, mas nesta viagem do tempo as vezes a memória falha e citei apenas alguns.
Continua...
Amigos como colaborador dentro do contexto do esporte amador de CG junto com Jóbedis, pois sempre estamos em sintonia, da minha parte enviando fotos e textos aproveito para informar que Jóbedis não pode ficar de fora da relação de grandes jogadores de futsal.Sabendo da sua humildade, não podia deixar fazer esse registro.
Quem duvidar pergunte a que o viu jogar !
Caro Jóbedis
Só agora encontrei este excelente Blog sobre Campina Grande. Meus parabéns pela matéria da história do Futebol de Salão, resgatando todos estes personagens daquela época maravilhosa que nós vivemos.
A primeira foto é da final entre Paraíba e Ceará, em 1967, dos Jogos Universitários do Norte e Nordeste. A seleção do Ceará tinha por base o time do Sumov que tinha sido campeão brasileiro no mês anterior. Da para ver na foto que o ginásio do Clube Cabo Branco estava superlotado. Os atletas de Campina eram Patricinho (6), João Mário (4) e Betinho (8), todos da Faculdade de Ciencias Econômicas (FACE)e Jano (sem i mesmo, de camisa branca), Alberto (12, eu), Toinho (9)e Alexandre (entre o 8 e o 5) da Escola Politecnica (Poli). De João Pessoa lembro os nomes de Milton(7) e Aldemir (goleiro).
Um grande abraço
Alberto Cavalcanti