Fruteira de Cristino Pimentel (ao centro) |
Encontrada a foto acima, nas postagens de Antonio Ailson Costa, digníssimo cidadão esperancense, porém radicado em Campina Grande, com serviços prestados no comércio onde operou o antigo Supermercado Feijão Verde, vem à calhar concomitar o texto abaixo, de autoria do ex-deputado federal Evaldo Gonçalves, que faz um resgate memorial da antiga 'Fruteira de Cristino', estabelecimento outrora existente no Pavilhão Epitácio, vizinho à Livraria Pedrosa.
Será um deleite para nossos leitores nomear cada um dos ilustres figurantes desta foto, onde começamos por Seu Pedrosa, terceiro da direita para a esquerda.
Segue abaixo, o texto publicado no site Vitrine do Cariri, em 06/06/2011, escrito por Evaldo Gonçalves.
Sábados Mágicos de Hildeberto
Deliciei-me lendo neste final de semana a crônica de Hildeberto Barbosa sobre os seus sábados no Mercado da Madalena, em Recife, quando se tornavam mágicos ao se encontrar com Jomar Muniz, Bráulio Tavares, e ainda na Barraca de Aluízio com Alice, Antônio e Janilto, e, por via deles, com Drumond, Augusto, Bandeira e Ledo Ivo. Para o consagrado crítico, todo sábado é mágico, sobretudo, “quando estamos no Mercado da Madalena, em Recife, e é São João”.
Sua leitura me fez lembrar os meus sábados na antiga Fruteira de Cristino Pimentel, depois transformada em Bar, nos fundos da Livraria Pedrosa, do grande poeta José Pedrosa, no Beco 31, em Campina Grande. Ali, religiosamente, nos encontrávamos aos sábados, eu, Hélio Soares, Orlando Almeida, Waldecir Villarim, Chico Maria, Geraldo Dias, e, quando o trabalho permitia,José Carlos da Silva Junior. Ali, as conversas giravam em torno da política, da economia e do cotidiano campinenses.
Não eram tais sábados mágicos com os de Hildeberto, com certeza. Todavia, para mim serviam de tônico para as minhas reservas emocionais, exauridas com as caminhadas que fazia, a título de assinatura do “ponto”, na rua Maciel Pinheiro, Cardoso Vieira e parada obrigatória no Calçadão do café São Braz, antes de chegar na rua Monsenhor Sales, onde ficava o Bar do Beco 31, de cervejas bem geladas e atraentes aperitivos.
Dali, reconfortado com as conversas e piadas, viajava ou para o cariri ou o curimataú, onde permanecia na noite do sábado e durante todo o domingo em contato com as tais bases eleitorais, que, por conta da minha presença e do meu trabalho, foram responsáveis por seis mandatos consecutivos nos parlamentos estadual e federal, durante os 24 anos em que integrei o Poder Legislativo da Paraíba e do País.
Eram, sim, menos lúdicos. Porém, igualmente sábados mágicos, pois nos retemperavam a todos os que deles participavam, e nos mantinham com esperança de dias melhores e saldos maiores em termos das nossas aspirações cidadãs. Ademais, se constituíam tais encontros em momentos de atualização de problemas, reivindicações, assuntos de natureza política e social, com os quais permanecíamos comprometidos, todos, independentemente de nossas tarefas rotineiras e posições políticas.
A Fruteira de Cristino Pimentel, o grande cronista campinense, fechou com o seu falecimento. O Bar, que nos acolhia com os nossos sonhos e ilusões, fechou para dar lugar a uma casa menos cultural e mais pragmática. Resta-nos, sobreviventes desses momentos mágicos dar estes testemunhos, agradecendo pelos tonificantes eflúvios por eles propiciados, como forma de gratidão por terem existido. Fica explicada a magia de que fala o Mestre Hildeberto Barbosa. Repitamos: todo sábado é mágico, mesmo que não sejam iguais aos do Mercado da Madalena.
Lembro-me de Cristino Pimentel. Era amigo da minha familha e, quando era menino, fui muitas vezes a vêlo, no seu lugar de trabalho, com recados do meu pai...
Me lembro muito bem desta foto lá em casa. Vou saber quem aparece nela. Sei que Cristino está logo atrás do de paletó.
Isso é história.
Na foto do meio, é exibido na bandeja um verdadeiro "Peba na pimenta", iguaria que teria inspirado João do Vale (lá no Maranhão) para compor a música que lançou e consagrou nossa Marinês.
Na terceira foto, papai é o terceiro da direita para esquerda(em pé). E já naqueles tempos,ele usava roupa toda clara e de linho com bolsos grande nas camisas.
Cristino nessa mesma foto é o sexto da esquerda para direita.(o único que usa óculos).
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Na primeira foto, o segundo saxofonista da esquerda para a direita é meu avô, Célio Cabral de Melo