por Rau Ferreira (*)
A segunda administração Bento Figueiredo (1938-1940) foi bastante profícua. Encontrara o município de Campina Grande com uma dívida de 907:355$100, assumiu o compromisso de “liquidar todo o passivo da prefeitura e depois iniciar obras mais recentes”.
Em pouco tempo saldava o débito para com o Estado, quitando os serviços de luz e telefônes fornecidos pela Empresa de Luz S/A e Ericson do Brasil, realizando os seguintes melhoramentos: criação de uma biblioteca municipal, inaugurada em 09 de março de 1938; construção de um campo de demonstração agrícola, em Bodocongó; implantação do Mercado e Matadouro Público; reforma e ampliação do Cemitério N. S. do Carmo, no Monte Santo.
Em sua administração ainda promoveu serviços de meio-fio e linha d’água, alinhamento de ruas com respectivas desapropriações dos imóveis lindeiros; projetando as seguintes obras: instalação de uma fonte luminosa, na Praça Clementino Procópio; e construção de um relógio carrilhão para a sede do governo municipal.
Em outubro de ‘38, o prefeito comparecia a uma solenidade realizada pela Academia “Dom Adauto”, na união dos moços católicos. Estiveram presentes o padre Severiano Mariano, Hortênsio Ribeiro (presidente do centro campinense de cultura), José (Zé) da Luz, professor Severino Loureiro (diretor do Grupo Escolar “Solon de Lucena”) e outras pessoas de destaque social.
Bento Figueiredo era irmão de Argemiro, filho de Salvino Gonçalves Figueiredo e Luíza Viana Figueiredo. Assumiu a administração pública de Campina em duas oportunidades, de setembro à dezembro de 1935; e janeiro/1938 à agosto/1940.
Ao término dessa segunda gestão, o perrepista passou o exercício do cargo ao secretário professor Manoel de Almeida Barreto, em 29 de julho de 1 940.
Nessa cidade há uma rua em sua homenagem, no bairro universitário. Deixou como legado o livro “Necessidades de Campina Grande”, editado pela Imprensa Oficial em 1939.
(*) Cidadão esperancense, bacharel em Direito pela UEPB e autor dos livros SILVINO OLAVO (2010) e JOÃO BENEDITO: O CANTADOR DE ESPERANÇA (2011). Prefaciador do livro ELISIO SOBREIRA (2010), colabora com diversos sites de notícias e história. Pesquisador dedicado descobriu diversos papéis e documentos que remontam à formação do município de Esperança, desde a concessão das Sesmarias até a fundação da Fazenda Banabuyê Cariá, que foi a sua origem.
Referências:
- DIÁRIO DE PERNAMBUCO. Recife, 25 de outubro de 1938.
- MARTINS, Eduardo. A União: jornal e história da Paraíba, sua evolução gráfica e editorial. 2ª Edição. Editora A União. João Pessoa/PB: 1977.
- http://pt.wikipedia.org/wiki/Bento_Figueiredo, acesso em 16/05/2015.
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