Por Jóbedis Magno de Brito Neves
Façamos uma viagem ao passado, parando no ano de 1929, quando Campina Grande despontava como importante centro exportador de algodão e produtor de vários sub-produto deste valioso produto, cujos caminhões e burros tantas vezes ornamentaram as ruas desta cidade, número notável aqui chegavam, no vai e vem para os inúmeros depósitos que aqui existiam. Como não poderia deixar de ser, um momento de tanta euforia e riqueza Até então, Campina Grande contava com o Treze como destaque e outras equipes amadoras, como o Ipiranga, Humaitá entre outras.
Façamos uma viagem ao passado, parando no ano de 1929, quando Campina Grande despontava como importante centro exportador de algodão e produtor de vários sub-produto deste valioso produto, cujos caminhões e burros tantas vezes ornamentaram as ruas desta cidade, número notável aqui chegavam, no vai e vem para os inúmeros depósitos que aqui existiam. Como não poderia deixar de ser, um momento de tanta euforia e riqueza Até então, Campina Grande contava com o Treze como destaque e outras equipes amadoras, como o Ipiranga, Humaitá entre outras.
O Paulistano Esporte Clube foi fundado no dia 25 de novembro de 1929. Tudo começou quando jovens que moravam perto da linha de trem se reuniam para disputar partidas de futebol contra os times de outros bairros. Como a cada dia ia ganhando forma de clube de futebol, seus fundadores decidiram registrar a equipe, para poder disputar o campeonato que existia no município.
O nome
O nome da nova agremiação teve origem a uma homenagem a um clube paulista na década de 20, que excursionou pela Europa e conseguiu bons resultados, era o time do lendário Friedenreich (O Paulistano era o "bicho-papão" do início do século. Jogar contra o time de Friedenreich era um orgulho, e o time ia freqüentemente ao interior atendendo a convites. Também foi a primeira equipe a fazer uma excursão à Europa, em 1925).
A sua sede inicial era nas proximidades do antigo Cine Babilônia, na década de 40. Depois foi transferida para o bairro de São José, localizada à Rua Major Belmiro.
Seu Uniforme e emblema
O Paulistano teve o seu uniforme oficial, que era camisa e calção todo branco, tendo ao lado esquerdo o distintivo que era uma letra PEC. Esse uniforme foi usado durante toda sua vida.
Seu Uniforme e emblema
O Paulistano teve o seu uniforme oficial, que era camisa e calção todo branco, tendo ao lado esquerdo o distintivo que era uma letra PEC. Esse uniforme foi usado durante toda sua vida.
O primeiro campo de futebol do Paulistano
Foi o campo das Beatas e ficava as margens da linha do trem em terreno onde funcionava a desativada SANBRA. A mudança para a Avenida Assis Chateaubriand na Liberdade, aconteceu na década de 50, depois que a diretoria da época negociou a venda do primeiro campo para a SANBRA com a intermediação do prefeito da época, o Dr. Elpídio de Almeida.
Paulistano X Treze primeira grande rivalidade do futebol de Campina Grande
Enganam-se muitos que pensam que o tradicional clássico Treze x Campinense é o mais antigo do futebol de Campina Grande, afinal é um dos maiores do nosso futebol onde sempre temos casa cheia, jogos terminados em confusões, brigas entre jogadores e dirigentes onde até torcedores desses jogos foram presos e foram terminar numa delegacia de policia. Pois bem o Treze x Campinense só passou a ter a rivalidade levada aos extremos nos anos 50 quando o Campinense voltou a se dedicar ao futebol e a ganhar títulos e a ser um ferrenho adversário do Treze. Antes mesmo do Treze ter o Campinense como maior rival, o mesmo teve no Paulistano seu maior rival de 1937 quando ressurgiu o Treze (que tinha acabado suas atividades no futebol) passando a dividir com o Paulistano a posse do nosso futebol, durante o final da década de 40 e até a finais da década de 50 o jogo entre Paulistano e Treze era comparado ao Fla-Flu do Rio de Janeiro.
Enganam-se muitos que pensam que o tradicional clássico Treze x Campinense é o mais antigo do futebol de Campina Grande, afinal é um dos maiores do nosso futebol onde sempre temos casa cheia, jogos terminados em confusões, brigas entre jogadores e dirigentes onde até torcedores desses jogos foram presos e foram terminar numa delegacia de policia. Pois bem o Treze x Campinense só passou a ter a rivalidade levada aos extremos nos anos 50 quando o Campinense voltou a se dedicar ao futebol e a ganhar títulos e a ser um ferrenho adversário do Treze. Antes mesmo do Treze ter o Campinense como maior rival, o mesmo teve no Paulistano seu maior rival de 1937 quando ressurgiu o Treze (que tinha acabado suas atividades no futebol) passando a dividir com o Paulistano a posse do nosso futebol, durante o final da década de 40 e até a finais da década de 50 o jogo entre Paulistano e Treze era comparado ao Fla-Flu do Rio de Janeiro.
Curiosidade
Houve a uma partida no dia 24 de outubro de 1937, jogavam Treze e Paulistano. O local da partida era no "Campo das Beatas", assim chamado por estar próximo à "Casa de Caridade Padre Ibiapina", instituição cujo prédio foi demolido em 1961 e estava localizada próxima à antiga SANBRA. O clube patativa vencia por 1 x 0 e o Treze buscava o tento de empate a todo custo. De repente, o Paulistano contra-atacou e seu ponteiro só foi parado com falta próxima da grande área, imediatamente marcada pelo juiz. Tibúrcio era o arqueiro galista (seu filho, Jael, seria arqueiro do alvinegro no ano de 1950). Tendo posicionado a barreira, eis que o árbitro determinou a cobrança. O jogador adversário desferiu um petardo para dentro da meta. Porém, o que todos viram foi a bola já saindo por trás do gol. O juiz, assim, marcou tiro-de-meta. Ocorre que os tempos eram outros. Ao receber a bola de um espectador, o goleiro alvinegro a entregou ao mediador da partida. - "Seu juiz" - disse Tibúrcio - "A bola foi gol!". O árbitro não acreditou no que estava ouvindo. Foi preciso que Tibúrcio repetisse o que dissera. E mais: ainda foi até a rede e mostrou o buraco que a bola fizera e, conseqüentemente, por onde passara.
Ao contrário do que possa ser pensado hoje, Tibúrcio recebeu os parabéns tanto dos companheiros de clube como dos adversários, admirados com a honestidade daquele atleta. E o árbitro, surpreso com aquela atitude, disse que jamais, em toda a sua vida de juiz de futebol, vira cena tão inusitada: ele não marcara o gol; o goleiro dissera que o tento acontecera e, o mais incrível, fora cumprimentado pelo seu gesto tanto pelos companheiros como pelos adversários.
O Treze perdeu este jogo por 2 x 0. Contudo, esta atitude de Tibúrcio, um verdadeiro gentleman, acabou entrando para a história do esporte de nossa cidade sendo, tempos depois, contada na coluna esportiva "O Futebol de Campina", escrita por Amaury Capiba e publicada no Jornal da Paraíba, na primeira metade dos anos 70.
Dados deste jogo histórico:
Treze 1x3 Paulistano
Data: 24/11/1937
Local: Campina Grande-PB
Celeiro de craques:
Entre os quais: o zagueiro Uray, Adautinho, Corró, Zé Preto, Lucas, Sandoval, Sabará, Cido, Mivaldo, Nilson Camilo, Lelé, Tonho Zeca, Zé de Iracema, Ercílio (depois jogou vários anos no Treze) Assis Cará e outros tantos.
Na Foto Histórica vemos uma das formações do Paulistano: Toinho Mentiroso (Dirigente, ) Lola, Zé Guedes, Freire, Arlindo Bento, Joca, Mivaldo França, Galeguinho, Lucas e Professor Rafael (Treinador). Agachados, Lula, Bazulina, Tonho Zeca, Lelé, Nilson Camilo, Zezinho Ibiapino e Josias. Foto do Final da década de 1950
O Paulistano só sobreviveu por muitos anos graças a tenacidade de grande abnegados como: Chico Lima, Chico Pereira, Juvenal, Heraldo do São Braz, Uray, Paulo do Pandeiro, Sandoval e mais meia dúzia de verdadeiros carregadores de piano. Se não chegou ao titulo paraibano foi porque faltou estrutura. O time de futebol era excelente. Valia a pena ir estádio para assistir o Paulistano jogar com suas camisas e calções brancos.
Na vida desse clube, as dificuldades rondavam sua caminhada que para ser contornadas, era necessário muita abnegação e muito boa vontade. Freqüentemente vinha a tona as dificuldades financeiras e em perigo iminente de terminar seus dias no futebol. Apesar de ter um bom patrimônio, mas tinha as dividas e alguns problemas, o clube chegou ao fim para alivio de alguns diretores que esgotaram todos seus recursos para sobrevivência de sua equipe.
Infelizmente o clube era pequeno e vivia apenas do amor e abnegação destes poucos citados dirigentes, que passavam pelo sacrifício de ter de lutar para poder sem patrocínio ou sem ajuda de associados o que o time ainda podia aspirar. Teve de abandonar sua equipe de futebol ficando apenas na parte social. Promovendo festas e outros eventos da cidade. Com um tempo esta atividade também fechou, hoje o clube vive de aluguel de sua sede social para eventos e aluguel do seu campo de jogo para pagamento de suas contas de água, luz, telefone entre outras coisas mais.
Na vida desse clube, as dificuldades rondavam sua caminhada que para ser contornadas, era necessário muita abnegação e muito boa vontade. Freqüentemente vinha a tona as dificuldades financeiras e em perigo iminente de terminar seus dias no futebol. Apesar de ter um bom patrimônio, mas tinha as dividas e alguns problemas, o clube chegou ao fim para alivio de alguns diretores que esgotaram todos seus recursos para sobrevivência de sua equipe.
Infelizmente o clube era pequeno e vivia apenas do amor e abnegação destes poucos citados dirigentes, que passavam pelo sacrifício de ter de lutar para poder sem patrocínio ou sem ajuda de associados o que o time ainda podia aspirar. Teve de abandonar sua equipe de futebol ficando apenas na parte social. Promovendo festas e outros eventos da cidade. Com um tempo esta atividade também fechou, hoje o clube vive de aluguel de sua sede social para eventos e aluguel do seu campo de jogo para pagamento de suas contas de água, luz, telefone entre outras coisas mais.
Fontes Utilizadas:
-Livro dos 50 anos do Treze Futebol Clube
-Livro dos 50 anos do Treze Futebol Clube
-Depoimentos de ex-atletas e dirigentes
Bom trabalho. Pesquisa eficiente e belissima edição de imagens e informações do nosso antigo Paulistano. Estão de parabens, esses rapazes e esse novo cronista o Jóbedis.
Pedro Alves comentou:
Parabéns pelos realizadores... realmente é de emocionar!!! A hist´ria do antio e extinto Paulistano de minha Campina Grande ficou com uma qualidade de padrão internacional.
Fico triste por ver torcedores de Treze e Campinnse não sabem que esse grande ítime do nosso futebol foi um grande rival dos times da serra da Borborema do passado. Não tiveram nem curiosidade de saber qual dos jogadores de seu time de coração foram descoberto no time patativa
Pelo Sport Tudo!!!
mentou:
Caros responsaveis pelo portal,
Graças a Deus sou homem de muita sorte,tive oportunidade de ver o Paulistano jogar na decada de 50jogar.O que se apostava na época era de quanto seria o placard entre o Treze e o Paulistano. Primeiro,o time patativa era um time bonito, bem trajado, todos bem penteados, no cabelo passado gumex para não desmanchar. Quase todos desta foto eram excepcionais . Não precisava de técnico. Eram uns artistas. Que felicidade. Parabens ao Jobedis e ao portal pelo belo resgate
Que belìssima surpresa encontrar essa pàgina na internet. Acompanho sempre as noticias da Paraiba minha terra natal. Hoje moro em Milão na Italia e torço como um doido pelo time do Treze de minha Campina Grande abençoada por Deus (mesmo com todos por aqui em Milao rirem da minha cara por ser tão fanático). Desde pequeno tenho essa simpatia pela història dos clubes do interior da Paraiba, colecionando camisas e times de botao. E mesmo distante do Brasil, meu interesse permanece. Por isso, este "Retalhos Histórico de Campina Grande é fundamental para permanecer informado. Parabéns e obrigado pela bonita viagem ao passado!
Saudades de minha terra natal. Apesar de morar atualmente no Rio de Janeiro, lembro quando o Paulistano montou um time da foto com Onho Zeca, Lelé, Lucas, Freire entre outros grandes jogadores do meu passado em Campina. Foi um time inesquecível. O Treze em minha vida é a maior paixão, mas o Paulistano por ser tambem preto e branco tb figura neste meu coração. Abraço campinenses e parabéns novamente a este blog que traz a história da nossa cidade e do nosso futebol paraibano
Muito legal este site, gostei de saber mais coisas sobre o time do Paulistano , se todos os moradores de Campina Grande tivessem acesso a todas estas informações eles teriam mais orgulho do lugar que moram, podemos até está longe de algumas coisas, mas temos histórias para contar, muito bacana, valeu jobedis e aos idealizadores deste portal
Lendo novamente as belas narrativas deste site, observei que várias e justas homenagens são prestadas a praças, ruas, times de futebol e outros lugares que foram e sempre serão de destaque nesta nossa querida cidade de Campina Grande.
Por este motivo estou dedicando estas poucas linhas a o grande time do passado. Embora esta personalidade mereça várias e várias páginas de homenagens e reverencias. Estou me referindo a o grande Paulistano, tanto no futebol como nos seus bailes em sua sede social. Belo resgate do jOBEDIS
olá, gostei da matéria sobre o time do paulistano, gostaria de saber se vocês tinha ag foto do meu pai , que jogou neste time na decada de 30 a 40
chamava-se de "pipino" ou agripino colaço!
ok agradeço: vital_40_cg@hotmail.com
Se, o Clube foi extinto, de quem ERA a propriedade do terreno do campo, e recebeu os valores monetários; haja vista, já está fixada a placa da construção das instalações do supermercado ASSAI, uma das marcas do Grupo Extra/Pão-de-Açúcar, que na atualidade teve seu controle acionário - após uma disputa judicial com Abilio Diniz - assumido pela empresa francesa Cassino, concorrente na origem com o Carrefour.
Amigo do último comentário, a propriedade do Paulistano é própria, e foi apenas transferida de endereço, tendo meu avô como fundador no ano de 1929 e construtor do antigo campo, onde fica hoje o Assaí, pois a nova diretoria está com um ótimo projeto para que seja um bom clube, ficando nas proximidades do Parque de Vaquejada Ivandro Cunha Lima na alça Sudoeste, visite...
Prezado JOBEDIS MAGNO, Meu nome é SAMUEL CORREIA DE ARAGÃO, sou filho dessa terra querida e abençoada Campina Grande. Sai de Campina em 1960 contratado para jogar no Auto Esporte, depois de ter jogado no Madureira da Bela Vista no Humaitá da Volta de Zeleal, Paulistano, Campeão em 1955 pelo Esporte Clube Campinense e atleta do América de Esperança. Em João Pessoa voltei a estudar fiz o Curso de Direito,hoje sou Advogado Pós-Graduado em Estudos de Trânsito pela Universidade Católica Dom Bosco de Mato Grosso do Sul com Curso de Direito Comparado Francês/Brasileiro feito na Université Sorbonne Paris, França. Confesso que fiquei encantado com esse Blog e gostaria de contribuir escrevendo sobre trânsito e algumas passagens que vivi no futebol de meu tempo em Campina Grande. Meu Email é: samuelcorreiaaragao@hotmail.com