Por Rau Ferreira
Pouca gente sabe que Rosil Cavalcanti (1915/1968), além de ator, compositor e radialista, era também cordelista. O popular “Zé Lagoa” aportou em Campina em 1943, participando ativamente da vida cultural da cidade. Em seus programas de rádio-auditório, apresentava-se como a figura brejeira, o matuto. Todavia, era de uma intelectualidade sem igual. Autor de mais de 130 músicas, das quais destacam-se “Sebatiana”, “Moxotó”, “Na base do chinelo” e “Quadro Negro”, fez diversas parcerias com Raymundo Asfora, Jackson do Pandeiro e Luiz Gonzaga.
O lado curioso dessa história são os cordéis editados por Rosil, destacando-se: “O Caminhão Fantasma” (s/d) e “O Bicho do Mazagão” (1964). Em uma de suas obras, o editor anunciava ainda de sua autoria: “Poço malassombrado” e “A história do menino que virou cobra”.
Seus trabalhos foram, inicialmente, produzido pela Folheteria Santos, de Manoel Camilo dos Santos, e em seguida pela Gráfica Júlio Costa. E eram também divulgados na Rádio Cariri, no programa “Poesias Populares Nordestinas”, apresentado por Rosil.
Entre os patrocinadores desta arte, estavam o Açúcar Marilúz, de Arthur Freire & Cia; Aguardente Paturi, de F. Aleixo & Filho; e Familho, de José Carlos Ltda.
No cordel “Bagagem do Nordeste” (1974), de José Cavalcante e Ferreira, produzido em Caruaru/PE, há menção do nome de Rosil entre os grandes cordelistas.
Parabéns pelo postagem que revela para muita gente essa qualidade quase desconhecida de Rosil Cavalcante...
Onde encontra os cordeis de Rosil Cavalcanti.?