Serviço de Utilidade Pública - Lei Municipal nº 5096/2011 de 24 de Novembro de 2011
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Inês Caetano de Oliveira, culturalmente conhecida como Marinês, nasceu em 1936 na cidade de São Vicente Ferrer, no alto da Serra da Paquivira no vizinho estado de Pernambuco porém, muito próximo das terras paraibanas, como as cidades de Natuba e Aroeiras.

Filha do seresteiro e ex-cangaceiro Manoel Caetano de Oliveira e de Josefa Maria de Oliveira, conhecida com D. Donzinha, aportou em Campina Grande no ano de 1940.

Morou no bairro da Liberdade, onde se apresentou pela primeira vez cantando “Fascinação” em um concurso promovido pelo serviço de alto-falante “Voz da Democracia”, difusora local.

De difusora em difusora, chegou à Rádio Cariri e, posteriormente, com apenas 12 anos de idade, foi contratada pela Rádio Borborema, palco das grandes estrelas da música na Era de Ouro do Rádio, em Campina Grande. Curiosamente, utilizava-se do pseudônimo de “Maria Inez” em suas incursões radiofônicas. Certa vez, um dos apresentadores confundiu e chamou-a “Marinês”, sendo este nome artístico adotado a partir daí.

Foi se apresentando no auditório da Rádio Borborema que conheceu o sanfoneiro Abdias Farias com quem se casou e, em sua companhia, rodou todo o território nacional trilhando o duro caminho do início de carreira.

Conheceu o Rei do Baião em 1955, em um show na cidade de Propriá, em Sergipe, de quem recebeu apadrinhamento e o título de Rainha do Xaxado. Nesta época já denotava a aclamação dos radialistas brasileiros que a consideravam a versão feminina de Luiz Gonzaga.


Em 1957, contratada pela Rádio e TV Tupi do Rio de Janeiro, “Maria Inez” foi apresentada ao Brasil pela revista O Cruzeiro, periódico de maior circulação nacional à época, com texto do jornalista  Elias Nasser.

Resistindo à derrocada popular da música regional nordestina, nos anos 60, Marinês esteve próxima à nova geração de cantores nascida nos famosos festivais da canção, a exemplo de Gilberto Gil e Sérgio Ricardo. Atravessou os anos 70 ainda gozando de popularidade junto a outros nomes do forró como Trio Nordestino e Genival Lacerda (antigo concorrente dos tempos de shows de calouros radiofônicos).

Entre as revelações artísticas promovidas por Marinês destacam-se Dominguinhos e Anastácia, Antonio Barros e Cecéu.

Constantemente homenageada por grandes nomes da MPB, nos Anos 80, como Elba Ramalho, Fagner, Zé Ramalho e Gilberto Gil, gravou com Luiz Gonzaga e teve um projeto intitulado “50 Anos de Forró” produzido por Elba Ramalho em 1999.

Marinês faleceu na manhã do dia 14 de Maio de 2007, no Hospital Português, em Recife, após dez dias de internação devido ao acometimento de um AVC.

"O Brasil perdeu hoje sua rainha do forró, a primeira grande cantora nordestina que aparece nos anos 50, inaugurando um ciclo de ouro da voz feminina na música do nordeste" (Gilberto Gil)




Fontes:
http://www.tabajara.am.br/main/content/view/206/54/
RIBEIRO, Noaldo. “Marinês Canta a Paraíba”. Gráfica JB. João Pessoa, 2005.
Dicionário Cravo Albim MPB

1 Comment

  1. Anônimo on 23 de janeiro de 2010 às 15:28

    Uma justa homenagem àquela que foi a voz de Campina neste e noutros palcos da cultura popular. Parabéns!
    Na década de 60 ela chegou a cantar no antigo Cine São Francisco, em Esperança.

    Rau Ferreira
    Blog: História Esperancense
    http://historiaesperancense.blogspot.com

     


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