Serviço de Utilidade Pública - Lei Municipal nº 5096/2011 de 24 de Novembro de 2011
Criado por Adriano Araújo e Emmanuel Sousa
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Nossa cidade tem o privilégio de contar em seu cast de estabelecimentos de ensino com a tradição quase centenária do Colégio Alfredo Dantas.
Apesar de, efetivamente, a instituição CAD comemorar 90 anos em 2009, sua história remonta ao século passado, quando nos primeiros anos de 1900 foi construído o prédio do Grêmio de Instrução Campinense, à Rua dos Armazéns (hoje Marquês do Herval), obra creditada aos ex-prefeitos João Lourenço Porto e o visionário Cristiano Lauritzen.
O estabelecimento foi idealizado por alguns abnegados da nossa sociedade que pretendiam prover seus filhos de uma educação mais qualificada que a oferecida pela rede pública de ensino. Antes de se transferir para o edifício, em definitivo, funcionou na sacristia da Catedral de Nossa Senhora da Conceição.
O programa pedagógico do Grêmio de Instrução incluía atividades artísticas extracurriculares, o que fez surgir o primeiro grupo teatral genuinamente campinense, formado por filhos da elite local.
Desativado no ano de 1903, em decorrência da ausência de professores capacitados para atender ao propósito intentado pelos idealizadores da instituição, suas instalações permaneceram à disposição da sociedade campinense como casa de teatro e cinema (em seu prédio funcionou o Cinema Brasil, em 1909) até sua obsolescência cultural transformá-lo em depósito de algodão.
Já em 1930, o Tenente Alfredo Dantas Correia de Góes, que detinha o Instituto Pedagógico desde 1919 (gênese do CAD), solicita à Prefeitura Municipal a autorização para transferir seu Curso Propedêutico de Peritos Contadores para o prédio do Grêmio, instalando em Campina Grande o primeiro curso secundário, onde mais tarde, em 1936, denominara seu educandário com seu próprio nome, nominando-o de Ginásio Alfredo Dantas.
À época do Instituto Pedagógico, havia o hino do educandário, feito na época pelo poeta Murilo Buarque. É claro notar a relação disciplinar entre ensino e prática militar:
"Quando alegre e felizes marchamos
sob o azul deste céu impoluto
sem querer a sorrir exaltamos
o áureo nome do nosso Instituto
Há do livro ser a couraça
e a caneta há de ser o fuzil
para a glória eterna desta raça
que é o orgulho do nosso Brasil."
Com seu falecimento, em 17 de Fevereiro de 1944, a propriedade do educandário é adquirida pelo Professor Severino Lopes Loureiro, membro do corpo docente da instituição, e sua esposa, a Professora Alcide Dantas Cartaxo, ambos fundadores do Colégio Pio XI.
Sob sua direção, o colégio passa por várias reformas e ampliações para adequação do seu espaço físico às necessidades do desenvolvimento paralelo do município e do ensino. Empreenderam-se integralmente à missão de promover o ensino, “...obedecendo ao ritmo dinamizador da cidade que crescia vertiginosamente”.
Em 1960 a Professora Lígia Loureiro, incorpora-se ao corpo docente com o afastamento de Professora Alcide (sua mãe) das atividades pedagógicas, vindo a assumir a direção efetiva do educandário em 1970 com a “aposentadoria” do Professor Loureiro, com o auxílio do seu esposo o Professor Jacinto Neves Santos.
Atualmente a direção da instituição, quando comemoramos os 90 anos da sua fundação desde o Instituto Pedagógico do Tenente Alfredo Dantas, é conferida aos senhores Paulo Gustavo Loureiro Marinho e Sérgio Catão Cartaxo Loureiro, netos do Professor Severino Lopes.
Com o apreço dos dois editores deste blog, ex-alunos saudosistas do educandário, ratificamos o slogan adotado pela atual direção da instituição... “CAD: Formando Cidadãos, Educando para a Vida”.


Fontes consultadas:

www.alfredodantas.com.br/memorial
www.alfredodantas.com.br/blog
FONTES, Welton Souto. "Os Cine-Theatros em Campina Grande: Sensibilidades e Representações Sociais nas Três Primeira Décadas do Século XX"

GAUDÊNCIO, Bruno Rafael. “Imagens Literárias da Educação de Campina Grande (1907-1957)"


3 comentários

  1. Maria Bernadete Oliveira on 25 de outubro de 2009 às 19:48

    Gostei do blog, seria muito bom se tivesse fotos da antiga sorveteria a Flórida, depois pinguim, o passeio da Maciel Pinheiro aos domingos, onde toda a juventude de CG se reunia p/bater papo, paquerar, a riviera, tudo era ponto de encontro da juventude campinense, que eu alcancei.Os jogos estudantis que se realizavam no Trabalhador, na AABB, era muito bom.

     
  2. Hélio - Olinda-PE on 14 de dezembro de 2011 às 15:23

    Saudades do CAD, onde estudei praticamente toda a minha adolescência. Tive o prazer de conhecer o Professor Loureiro, e quando ele chegava para visitar as salas de aulas, todos os alunos se levantavam em respeito a ele. Lembro muito bem da carismática Diretora Liginha, e da Diretora linha dura e ao mesmo tempo carismática Rosa. Que tempo bom aquele, quando a gente ia assistir as Olimpiadas do Exercícito no Clube do Trabalhador e na AABB para torcer para os alunos do CAD. De assistir as apresentações da banda marcial do CAD nos concurso de bandas no estádio Presidente Vargas e no desfile de 7 de setembro. Quando termina a aula e todos iam para o Play Time jogar fliperama ou então paquerar no calçadão do café São Braz ou no antigo calçadão da Rua Maciel Pinheiro. Ô tempo bom aquele e que não volta mais. Hoje é só saudades.

     
  3. Anônimo on 29 de dezembro de 2014 às 14:25

    Concordo c vc, era um tempo bom que ficou na lembrança. Tb fui aluno do CAD, de 77 a 82. Wagner Dantas.

     


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