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Nossa cidade tem o privilégio de contar em seu cast de estabelecimentos de ensino com a tradição quase centenária do Colégio Alfredo Dantas.
Apesar de, efetivamente, a instituição CAD comemorar 90 anos em 2009, sua história remonta ao século passado, quando nos primeiros anos de 1900 foi construído o prédio do Grêmio de Instrução Campinense, à Rua dos Armazéns (hoje Marquês do Herval), obra creditada aos ex-prefeitos João Lourenço Porto e o visionário Cristiano Lauritzen.
O estabelecimento foi idealizado por alguns abnegados da nossa sociedade que pretendiam prover seus filhos de uma educação mais qualificada que a oferecida pela rede pública de ensino. Antes de se transferir para o edifício, em definitivo, funcionou na sacristia da Catedral de Nossa Senhora da Conceição.
O programa peda
gógico do Grêmio de Instrução incluía atividades artísticas extracurriculares, o que fez surgir o primeiro grupo teatral genuinamente campinense, formado por filhos da elite local.
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Desativado no ano de 1903, em decorrência da ausência de professores capacitados para atender ao propósito intentado pelos idealizadores da instituição, suas instalações permaneceram à disposição da sociedade campinense como casa de teatro e cinema (em seu prédio funcionou o Cinema Brasil, em 1909) até sua obsolescência cultural transformá-lo em depósito de algodão.
Já em 1930, o Tenente Alfredo Dantas Correia de Góes, que detinha o Instituto Pedagógico desde 1919 (gênese do CAD), solicita à Prefeitura Municipal a autorização para transferir seu Curso Propedêutico de Peritos Contadores para o prédio do Grêmio, instalando em Campina Grande o primeiro curso secundário, onde mais tarde, em 1936, denominara seu educandário com seu próprio nome, nominando-o de Ginásio Alfredo Dantas.
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"Quando alegre e felizes marchamos
sob o azul deste céu impoluto
sem querer a sorrir exaltamos
o áureo nome do nosso Instituto
Há do livro ser a couraça
e a caneta há de ser o fuzil
para a glória eterna desta raça
que é o orgulho do nosso Brasil."
sob o azul deste céu impoluto
sem querer a sorrir exaltamos
o áureo nome do nosso Instituto
Há do livro ser a couraça
e a caneta há de ser o fuzil
para a glória eterna desta raça
que é o orgulho do nosso Brasil."
Com seu falecimento, em 17 de Fevereiro de 1944, a propriedade do educandário é adquirida pelo Professor Severino Lopes Loureiro, membro do corpo docente da instituição, e sua esposa, a Professora Alcide Dantas Cartaxo, ambos fundadores do Colégio Pio XI.
Sob sua direção, o
colégio passa por várias reformas e ampliações para adequação do seu espaço físico às necessidades do desenvolvimento paralelo do município e do ensino. Empreenderam-se integralmente à missão de promover o ensino, “...obedecendo ao ritmo dinamizador da cidade que crescia vertiginosamente”.
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Em 1960 a Professora Lígia Loureiro, incorpora-se ao corpo docente com o afastamento de Professora Alcide (sua mãe) das atividades pedagógicas, vindo a assumir a direção efetiva do educandário em 1970 com a “aposentadoria” do Professor Loureiro, com o auxílio do seu esposo o Professor Jacinto Neves Santos.
Atualmente a direção da instituição, quando comemoramos os 90 anos da sua
fundação desde o Instituto Pedagógico do Tenente Alfredo Dantas, é conferida aos senhores Paulo Gustavo Loureiro Marinho e Sérgio Catão Cartaxo Loureiro, netos do Professor Severino Lopes.
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Com o apreço dos dois editores deste blog, ex-alunos saudosistas do educandário, ratificamos o slogan adotado pela atual direção da instituição... “CAD: Formando Cidadãos, Educando para a Vida”.
Fontes consultadas:
www.alfredodantas.com.br/memorial
www.alfredodantas.com.br/blog
FONTES, Welton Souto. "Os Cine-Theatros em Campina Grande: Sensibilidades e Representações Sociais nas Três Primeira Décadas do Século XX"
GAUDÊNCIO, Bruno Rafael. “Imagens Literárias da Educação de Campina Grande (1907-1957)"
GAUDÊNCIO, Bruno Rafael. “Imagens Literárias da Educação de Campina Grande (1907-1957)"
Gostei do blog, seria muito bom se tivesse fotos da antiga sorveteria a Flórida, depois pinguim, o passeio da Maciel Pinheiro aos domingos, onde toda a juventude de CG se reunia p/bater papo, paquerar, a riviera, tudo era ponto de encontro da juventude campinense, que eu alcancei.Os jogos estudantis que se realizavam no Trabalhador, na AABB, era muito bom.
Saudades do CAD, onde estudei praticamente toda a minha adolescência. Tive o prazer de conhecer o Professor Loureiro, e quando ele chegava para visitar as salas de aulas, todos os alunos se levantavam em respeito a ele. Lembro muito bem da carismática Diretora Liginha, e da Diretora linha dura e ao mesmo tempo carismática Rosa. Que tempo bom aquele, quando a gente ia assistir as Olimpiadas do Exercícito no Clube do Trabalhador e na AABB para torcer para os alunos do CAD. De assistir as apresentações da banda marcial do CAD nos concurso de bandas no estádio Presidente Vargas e no desfile de 7 de setembro. Quando termina a aula e todos iam para o Play Time jogar fliperama ou então paquerar no calçadão do café São Braz ou no antigo calçadão da Rua Maciel Pinheiro. Ô tempo bom aquele e que não volta mais. Hoje é só saudades.
Concordo c vc, era um tempo bom que ficou na lembrança. Tb fui aluno do CAD, de 77 a 82. Wagner Dantas.