Apesar de se creditar a ocupação da grande campina pelos índios Ariús, orginalmente, a região onde aportou o capitão-mor Thedósio de Oliveira Lêdo em 1697 já era ocupada pelos índios Cariris, sendo o primeiro grupo trazido pelo próprio sertanista à esta localidade.
Enquanto nos acostumamos a deter Theodósio Lêdo como "fundador" de Campina Grande, algumas controvérsias são geradas por haver registros à citação da nossa cidade no mapa elaborado pelo italiano Andreas Antonius Horatiy, publicaco no livro "Istoria delle Guerre del Regno del Brasile Accadute tra la Corona de Portogallo e la Republica de Olanda", escrito pelo Frei Gioseppe Santa Teresa em 1698, apenas um ano após a sua fundação.
O impasse ocorre quando somente em 14 de Maio de 1699 seria escrita uma carta ao Rei de Portugal, pelo Governador da Paraíba Manoel Soares de Albergaria, comunicando as descobertas de Theodósio de Oliveira Lêdo. Portanto, como a Itália já tinha conhecimento do povoamento da região de Campina Grande já em 1698?
A expedição de Theodósio era uma das "entradas" promovidas pela família Oliveira Lêdo, no intuito de explorar e povoar uma sesmaria que lhe havia sido concedida ao longo do Rio Paraíba, iniciada em 1664.
Após aportar seus índios Ariús como ocupantes da região, seguiu viagem à capital do Estado e, um ano depois retornou à Campina Grande, área já povoada, onde trouxe um padre italiano, da ordem de Santo Antonio para catequização e batismo dos índios. Foi quando foi construída, de forma arcaica, uma casinha de taipa, que serviu de capela para as atividades litúrgicas da região. Bem mais tarde, em 1793, essa tapera que já havia recebido 25 mil réis da Coroa Portuguesa para melhorias, recebe a reforma definitiva para se consolidar como a Catedral de Nossa Senhora da Conceição, nos moldes como a conhecemos hoje!
Foi essa capelinha, construída na parte mais alta da região povoada (no alto da Rua do Oriente, hoje Vila Nova da Rainha) que promoveu a construção de várias casas à sua volta, determinando o surgimento da avenida mais importante da nossa cidade, a Avenida Floriano Peixoto.
Apesar de ser conhecida por todos na região e, por citações cartográficas como Campina Grande, oficialmente éramos a Vila Nova da Rainha, em homenagem à Rainha Dona Maria I, de Portugal.
E foi como Vila Nova da Rainha que Campina Grande teve participações indiretas em três importantes revoluções durante o regime imperial português: Revolução Pernambucana, Confederação do Equador e Revolução Praieira, o que rendeu a figura das três espadas estampadas na Bandeira Oficial de Campina Grande.
Foi ao redor do Riacho das Piabas, que depois de várias ampliações se tornou nosso Açude Velho, que Campina Grande prosperou até, em 11 de Outubro de 1864, através da Lei Provincial n. 137, foi elevada à categoria de Cidade, quando possuía cerca de 300 casas distribuídas ao longo da Rua da Matriz (Floriano Peixoto), Rua do Meio (Afonso Campos), Rua Grande (Maciel Pinheiro), Rua do Seridó (Barão do Abiaí) e a Rua da Emboca (Peregrino de Carvalho) além de possuir também duas igrejas; a Catedral de Nossa Senhora da Conceição e a Igreja do Rosário (demolida na gestão Vergniaud Wanderley).
A conquista promovida pelo prefeito Cristiano Lauritzen, em 1907, com a implantação do terminal férreo, trouxe o progresso definitivamente para Campina Grande. Foi o auge da economia local, com base na cultura algodoeira. Até a década de 1940, Campina era o segundo maior exportador de algodão do mundo, perdendo o topo para Liverpool, na Inglaterra. Durante o "boom" do cotonicultura, nossa cidade cresceu em número de habitantes, em residências e casas comerciais, espalhadas ao longo, principalmente, das Rua Grande (Maciel Pinheiro) e Rua do Ouvidor (Rua Joao Pessoa).
A decadência da produção do algodão em nossa região começou com a crise do café, em São Paulo, na década de 30. O estado paulita passou a produzir o algodão como alternativa e, em 1933 São Paulo já produzia 105 milhões de quilos, em comparação aos 23 milhões de Campina Grande, em 1931.
A ausência de um porto para grandes navios na Paraíba, o barateio do preço do algodão produzido em São Paulo e a chegada de empresas estrangeiras foram consideradas comos os três principais fatores para a decadência da cultura algodoeira de Campina Grande.
Até a década de 60 Campina Grande era a principal cidade do Estado da Paraíba. João Pessoa figurava, praticamente, como capital administrativa. Nesse período Campina despontava como importante pólo comercial e industrial também da Região Nordeste, arrecadava muito mais que a capital.
Ainda como pólo regional, em 1967 Campina Grande recebeu o primeiro computador de toda região Nordeste!!! Comprado por cerca de US$ 500.000, fora instalado no CPD da Escola Politécnica, hoje Univesidade Federal de Campina Grande, conforme já mostramos em nosso blog.
Desde o primeiro IBM da nossa cidade, atualmente despontamos como "Cidade High Tech" uma vez que conta, hoje, com cerca de 76 empresas produtoras de softwares, responsável, inclusive pela exportação de tecnologia.
É certo que estagnamos por algumas décadas mas, hoje, é visível o crescimento pelo qual nossa cidade vem alcançando.
São 145 anos dedicados aos grandes homens e mulheres que compuseram a História da nossa querida cidade; famosos ou anônimos, todos integrantes dessa grande engrenagem que faz o motor do desenvolvimento funcionar em nossa urbe, e colaboraram com um novo "retalho" dessa nossa rica História de amor por Campina Grande.
Enquanto nos acostumamos a deter Theodósio Lêdo como "fundador" de Campina Grande, algumas controvérsias são geradas por haver registros à citação da nossa cidade no mapa elaborado pelo italiano Andreas Antonius Horatiy, publicaco no livro "Istoria delle Guerre del Regno del Brasile Accadute tra la Corona de Portogallo e la Republica de Olanda", escrito pelo Frei Gioseppe Santa Teresa em 1698, apenas um ano após a sua fundação.
O impasse ocorre quando somente em 14 de Maio de 1699 seria escrita uma carta ao Rei de Portugal, pelo Governador da Paraíba Manoel Soares de Albergaria, comunicando as descobertas de Theodósio de Oliveira Lêdo. Portanto, como a Itália já tinha conhecimento do povoamento da região de Campina Grande já em 1698?
A expedição de Theodósio era uma das "entradas" promovidas pela família Oliveira Lêdo, no intuito de explorar e povoar uma sesmaria que lhe havia sido concedida ao longo do Rio Paraíba, iniciada em 1664.
Após aportar seus índios Ariús como ocupantes da região, seguiu viagem à capital do Estado e, um ano depois retornou à Campina Grande, área já povoada, onde trouxe um padre italiano, da ordem de Santo Antonio para catequização e batismo dos índios. Foi quando foi construída, de forma arcaica, uma casinha de taipa, que serviu de capela para as atividades litúrgicas da região. Bem mais tarde, em 1793, essa tapera que já havia recebido 25 mil réis da Coroa Portuguesa para melhorias, recebe a reforma definitiva para se consolidar como a Catedral de Nossa Senhora da Conceição, nos moldes como a conhecemos hoje!
Foi essa capelinha, construída na parte mais alta da região povoada (no alto da Rua do Oriente, hoje Vila Nova da Rainha) que promoveu a construção de várias casas à sua volta, determinando o surgimento da avenida mais importante da nossa cidade, a Avenida Floriano Peixoto.
Apesar de ser conhecida por todos na região e, por citações cartográficas como Campina Grande, oficialmente éramos a Vila Nova da Rainha, em homenagem à Rainha Dona Maria I, de Portugal.
E foi como Vila Nova da Rainha que Campina Grande teve participações indiretas em três importantes revoluções durante o regime imperial português: Revolução Pernambucana, Confederação do Equador e Revolução Praieira, o que rendeu a figura das três espadas estampadas na Bandeira Oficial de Campina Grande.
Foi ao redor do Riacho das Piabas, que depois de várias ampliações se tornou nosso Açude Velho, que Campina Grande prosperou até, em 11 de Outubro de 1864, através da Lei Provincial n. 137, foi elevada à categoria de Cidade, quando possuía cerca de 300 casas distribuídas ao longo da Rua da Matriz (Floriano Peixoto), Rua do Meio (Afonso Campos), Rua Grande (Maciel Pinheiro), Rua do Seridó (Barão do Abiaí) e a Rua da Emboca (Peregrino de Carvalho) além de possuir também duas igrejas; a Catedral de Nossa Senhora da Conceição e a Igreja do Rosário (demolida na gestão Vergniaud Wanderley).
A conquista promovida pelo prefeito Cristiano Lauritzen, em 1907, com a implantação do terminal férreo, trouxe o progresso definitivamente para Campina Grande. Foi o auge da economia local, com base na cultura algodoeira. Até a década de 1940, Campina era o segundo maior exportador de algodão do mundo, perdendo o topo para Liverpool, na Inglaterra. Durante o "boom" do cotonicultura, nossa cidade cresceu em número de habitantes, em residências e casas comerciais, espalhadas ao longo, principalmente, das Rua Grande (Maciel Pinheiro) e Rua do Ouvidor (Rua Joao Pessoa).
A decadência da produção do algodão em nossa região começou com a crise do café, em São Paulo, na década de 30. O estado paulita passou a produzir o algodão como alternativa e, em 1933 São Paulo já produzia 105 milhões de quilos, em comparação aos 23 milhões de Campina Grande, em 1931.
A ausência de um porto para grandes navios na Paraíba, o barateio do preço do algodão produzido em São Paulo e a chegada de empresas estrangeiras foram consideradas comos os três principais fatores para a decadência da cultura algodoeira de Campina Grande.
Até a década de 60 Campina Grande era a principal cidade do Estado da Paraíba. João Pessoa figurava, praticamente, como capital administrativa. Nesse período Campina despontava como importante pólo comercial e industrial também da Região Nordeste, arrecadava muito mais que a capital.
Ainda como pólo regional, em 1967 Campina Grande recebeu o primeiro computador de toda região Nordeste!!! Comprado por cerca de US$ 500.000, fora instalado no CPD da Escola Politécnica, hoje Univesidade Federal de Campina Grande, conforme já mostramos em nosso blog.
Desde o primeiro IBM da nossa cidade, atualmente despontamos como "Cidade High Tech" uma vez que conta, hoje, com cerca de 76 empresas produtoras de softwares, responsável, inclusive pela exportação de tecnologia.
É certo que estagnamos por algumas décadas mas, hoje, é visível o crescimento pelo qual nossa cidade vem alcançando.
São 145 anos dedicados aos grandes homens e mulheres que compuseram a História da nossa querida cidade; famosos ou anônimos, todos integrantes dessa grande engrenagem que faz o motor do desenvolvimento funcionar em nossa urbe, e colaboraram com um novo "retalho" dessa nossa rica História de amor por Campina Grande.
Descobri esse blog há pouco tempo e fiquei muito feliz com isso.
Se não for incômodo, teria como você indicar pra mim a fonte desse material, em especial da parte que cita os índios cariris como primeiros habitantes da região. Ficarei muito agradecido se puderes me passar essa informação. Estou precisando para usar como referencial teórico para um trabalho da faculdade.