O colaborador Jônatas Rodrigues nos presenteia com mais uma criação através do Google Sketchup, trata-se do primeira prédio da Empresa Luz e Força Campinense.
Inaugurada em setembro de 1920, o prédio desta antiga termo-elétrica localizava-se onde hoje está a Praça Clementino Procópio, precisamente defronte ao antigo Posto Futurama (também demolido).
A propulsão fazia-se com motor à combustão interna, da marca DEUTZ, de 100 HP de potência, à gás de lenha, ou mesmo gasogênio (mistura combustível de gases, produzida a partir de processos de gaseificação, ou seja de combustão incompleta de combustíveis sólidos. Utiliza-se, por exemplo, madeira, carvão ou outros combustíveis, geralmente ricos em carbono, usando oxigênio insuficiente para a queima completa e em alguns casos, vapor de água).
O volante do motor pesava impressionantes 12 toneladas, gerando energia elétrica com muito barulho, fumaça e dejetos de lascas de alcatrão e piche, semelhantes à borra-asfáltica, isto tudo em pleno centro de Campina Grande.
O prédio original seguia a linha simples de construções ecléticas com poucos adventos ornativos e sua fachada. Tinha no seu frontispício a iniciais da referida empresa (ELFC), que pertencia no início à firma de J.Brito & Cia, passando posteriormente à municipalidade.
Nos anos trinta a Empresa foi ampliada descaracterizando os antigos prédios, que eram convertidos em usina, depósito de carvão e madeira e escritório da empresa (seguindo esta ordem de acordo com a foto). Foram transformadas em quatro grandes galpões que engloba usina, depósito de materiais e escritório.
Nos anos quarenta, estes galpões foram demolidos para a reforma urbana planejada pelo então Prefeito Vergniaud Wanderley. A unidade termo-elétrica foi transferida para um novo e moderno prédio localizado nas imediações do Açude Velho. Desta forma foi possível prolongar a Praça Clementino Procópio e promover o embelezamento da área.
Guando uma imagen na mente de haver pasado em frente da que se chamava "Usina da Luz" quando era quase um bebé. Meu pai me levava em braços e eu estaba algo assutado com o barulho que fazia essa empresa. Lembro-me também que estaba muito sujo ao redor com carvão, lenha etc. Acho que seria nos anos 1945 ou 1946...La energía, de Campina era de 125 watts e de noite havia tão pouca iluminação, nas ruas que era difícil andar por Campina...