Continuamos a registrar as memórias do Colégio Pio XI, contando com a ajuda providencial de uma ex-aluna da instituição, Soahd Arruda Rached Farias. Através de seus arquivos pessoais, faremos uma viagem às reminiscências daquela inesquecível instituição de ensino.
MINHAS MEMÓRIAS DO PIO XI
Por Soahd Arruda Rached Farias
Cheguei enxergando o Pio XI com uma ordem de grandeza "infinita" proporcional ao meu tamanho, as portas eram altíssimas, com assoalho de madeira no primeiro andar dava o toque do silencio dos seus primeiros usuários, os seminaristas.
MINHAS MEMÓRIAS DO PIO XI
Por Soahd Arruda Rached Farias
Cheguei enxergando o Pio XI com uma ordem de grandeza "infinita" proporcional ao meu tamanho, as portas eram altíssimas, com assoalho de madeira no primeiro andar dava o toque do silencio dos seus primeiros usuários, os seminaristas.
Soahd na Formatura do ABC do Pio XI em 1972
Meu avô materno, como mestre de obras, participou de alguma etapa de construção, meu pai estudou, e eu e meus irmãos também nos qualificamos lá, e ainda teve 6 meses em que meus filhos puderam usufruir daquele ambiente místico de construção com fins religiosos e educacionais, por que tenho naquele ambiente uma gratidão, onde com bons colegas convivi, professores (personagens) que me orientaram, enfim, minhas boas recordações de infância e adolescência.
A Páscoa do Pio XI, provavelmente 1974 ou 1975
As fotos a seguir foram de eventos do Colégio. A dança do candomblé exibida no teatro municipal nos meados da década de 70 mostrava o respeito do colégio às outras manifestações religiosas:
Na outra, eu e os filhos de Armando Hamadan (Hussein e Magida) se preparando para o desfile de 11 de outubro, que também existia tradição de desfile e que manifestava mais presença de fantasias do que cadencia de militar ao andar:
As fotos a seguir foram durante os desfiles cívicos período militar, onde existia um rigor de todos os alunos desfilarem, salvo justificativa:
Desfile de 7 de setembro no fim da década de 70
Desfile Pio XI – Pelotão Especial
Desfile do Pio XI – 49 anos
Desfile do início da década de 80
Também para mim foi muito simbólico ser a porta bandeira do colégio no meu ultimo ano do colégio, sabia que era uma despedida e que aquilo não voltava mais, por mais que muitos reclamassem do calor, da roupa inapropriada e o peso da bandeira de veludo "cutelê", nada impedia de saber que era um momento que eu deveria agradecer, pois estaria representando meu colégio pela ultima vez.
Desfile de 1983 como Porta-Bandeira
Último desfile de 1983
É claro que desfilar no pelotão especial era concorrido, e também desprendia financeiramente, pois o aluno “bancava” a indumentária extra, mas reconheço que me sentia feliz, eu tinha muito orgulho pelo colégio, fui aluna do jardim de infância ( 1971) ao 3º ano cientifico (1983), não tive portanto outro colégio, e por ele me emociono, vivi este colégio como se fosse a extensão da minha casa, muitas vezes não restrito a um expediente.
Deu-me uma profunda tristeza ter visto e vivenciado o “fechamento”, exatamente quando meus filhos estudavam lá em 2004, quando no retorno das férias fui surpreendida com a notícia, doeu muito pelo fato de ter sido ex-aluna de lá, mais do que pelo prejuízo de fardas e livros que teria que comprar em outro colégio.
Deu-me uma profunda tristeza ter visto e vivenciado o “fechamento”, exatamente quando meus filhos estudavam lá em 2004, quando no retorno das férias fui surpreendida com a notícia, doeu muito pelo fato de ter sido ex-aluna de lá, mais do que pelo prejuízo de fardas e livros que teria que comprar em outro colégio.
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Ainda iremos retornar ao assunto Pio XI, através das lembranças de um ex-aluno da instituição. Aguardem...
Soahd Rached é uma memorialista nata de Campina Grande. Deveria se dedicar a escrever a história daquela instituição de ensino. Parabéns pela postagem e pelas fotos.