A QUEDA DO FUTEBOL DE PELADA DA CIDADE
Atualmente é muito difícil organizar e manter um bom time na nossa cidade. As diversões a que as pessoas têm acesso são muito mais variadas e em maior número que antigamente. A programação da televisão aberta, a tv por assinatura, vídeos, shopping, vaquejada e muitos outros entretenimentos fazem diminuir o interesse para o futebol de pelada aos domingos e feriados.
Hoje pra se formar um time é preciso dar chuteira, buscar o jogador em casa e ainda adular para que ele jogue. Antigamente os jogadores vinha a pé ou ficavam na beirada da estrada pegar carona e várias vezes fez o trajeto até o jogo. Jogava por prazer.
Por isso que dificilmente vemos grandes jogos nos campos do interior como antigamente. Resta-nos a nostalgia daqueles tempos e assistir as raras peladas de hoje, que se não são grandes jogos, pelo menos são engraçadas. E o fato de ir para a beirada de um campo encontrar os amigos, tomar algumas biritas e xingar o juiz, ainda é uma terapia maravilhosa. Não há estresse que resista.
S.O.S FUTEBOL PELADA DE CAMPINA GRANDE
Há uma nuvem de saudade sobre Campina Grande, com o crescimento da cidade e conseqüentemente o fim dos "campinhos de Pelada", o mercado imobiliário passou o trator em cima e a omissão dos políticos deu a extrema unção. Ficou muito pouco. É uma história parecida com o Carnaval que foi sepultado. Devemos brigar pelo que resta e espantar as ameaças. O futebol de pelada de Campina Grande pede socorro. O que resta hoje desse futebol popular são poucos campos preservados à força, mostrando que a cidade perdeu para sempre. O grande futebol de pelada de Campina Grande que era bonito de se ver passou, uma bonita historia que pode interessar a estudantes e pesquisadores. Mas eu acho que por mais que se dediquem jamais vão conseguir recapturar o clima daqueles domingos quando velhos caminhões ou carros cruzavam a cidade inteira carregando jogadores para batalhas incertas pelos campos da cidade. Os jogadores passavam batucando, amontoados perigosamente na carroceria dos caminhões ou nos onibus. No fim da manha ou da tarde passavam de volta, alguns mais silenciosos, outros mais barulhentos ainda do que quando foram, batucando mais forte, comemorando a vitória. O som desses caminhões ou onibus foi durante muitos anos o som dos domingos e eu nunca vou esquecê-los.
No lugar dos campos, desses times hoje erguem-se edifícios com enormes grades protegendo seus moradores. E o futebol, que antes era nos campinhos de pelada, agora acontece na sala de visitas, pela televisão. Desses clubes ou times formados por grupos de amigos surgiram craques que fizeram sucesso nas principais equipes de Campina Grande.
Ufa! Acho que nos empolgamos nos arroubos saudosistas e nos esquecemos de terminar . Por isso informamos que os fatos narrados aqui são apenas um pouco da nossa historia, que foi resgatada com muito carinho através de depoimentos de antigos jogadores e dirigentes e também só foram possível, graças à colaboração de muitos abnegados, na certa alguns nomes de alguns times e jogadores foram esquecidos, mas à medida que fomos identificando-os faremos contar na historia. E temos certeza que a História do nosso futebol de pelada só existiu graças a todos que com desprendimento ajudaram a escrevê-la. A todos que participaram direta ou indiretamente desses fatos, o nosso muito obrigado!
Finalizamos deixando também registrado que fique claro que isto não é uma história oficial. Na verdade, isto não é sequer uma história: são apenas reminiscências pessoais, parciais e incompletas, escritas ao correr das teclas do computador, falhando onde a memória falha. Parciais, porque baseadas nas lembranças de alguma pessoa, e incompletas porque, infelizmente, alguns fatos e acontecimentos que foram armazenados na minha memória grandes parte destas lembranças já estão irremediavelmente perdidas. Dedico estas reminiscências a todos aqueles jogadores, dirigentes e torcedores, verdadeiros abnegados, que fizeram a grandeza do futebol de pelada da cidade de Campina Grande e pela belíssima contribuição que deram para a formação de bons craques e grandes seres humanos.
Reconheço a importância dessa modalidade esportiva na minha vida, onde, desde a infância foi motivo para consolidar minhas verdadeiras amizades. Movido pelas perdas de algumas delas, em função das leis que regem nossa existência, foi que resolvi homenagear ex atletas e alguns dos meus amigos para estas pequena historia aqui apresentadas, Espero, sinceramente, que essas reminiscência seja útil não somente a nossa comunidade de amigos, como a outras comunidades desse nosso imenso país.
Jobedis Magno de Brito Neves
Atualmente é muito difícil organizar e manter um bom time na nossa cidade. As diversões a que as pessoas têm acesso são muito mais variadas e em maior número que antigamente. A programação da televisão aberta, a tv por assinatura, vídeos, shopping, vaquejada e muitos outros entretenimentos fazem diminuir o interesse para o futebol de pelada aos domingos e feriados.
Hoje pra se formar um time é preciso dar chuteira, buscar o jogador em casa e ainda adular para que ele jogue. Antigamente os jogadores vinha a pé ou ficavam na beirada da estrada pegar carona e várias vezes fez o trajeto até o jogo. Jogava por prazer.
Por isso que dificilmente vemos grandes jogos nos campos do interior como antigamente. Resta-nos a nostalgia daqueles tempos e assistir as raras peladas de hoje, que se não são grandes jogos, pelo menos são engraçadas. E o fato de ir para a beirada de um campo encontrar os amigos, tomar algumas biritas e xingar o juiz, ainda é uma terapia maravilhosa. Não há estresse que resista.
S.O.S FUTEBOL PELADA DE CAMPINA GRANDE
Há uma nuvem de saudade sobre Campina Grande, com o crescimento da cidade e conseqüentemente o fim dos "campinhos de Pelada", o mercado imobiliário passou o trator em cima e a omissão dos políticos deu a extrema unção. Ficou muito pouco. É uma história parecida com o Carnaval que foi sepultado. Devemos brigar pelo que resta e espantar as ameaças. O futebol de pelada de Campina Grande pede socorro. O que resta hoje desse futebol popular são poucos campos preservados à força, mostrando que a cidade perdeu para sempre. O grande futebol de pelada de Campina Grande que era bonito de se ver passou, uma bonita historia que pode interessar a estudantes e pesquisadores. Mas eu acho que por mais que se dediquem jamais vão conseguir recapturar o clima daqueles domingos quando velhos caminhões ou carros cruzavam a cidade inteira carregando jogadores para batalhas incertas pelos campos da cidade. Os jogadores passavam batucando, amontoados perigosamente na carroceria dos caminhões ou nos onibus. No fim da manha ou da tarde passavam de volta, alguns mais silenciosos, outros mais barulhentos ainda do que quando foram, batucando mais forte, comemorando a vitória. O som desses caminhões ou onibus foi durante muitos anos o som dos domingos e eu nunca vou esquecê-los.
No lugar dos campos, desses times hoje erguem-se edifícios com enormes grades protegendo seus moradores. E o futebol, que antes era nos campinhos de pelada, agora acontece na sala de visitas, pela televisão. Desses clubes ou times formados por grupos de amigos surgiram craques que fizeram sucesso nas principais equipes de Campina Grande.
Ufa! Acho que nos empolgamos nos arroubos saudosistas e nos esquecemos de terminar . Por isso informamos que os fatos narrados aqui são apenas um pouco da nossa historia, que foi resgatada com muito carinho através de depoimentos de antigos jogadores e dirigentes e também só foram possível, graças à colaboração de muitos abnegados, na certa alguns nomes de alguns times e jogadores foram esquecidos, mas à medida que fomos identificando-os faremos contar na historia. E temos certeza que a História do nosso futebol de pelada só existiu graças a todos que com desprendimento ajudaram a escrevê-la. A todos que participaram direta ou indiretamente desses fatos, o nosso muito obrigado!
Finalizamos deixando também registrado que fique claro que isto não é uma história oficial. Na verdade, isto não é sequer uma história: são apenas reminiscências pessoais, parciais e incompletas, escritas ao correr das teclas do computador, falhando onde a memória falha. Parciais, porque baseadas nas lembranças de alguma pessoa, e incompletas porque, infelizmente, alguns fatos e acontecimentos que foram armazenados na minha memória grandes parte destas lembranças já estão irremediavelmente perdidas. Dedico estas reminiscências a todos aqueles jogadores, dirigentes e torcedores, verdadeiros abnegados, que fizeram a grandeza do futebol de pelada da cidade de Campina Grande e pela belíssima contribuição que deram para a formação de bons craques e grandes seres humanos.
Reconheço a importância dessa modalidade esportiva na minha vida, onde, desde a infância foi motivo para consolidar minhas verdadeiras amizades. Movido pelas perdas de algumas delas, em função das leis que regem nossa existência, foi que resolvi homenagear ex atletas e alguns dos meus amigos para estas pequena historia aqui apresentadas, Espero, sinceramente, que essas reminiscência seja útil não somente a nossa comunidade de amigos, como a outras comunidades desse nosso imenso país.
Jobedis Magno de Brito Neves
(Ex-jogador do inesquecível e fantástico futebol de pelada de Campina Grande)
Parabéns Jobedis ! você é realmente um amante do futebol de pelada. ao ler esse texto que relata, como bem disse você, fiz uma verdadeira viagem no tempo, lembrando grandes momentos do futebol de pelada de campina grande. Lembro-me dos torneios que eram realizados no C.S.U do monte santo, é preciso que as autoridade e a sociedade como um todo se mobilizem no sentido de
resgatar essa história, criando um memorial ( museu do esporte) onde possam ser guardado esse material. rever espaços como os campos de peladas onde por muitas vezes joguei, trás um sentimento de alegria por ter feito parte dessa história, mas, ao mesmo tempo a tristeza de saber que a maioria desses espaços ( campos) já não existem mais. aqui vai uma ideia para que possa ser feito uma tentativa de resgatar as práticas do futebol de pelada da cidade: acionar o poder público através de eventos programados ( torneios de futebol), para que façam a desapropriação de áreas mais afastada da especulação imobiliária e fazer vários campos.