Serviço de Utilidade Pública - Lei Municipal nº 5096/2011 de 24 de Novembro de 2011
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Exemplo de um Cobogó (Google Images)
Em 1964 Campina Grande estava em festa, comemorando seu primeiro centenário. Em meio as comemorações, um senhor chamado Antônio Bento Guerra, que trabalhava no fundo do quintal de sua casa na rua José de Alencar na Prata, resolveu criar o chamado "Cobogó do Centenário". Um cobogó, segundo o wikipedia é a denominação dada a elementos vazados, normalmente feitos de cimento, que completam paredes e muros para possibilitar maior ventilação e luminosidade no interior de um imóvel, seja residencial, comercial ou industrial. O historiador Mario Vinicius Carneiro Medeiros, profundo conhecedor de nossa história, relatou o seguinte ao blog RHCG: "O cobogó é uma invenção genuinamente nordestina, sendo idealizado pelos engenheiros Coimbra, Boeckman e Góes, quando da construção da caixa d'água de Olinda (PE). O nome é a junção da primeira sílaba de cada um deles. Em uma residência daqui de Campina Grande, há este conjunto bem interessante, da época do primeiro centenário da emancipação de nossa cidade. Agradecimento ao colega Eduardo Rodrigues, que gentilmente fotografou esta raridade em uma cidade cada vez mais sem memória arquitetônica." A foto que o professor Mario relatou é a que pode ser visualizada abaixo:



O colaborador Philemon Brito nos mandou outra interessante imagem: "passando pela Rua Ruy Barbosa, observei esses 'cobogós, os quais lembro-me, foram muitos usados nos anos próximos a 1964, ano das comemorações do centenário de Campina Grande. Ou seja, no início da década de 60 começou a aparecer esse material que se via em muitas construções. Hoje é raro se ver em algum lugar", disse Philemon. O registro é o que se segue:


Ao postarmos a imagem de Philemon em nossa fanpage do Facebook, para a nossa satisfação, familiares do senhor Antônio Bento Guerra deixaram alguns comentários, destacando-se a de Ronald Ferreira: "Que satisfação ver essa imagem! Pensava que não existia mais. Esse combogó foi criado pelo meu avô (Antonio Bento Guerra) que distribuia todo seu material (Pia granito, combogós e etc) para a fabrica J. Montano Leite (hoje extinta) na rua João Pessoa. Depois, seu Bento (meu avô) passou sua arte de trabalhar com concreto para o meu pai Raimundo Nonato Guerra, que desenvolveu outros combogós e pré moldados."

Não estranhem a grafia "combogó" citada por Ronald, também era muito usada na região Nordeste. Vários seguidores de nosso blog deixaram alguns comentários sobre a imagem, que até anos atrás, era uma figura fácil nas casas mais antigas de nossa cidade. A destacar (mantivemos o texto escrito original):

João Lima La na Prata, vizinho a minha casa, existe uma casa onde tem um desses !

Lizandra De Vasconcelos Na casa q morei qd era criança nos anos 80 ainda tinha,meu pai mandou fazer a parede da varanda disso.pena q nao tenho foto!

Flávio Evangelista Na esquinha da Rua São Francisco com a Vigolvino Wanderley, tem uma casa com esse Combogó comemorativo.

Luzinete Machado Na casa de mamãe tinha ...depois de uma reforma foi retirado.

***

Mais um "Retalho" da história de Campina Grande. Agradecemos a todos que participaram desta postagem.

2 comentários

  1. Bráulio Nóbrega on 2 de abril de 2015 às 11:15

    Que detalhe bonito da nossa História.

     
  2. Anônimo on 2 de abril de 2015 às 13:17

    Este blog é deveras beautiful que só a porra

     


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