Serviço de Utilidade Pública - Lei Municipal nº 5096/2011 de 24 de Novembro de 2011
Criado por Adriano Araújo e Emmanuel Sousa
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Na nossa busca pelos "retalhos" da história campinense, encontramos nos arquivos do Diário da Borborema uma coluna do saudoso Humberto de Campos, quando ele relembrava Rosil Cavalcanti, contando como aconteceu a morte de um dos maiores agentes culturais da história desta cidade. Intitulada "Rosil: 17 anos", a coluna foi publicada no DB em 1985:

ROSIL: 17 ANOS
Foi no ontem já longínquo ano de 1968, no entanto parece que foi ontem, que perdemos Rosil Cavalcanti num dia 10 de julho.

Como esquecer se quase até a hora da morte estivemos lado a lado.

Começou no velho e saudoso palco do auditório da Rádio Borborema com o mesmo apresentando Retalhos do Sertão, sempre às 8 da manhã.

Continua na minha sala com a sua pressa em gravar a Patrulha da Cidade que ainda não havia sido redigida integralmente por Deodato.

Durante a Patrulha, brincamos alegremente com a paródia da música que a produção fizera com um tal de Josil, ladrão de carros, a quem eu de propósito chamava Rosil, justo com a música do primeiro sucesso do grande compositor: Meu Cariri.

Depois foi a compra de um gravador Crawn-Corder na Socic, devidamente autorizado por Mousinho, que fizera vibrar o apresentador do Forró de Zé Lagoa, o qual poderia deixar seus comerciais devidamente gravados quando fosse fazer suas pescarias.

Por último, violento e fatal infarto.

Ainda fui com Amauri e Mousinho ao Pronto Socorro, onde o enfermeiro Guaracy aplicava desesperadas massagens em seu coração.

Debalde todo o esforço.

Naquele resto de ano ainda aconteceriam muitas coisas. Fui conhecer o Piauí, onde o Campinense levou duas surras, sendo uma pela Taça Brasil, "seu" Cabral ganhou a campanha para prefeito, mas perdeu na soma de votos. Ronaldo assumiu e foi cassado posteriormente e Vital foi o principal prejudicado, com a morte do seu compositor exclusivo.

Parece que foi ontem, no entanto já transcorreram 17 anos.

Em tempo: - Não foi celebrada ontem (1985), pela primeira vez nesses 17 anos, nenhuma missa em sufrágio da alma de Rosil. Simplesmente não havia nenhum padre disponível.

Por Humberto de Campos

***

Uma das maiores raridades recebidas pelo blog, contando com a ajuda do colaborador Sylvio Rogerio, foi o áudio de um programa de Humberto de Campos na Rádio Borborema, quando ele relatava a morte do amigo, inclusive com um áudio raríssimo de Rosil, gravado no próprio gravador que ele comprou no dia de sua morte. O post pode ser acessado clicando-se AQUI.

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