Na nossa busca pelos "retalhos" da história campinense, encontramos nos arquivos do Diário da Borborema uma coluna do saudoso Humberto de Campos, quando ele relembrava Rosil Cavalcanti, contando como aconteceu a morte de um dos maiores agentes culturais da história desta cidade. Intitulada "Rosil: 17 anos", a coluna foi publicada no DB em 1985:
ROSIL: 17 ANOS
ROSIL: 17 ANOS
Foi no ontem já longínquo ano de 1968, no entanto parece que foi ontem, que perdemos Rosil Cavalcanti num dia 10 de julho.
Como esquecer se quase até a hora da morte estivemos lado a lado.
Começou no velho e saudoso palco do auditório da Rádio Borborema com o mesmo apresentando Retalhos do Sertão, sempre às 8 da manhã.
Continua na minha sala com a sua pressa em gravar a Patrulha da Cidade que ainda não havia sido redigida integralmente por Deodato.
Durante a Patrulha, brincamos alegremente com a paródia da música que a produção fizera com um tal de Josil, ladrão de carros, a quem eu de propósito chamava Rosil, justo com a música do primeiro sucesso do grande compositor: Meu Cariri.
Depois foi a compra de um gravador Crawn-Corder na Socic, devidamente autorizado por Mousinho, que fizera vibrar o apresentador do Forró de Zé Lagoa, o qual poderia deixar seus comerciais devidamente gravados quando fosse fazer suas pescarias.
Por último, violento e fatal infarto.
Ainda fui com Amauri e Mousinho ao Pronto Socorro, onde o enfermeiro Guaracy aplicava desesperadas massagens em seu coração.
Debalde todo o esforço.
Naquele resto de ano ainda aconteceriam muitas coisas. Fui conhecer o Piauí, onde o Campinense levou duas surras, sendo uma pela Taça Brasil, "seu" Cabral ganhou a campanha para prefeito, mas perdeu na soma de votos. Ronaldo assumiu e foi cassado posteriormente e Vital foi o principal prejudicado, com a morte do seu compositor exclusivo.
Parece que foi ontem, no entanto já transcorreram 17 anos.
Em tempo: - Não foi celebrada ontem (1985), pela primeira vez nesses 17 anos, nenhuma missa em sufrágio da alma de Rosil. Simplesmente não havia nenhum padre disponível.
Por Humberto de Campos
Como esquecer se quase até a hora da morte estivemos lado a lado.
Começou no velho e saudoso palco do auditório da Rádio Borborema com o mesmo apresentando Retalhos do Sertão, sempre às 8 da manhã.
Continua na minha sala com a sua pressa em gravar a Patrulha da Cidade que ainda não havia sido redigida integralmente por Deodato.
Durante a Patrulha, brincamos alegremente com a paródia da música que a produção fizera com um tal de Josil, ladrão de carros, a quem eu de propósito chamava Rosil, justo com a música do primeiro sucesso do grande compositor: Meu Cariri.
Depois foi a compra de um gravador Crawn-Corder na Socic, devidamente autorizado por Mousinho, que fizera vibrar o apresentador do Forró de Zé Lagoa, o qual poderia deixar seus comerciais devidamente gravados quando fosse fazer suas pescarias.
Por último, violento e fatal infarto.
Ainda fui com Amauri e Mousinho ao Pronto Socorro, onde o enfermeiro Guaracy aplicava desesperadas massagens em seu coração.
Debalde todo o esforço.
Naquele resto de ano ainda aconteceriam muitas coisas. Fui conhecer o Piauí, onde o Campinense levou duas surras, sendo uma pela Taça Brasil, "seu" Cabral ganhou a campanha para prefeito, mas perdeu na soma de votos. Ronaldo assumiu e foi cassado posteriormente e Vital foi o principal prejudicado, com a morte do seu compositor exclusivo.
Parece que foi ontem, no entanto já transcorreram 17 anos.
Em tempo: - Não foi celebrada ontem (1985), pela primeira vez nesses 17 anos, nenhuma missa em sufrágio da alma de Rosil. Simplesmente não havia nenhum padre disponível.
Por Humberto de Campos
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Uma das maiores raridades recebidas pelo blog, contando com a ajuda do colaborador Sylvio Rogerio, foi o áudio de um programa de Humberto de Campos na Rádio Borborema, quando ele relatava a morte do amigo, inclusive com um áudio raríssimo de Rosil, gravado no próprio gravador que ele comprou no dia de sua morte. O post pode ser acessado clicando-se AQUI.
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