Serviço de Utilidade Pública - Lei Municipal nº 5096/2011 de 24 de Novembro de 2011
Criado por Adriano Araújo e Emmanuel Sousa
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QUAL ASSUNTO VOCÊ ESTÁ PROCURANDO?



Flagra de dois políticos paraibanos na Constituinte de 1988. O primeiro da esquerda para a direita é Raimundo Lira, o dono da empresa Cavesa em Campina Grande. O segundo, ao lado de Ulisses Guimarães (esquerda) é Humberto Lucena.




Trecho da Avenida Floriano Peixoto, esquina com a Maciel Pinheiro no ano de 1932. Ao fundo, lado esquerdo, ficava a residência de Neco Belo.
O Bairro de Bodocongó já foi alvo de alguns tópicos aqui no blog, devido a sua importância tanto histórica, como cultural. Hoje iremos falar do Açude, que criado nos primórdios do século XX, tornou-se um cenário imprescindível e importante daquele bairro, pelo menos visualmente.

O manancial foi idealizado por conta da escassez de água na cidade, já que o Açude Velho e o Açude Novo (hoje soterrado), não mais estavam suportando o fluxo necessário para o crescimento local.

Na administração de Cristiano Lauritzen, o homem que transformou Campina Grande, foi trazido a cidade um engenheiro da Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas (IFOCS), de nome Miguel Arrojado, que no então Sítio Ramada, localizado na “Serra da Catarina”, bacia do Bodocongó, a 6 km do centro da cidade, seria o responsável pelos inícios das obras do novo açude, no ano de 1915.


Segundo o Diário da Borborema, o açude seria concluído no dia 15 de janeiro de 1917, sendo entregue à população em 11 de fevereiro do mesmo ano.

Porém, um grande problema foi logo constatado: a água era salobra. Todo a vultosa quantia investida foi de certa forma, jogada no limbo.

Ironicamente, o açude caiu nas graças da cidade, tornando-se um ponto de lazer, inclusive com passeios de barcos. Ao seu redor começaram a surgir empresas, destacando-se o “Curtume Vilarim”, e o famoso Matadouro, além de servir de alicerce para o surgimento do célebre bairro.

Fontes Pesquisadas:

Diário da Borborema
Foto em cores do açude retirada da comunidade de Campina Grande no Orkut


Local bastante conhecido no Centro de Campina Grande, a Rua Monsenhor Sales teve como referência nestas últimas décadas o "Beco do 31 Drinks Bar".

Porém, a origem da nomenclatura da localidade remota à década de 20 onde, àquele prédio funcionava o Clube Renascença 31, no edifício de esquina à antiga Praça Epitácio Pessoa, vizinho ao sobrado de Christiano Lauritzen.


Atualmente, a edificação ainda existe porém, escondida por trás da loja Damyller, antiga Livraria Pedrosa. Nesta segunda foto, de 1925, é possível identificar o local onde fora o Grêmio Renascença 31, ao lado direito, vizinho ao Casarão dos Lauritzen (hoje utilizado como restaurante), à Rua Maciel Pinheiro.

Em toda extensão da imagem, são vistos táxis, antigamente chamados "carros-de-praça".





A foto é creditada ao início da década de 1950. Após a modernização implantada no governo Vergniaud Vanderley que promoveu a abertura do novo eixo viário na cidade, a Avenida Floriano Peixoto.

Em sua circunvizinhança, à foto é possível elencar, através dos ítens numerados: 1-Pç Clementino Procópio; 2-Cine Capitólio; 3-Local onde ficava a Igreja do Rosário (demolida); 4-Pç da Bandeira; 5-Edf. dos Correios e Telégrafos; 6-Rua Venâncio Neiva. [Fonte: MHCG]

De acordo com o médico campinense, Dr. José Morais Lucas, em um dos seus textos no portal Paraiba On Line, encontramos o elenco de todos os postulantes que um dia sonharam com a gestão do município de Campina Grande, no período compreendido entre 1947 e 2004.

Em 14 pleitos disputados houveram 38 concorrentes e, curiosamente, Enivaldo Ribeiro desponta como o concorrente com maior número de participações, no total de quatro eventuais candidaturas, das quais, sagrou-se eleito em 1976.

Seguindo uma linha cronológica, teremos a seguinte planilha das disputas:

1947 – Elpídio de Almeida (eleito) e Veneziano Vital do Rego;
1951 – Plínio Lemos (eleito), Argemiro de Figueiredo e Antonio Rodembusch;
1955 – Elpídio de Almeida (eleito) e Severino Cabral;
1959 – Severino Cabral (eleito) e Newton Rique;
1963 – Newton Rique (eleito) e Langsteine Almeida;
1968 – Ronaldo Cunha Lima (eleito), Severino Cabral, Vital do Rego, Plinio Lemos, Osmar de Aquino e Stênio Lopes;
1972 – Evaldo Cruz (eleito), Juracy Palhano e Nestor Alves de Melo Filho;
1976 – Enivaldo Ribeiro (eleito), Ivandro Cunha Lima, Orlando Almeida e Juracy Palhano;
1982 – Ronaldo Cunha Lima (eleito), Vital do Rego, Moisés Lira Braga, Edgard Malagodi, Geraldo Magela, Manoel Barbosa e Hermano Neponuceno;
1988 – Cássio Cunha Lima (eleito), Enivaldo Ribeiro, Jairo de Oliveira, Edvaldo do Ó e Williams Arruda;
1992 – Felix Araújo Filho (eleito), Enivaldo Ribeiro, Álvaro Gaudêncio Neto, Antonio Pereira e David Lobão;
1996 – Cássio Cunha Lima (eleito), Enivaldo Ribeiro, Edgard Malagodi e Raimundo Braga;
2000 – Cássio Cunha Lima (eleito), Enivaldo Ribeiro e Vital do Rego Filho;
2004 – Veneziano Vital do Rego Neto (eleito), Rômulo Gouveia, Cozete Barbosa, Lídia Moura e José Araújo;
2008 - Veneziano Vital do Rego Neto (eleito), Rômulo Gouveia, Érico Feitosa e Sizenando Leal.

Fonte de Consulta: http://www.paraibaonline.com.br/coluna.php?id=33&nome=Exemplo%20a%20ser%20seguido


Um marco para a fundamentação de Campina Grande como pólo tecnológico foi a instalação da Escola Politécnica da Paraíba, em 1952.

Nestas fotos apresentadas, está um dos momentos pilares do processo de automação tecnológica da instituição, a instalação do Computador IBM 1130, em 1968.





Vale ressaltar que o computador necessitava de toda uma sala para sua instalação e permanência. Na primeira foto é possível ver o processador (CPU) e, na segunda foto o console leitor de cartões e unidade de discos. Detalhe para a presença do tribuno Antonio Vital do Rêgo que, neste mesmo ano de 1968, disputaria a campanha para prefeito de Campina Grande, vindo a ser derrotado por Ronaldo Cunha Lima.

Fonte pesquisada: Projeto Memória Ciência e Tecnologia em CG (http://www.ch.ufcg.edu.br/pmemoria/fotos.html)

Nesta foto, é possível identificar a Catedral de Nossa Senhora da Conceição, à esquerda e, em segundo plano, bem lá atrás, partes superiores do Grande Hotel (hoje Sec. Administração PMCG) e da antiga Prefeitura Municipal (hoje Biblioteca Municipal Félix Araújo).

A edificação em primeiro plano, ao lado direito, até alguns anos conservava sua arquitetura original, onde já alocara comércios como Kannal Vídeo, Kannal Veículos e, atualmente, funciona um comércio de bijuterias e locação de roupas. De acordo com um comentário postado (anônimo), esta casa era a residencia do Dr. Elpidio de Almeida, ex prefeito de Campina Grande!
No centenário de Campina Grande em 1964, a cidade foi agraciada com alguns eventos e homenagens. Já falamos de dois acontecimentos aqui nesse blog, um torneio de futebol com as duas principais equipes da cidade, que foi vencido pelo Náutico de Recife e a gravação de um compacto com duas canções em homenagem a Campina, destacando-se a célebre “Tropeiros da Borborema”, também alvo de um tópico anterior do blog.

Todavia, a principal homenagem daquele ano foi sem dúvida, o Monumento em homenagem aos Tropeiros, que acabou se tornando o cartão postal da cidade de Campina Grande. Essa edificação foi em homenagem aos índios Cariris, aos Jesuítas e aos Tropeiros, localizando-se as margens do Açude Velho, outro grande ponto turístico da “Rainha da Borborema”.


Segundo o Livro Memorial Urbano de Campina Grande, os índios cariris, habitavam a região semi-árida da Paraíba, conhecida hoje como Cariris Velhos e em Campina Grande, embora essa área fosse domínio dos tairairus. A Palavra "cariris" é de origem indígena (kiriri-Cariri), que significa taciturno, silencioso e calado.


Os “Jesuítas” eram membros da Sociedade de Jesus ou Companhia de Jesus, ordem religiosa fundada por Inácio de Loyola (1491-1556).

Já os Tropeiros eram comerciantes que ajudaram a colonizar nossa cidade. Ficaram famosos com seus burros que ajudavam a carregar os produtos que vendiam, além de estarem sempre em grupos.


Infelizmente, o monumento hoje está sujo, feio, merecendo sem dúvida uma boa reforma.


Fontes Utilizadas:

-Fotos encontradas na Comunidade de Campina Grande no Orkut
-Livro Memorial Urbano de Campina Grande de José Edmilson Rodrigues
-Dicionário Aurélio 
Regina Barbosa nasceu em 1940 e é mais conhecida como “Poroca”. Já Maria Barbosa, nascida em 1944, também é mais conhecida como “Maroca” ou “Lia”. Nascida em 1950, Francisca da Conceição Barbosa, da mesma maneira, é conhecida por outros dois nomes: “Indaiá” ou “Gueão”. As três são cegas de nascença e passaram a infância e juventude cantando nas feiras do interior dos Estados de Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte, Alagoas e, é claro, Paraíba.

Em meados dos anos 70, elas passaram a viver em Campina Grande em companhia da mãe e de outros 14 parentes e agregados, a quem sustentavam com as ofertas em dinheiro que conseguiam cantando no centro da cidade.

Foram protagonistas do filme "A pessoa é para o que nasce",de Roberto Berling e modelos da nova campanha da marca Cavalera. Receberam os Títulos de Mestres das Artes por propositura de uma ONG.


Vídeos:


Reportagem da Rede Globo:


Reportagem da TV Itararé:




Registro raro de uma visita do então presidente Juscelino Kubitschek a Campina Grande. As fotos são da inauguração da 1ª adutora do Açude de Boqueirão, em julho de 1960, registrando o corte da fita inaugural da represa construída pelo DNOCS.

Esta obra consolidava assim, a política de serviços hídricos do Governo Federal para a região Nordeste, que foi sempre a construção de grandes açudes, obras que eram apresentadas como a solução definitiva para a deficiência hídrica do local e que pelo tamanho impressionava a população.

A construção do açude de Boqueirão solucionou o grave problema de abastecimento d'água de Campina Grande, pois a cidade ressentia-se de fontes de águas potáveis para a sua população, desde a inauguração do seu abastecimento urbano em 1939, em que tinha como fornecedora a represa de Vaca Brava, situada nas proximidades do município de Areia, no Agreste paraibano.

A segunda foto, registra por trás do presidente, o senador Ruy Carneiro. O segundo da esquerda para a direita, é o exportador de algodão Alvino Pimentel. O presidente perguntou ao compadre Alvino o que ele queria. Respondeu: "para mim não quero nada, mas para Campina Grande peço uma adutora".

Fontes Utilizadas:

Diário da Borborema
Jornal da Paraíba (Coluna de William Tejo)
Em 1968, Garrincha viria a Paraíba para um jogo especial. Vestiria a camisa do glorioso "Galo da Borborema", em partida amistosa contra a Seleção da Romênia, que dois depois disputaria a Copa do Mundo do México, sendo inclusive um dos adversários do Brasil.

 
Garrincha com a camisa do Treze

Dizem as "más línguas", que Mané antes do jogo estava totalmente embriagado, talvez em sofrimento por sua eterna musa Elza Soares. O fato é que mesmo perdendo o jogo por 2 a 1, aquela tarde no velho Estádio Presidente Vargas, jamais seria esquecida pela massa trezeana. A boa notícia sobre esse acontecimento é que existem imagens em vídeo sobre esse jogo. A ruim é que, talvez, elas dificilmente serão vistas pelos torcedores do Treze, já que são de acervo particular.

O saudoso jornalista Alberto de Queiroz entrevista Mané

Em 2008, a TV Paraíba fez uma interessante reportagem sobre a partida, a qual nossos internautas podem acessar abaixo:



Ficha técnica do jogo:
Treze 1x2 Romênia
Data: 08/02/1968
Competição: Amistoso
Local: Estádio Presidente Vargas - Campina Grande-PB
Treze: Elias; Janca, Antonino e Leduar; Mané e Nilton; Garrincha (Paluca), Lima, Chicletes, Pedrinho e Zé Luiz
Marcador: Leduar

Fontes Utilizadas:
Fotos do acervo de Professor Mário Vinicius Carneiro
A história política talvez, seja a que mais rapidamente muda na humanidade. Na política paraibana isso não é diferente. Vejam essa interessante foto dos "amigos" José Maranhão e Cássio Cunha Lima, antes do rompimento de 1998:


Agora relembrem um trecho, do não tão amistoso assim, debate para Governador de 2006, em imagens da TV Paraíba:




Ao ensejo em que comemoramos a Semana da Pátria, face ao 7 de Setembro vindouro, postamos uma foto que mostra um desfile cívico em comemoração a Independência do Brasil.

O enquadramento é da Rua Marques do Herval.

Ao fundo vemos a Praça Clementino Procópio (antiga Praça do Coreto), ao lado direito está a Igreja do Rosário, criminosamente demolida em 1940, para abertura da Avenida Floriano Peixoto, durante a reforma urbana promovida por Vergniaud Vanderley. Esta igreja ficava aproximadamente onde está o monumento na frente do Cine Capitólio, vizinho ao abrigo Maringá.
 
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