Egresso da capital cearense, Fortaleza, em 1942, Raymundo Yasbeck Asfora aporta em Campina Grande aos 12 anos de idade em companhia dos pais libaneses. Aos 18 anos já militava nos movimentos estudantis, atuando bravamente na restauração de um dos maiores instrumentos de defesa da classe discente, o Grêmio Estudantil Campinense.
Foi luta sua o início da construção da Casa do Estudante, mais tarde nomeada de Casa Félix Araújo.
Aos 18 anos, parte para cursar a Faculdade de Direito na cidade de Recife, em Pernambuco, retornando a Campina Grande no ano de 1952 para assumir a Secretaria de Serviço Social na gestão do prefeito Plínio Lemos. Sua colaboração na administração municipal lhe confere a oportunidade de ser eleito vereador pelo PTB, em 1955, tornando-se líder da oposição ao prefeito eleito Elpídio Josué de Almeida, com mandato findo em 1959.
Aliando sua atuação como legislador à prática forense, Asfora, um dos maiores tribunos que Campina Grande já contemplou, foi aclamado o mais popular advogado em 1957 pela realização de grandes júris populares.
Foi eleito deputado estadual em 1958, agora pelo PSB, quando em projeto de sua autoria nomeou aquela Casa Legislativa de Casa Presidente Epitácio Pessoa.
Na década de 60, foi Assessor do Ministro João Agripino, quando do governo do presidente João Goulart, em 1961, procurador da Fazenda Estadual-PB, em 1962 e em 1964 assumiu, como suplente, mandato na Câmara Federal de Deputados, para onde voltaria em 1982, desda feita pelo PMDB.
Compondo a chapa majoritária, em 1976, elege-se vice-prefeito de Campina Grande pela ARENA, ao lado de Enivaldo Ribeiro, cumprindo mandato de 1977 a 1982.
No ano de 1986, durante a escolha da chapa que disputaria as eleições daquele ano, aceitou a indicação do seu nome para vice-governador, neste mesmo ínterin, surge a figura, quase que infante de Cássio Cunha Lima herdando seus votos, como representante do povo paraibano no Congresso Nacional.
A aliança de grandes nomes peemedebistas elege Tarcísio Burity governador e Raymundo Asfora seu vice em 15 de Novembro de 1986.
Sob clima de muito mistério, Raymundo Asfora é encontrado morto em sua residência, à Granja Uirapurú (Antiga Biblioteca Central Campus I-UEPB), no Bairro de Bodocongó no dia 06 de Março de 1987, à nove dias da sua posse, tendo sido lhe atribuído suicídio.
Até hoje existem duas correntes entre os campinenses acerca dessa tese: suicídio, ou assassinato.
Entre suas admirações estavam Argemiro de Figueiredo como político, o Treze FC como time de futebol , o Restaurante Manoel da Carne de Sol, nas Boninas, e o Clube Ipiranga, ás margens da Av. Canal.
Raymundo Asfora é co-autor de uma das maiores composições musicais da região, em parceira com Rosil Cavalcante, na música "Tropeiros da Borborema" uma verdadeira ode às origens da nossa querida Campina Grande, considerada hino extra-oficial da nossa terra.
"A morte está enganada, eu vou viver depois dela" (Raymundo Asfora)
Fontes Pesquisadas:
Discurso proferido pelo Dep. Fed. Rômulo Gouveia na Câmara dos Deputados
em 06.03.2007 - 15:58hs (www.camara.gov.br)
Fotos: SILVESTRE, Josué. "Nacionalismo e Coronelismo"
Vejam Mais:
Em 11 de fevereiro de 1988, o Diário da Borborema publicou as seguintes matérias sobre a morte do tribuno (Cliquem para ampliar):
Reportagem da TV Borborema sobre a história do tribuno:
Existe uma história, ou é lenda, que Raimundo Ásfora foi o grande responsável pela candidatura de Ronaldo Cunha Lima a prefeito de Campina Grande nos anos 80. Reza outra lenda também, que já no final de sua vida, Ásfora teria brigado com o grupo estaria se preparando para ser candidato a governador.
No comentário anterior quis dizer que "teria brigado com o grupo e estaria", faltou esse "e".
Nao tenho muita lembranca do fato, ate porque era apenas uum garoto, mas foi uma morte que marcou na historia da politica campinense e que nos intriga ate hoje. Sera que acontecera mesmo um suicidio? Exitem indicios de motivos para tal atitude? O que levaria um homen como Asfora a atentar contra a propria vida?
Parabens aos editores deste blog.
Os causos de Ásfora são hilários. Num primeiro causo, reza a lenda que ele ao adentrar o Clube Cabo Branco com uma "mulher da vida", alguém o interceptou dizendo que aquela era uma mulher suspeita. Ásfora na hora, disse que ela era "puta" mesmo, suspeita eram as que estavam dentro do salão. Outra tirada do tribuno, foi quando indagado do seu amor por Campina. Ele disse o seguinte: "Mesmo se Campina Grande fosse puta, eu queria ser filho dela".
Para mim o grande tribuno de Campina Grande, homem de uma invejável oratória. Há uma lenda de que ele teria feito um discurso em Esperança/PB, durante uma campanha política, de improviso e em versos. O que ressalta a sua capacidade intelectual e poética. Parabéns pelo artigo.
Rau Ferreira
Blog: "História Esperancense"
http://historiaesperancense.blogspot.com
Triste do PODER que não pode!!!!!!!
Ásfora foi amigo pessoal de meu pai, o Professor Eurípedes Gomes da Cruz, que hoje dá nome à uma das ruas de Campina Grande. Nós também nunca acreditamos muito nessa história de suicídio - pura lorota.
Srs. Herbert e Eurivan,
Parabéns pela lucidez e objetividade ao comentarem sobre a "estória" de suicídio no caso Raymundo Asfóra. Asfora jamais iria destruir a própria vida, ele que era uma pessoa que amava e priorizava a vida dele e dos outros. A justiça dos homens virá à tona, porque a justiça de Deus já está sendo feita através das mentes e corações angustiados das pessoas que direta e ou indiretamente assassinaram Raymundo. Eles conseguiram matar o corpo, mas o espírito encontra-se liberto e os sonhos por ele alimentados, sonhos por um mundo melhor continuam frutificando
O meu conhecia ele, e tem certeza que ele nunca iria cometer suicídio, pelo contrário, ele amava a vida e aproveitar o melhor q ela podia proporcionar.
Minha mãe o conhecia muito bem, pode afirmar a historia da prostituta, pois era bem o geito dele, e tbm pode afirmar que ele jamais tiraria a propria vida pois viver era o maior prazer de sua vida, gostaria muito de ter conhecido Raimundo, minha mãe diz que sou muito parecida com ele..
Certa vez, diz a lenda, que Asfora estava em cajazeiras em um tempo em que os comícios não tinham nada além de discursos, e diante de sua campanha para vice-governador o então dep. federal sobre um palanque abriu seu discurso dizendo: " pelos lugares que tenho passado, sempre vejo o povo no meio da praça. Mas hoje aqui estou vendo a praça no meio do povo !!!"
Grande Yasbec.
Pessoal, verifiquem essa data de que ele foi assessor de Severino cabral, em 1952. o Prefeito era Plinio Lemos, nao?
Conforme relato de um grande Perito Gaúcho, autor de vários livros de balística e com quem tive uma breve conversa em um curso no centro de SP, foi homicídio e não suicídio.
QUEM TIVER O MÍNIMO CONHECIMENTO DE BALÍSTICA NÃO PODE DUVIDAR QUE O DR.ASFORA FOI ASSASSINADO.
O JURI NO DIA 21 DE MARÇO DESTE ANO (2013) SOBRE O ASSASSINATO DEIXOU EVIDENTE QUE A HISTÓRIA DA PARAÍBA PRECISA ESCLARECER UM CAPÍTULO IMPORTANTE: O ASSASSINATO DE DR.RAYMUNDO ASFORA . POR SER HONESTO E INDEPENDENTE SUA CORAGEM E DIGNIDADE AMEAÇAVA UM CERTO GRUPO LOCAL. A MORTE DE DR.ASFORA FOI TRAMADA E EXECUTADA POR POLÍTICOS DAQUI MESMO DE CAMPINA.
OS RÉUS FORAM ABSOLVIDOS, MAS TODOS SABEM QUE ELES DEVERIAM CONTAR TUDO QUE SABEM. A CONSCIÊNCIA DELES DEVE GRITAR DIA E NOITE.
JOSÉ DE ARIMATÉIA
filho de SÉRGIO DE ARIMATÉIA
ELE FEZ ESCALA NO RECIFE NÃO ERAM LIBANESES DE PRIMEIRA MAS DE SEGUNDA GERAÇÃO E NÃO ERAM SÓ LIBANESES UMA FONTE DIZ TAMBEM SIRIOS OUTRA TAMBEM PALESTINOS
O SOBRENOME LIBANES DA MÃE E AVÓ MATERNA É O MESMO DA ATRIZ QUE FEZ O PESTINHA UM E DOIS COMO E MÃE VILÃ E DEPOIS COMO MOCINHA DE ÓCULOS (SÉRIO?É A MESMA ATRIZ?)