Fui procurado por um jovem professor de história da rede pública e ex-aluno, Emannuel Machado de Oliveira que, com um documento em punho, me apelava para fazermos qualquer coisa pelo acervo filmográfico de Odilon Felisberto da Silva. O material foi catalogado pela filha do cineasta, Janete Guedes da Silva, diretora de uma escola municipal em Campina.
Material precioso. Odilon que passou a ser chamado pelo nome da firma que montou, Odicine, em sua horas vagas da televisão, com câmera na mão, filmou eventos, acontecimentos diversos, desde 1966 até a década de 1980. São 51 latas de filmes, contendo, cada uma, um filme de 300 metros. Tento a seguir, listar alguns tópicos que possam interessar a pesquisadores
Há eventos políticos como o Encontro de Prefeitos, em 1976, o enterro de José Américo, 1980; Homenagem ao Senador João Calmon, em residência de José Noujaim, 1978. Lançamento de livro de Argemiro no Teatro. Políticos aparecem nas filmagens, como Petrônio Figueiredo ou em campanhas como a de Enivaldo Ribeiro para deputado em 74; e para prefeito em 76, junto com Asfora; ou como Everaldo Agra na campanha de 74. Inaugurações (políticas) eram destaques como a do parque aquático Açude Velho, em 76, por Evaldo Cruz; inauguração da BR Campina-Patos (sem data?); a do Amigão; a do museu, em 1976 (Assis Chateaubriand?); e a da reforma do teatro em 75. Além disto há as do Bompreço, em 74 e do Hiper, em 76.
A política também se fazia presente através de visitas de autoridades, como a dos governadores Ivan Bichara (77), Ernani Sátiro (74) Tarcisio Burity. Ou de autoridades nacionais como a de Geisel (sem data); Ulisses Guimarães (74?); Mário Andreaza, Mac Namara (76?) e João Figueiredo, 78, 80 e 82.
Os nomes locais em evidência, ou de fora, mas com repercussão em Campina, eram Frei Damião; Edvaldo do Ó, reitor (72?); Graziela, 1974; Deputado Antônio Gomes. Visitas artísticas também foram cobertas pela câmera de Odicine, como a dos cantores Altemar Dutra, Nelson Gonçalves, Antônio Marco; Roberto Carlos; e até Chacrinha, em 78.
As cidades paraibanas destacadas nas filmagens são Sousa, João Pessoa, Guarabira, Esperança, Sumé, Boqueirão, Pombal, Patos, Cajazeiras, Lagoa Seca, Fagundes, Ingá, Solânea, Paulista, Boa Vista (distrito), Rio Tinto. Além disto, há tomadas de vista geral sobre Campina. Fora do estado, foram filmadas Caicó, Carnaúba dos Dantas e Barbalha (CE).
Eventos culturais não faltaram, como as vaquejadas, festa de umbanda, corrida de carros, carnaval; olimpíadas dos operários, em 74 e jantar em homenagem ao Major Câmara; luta com Ivan Gomes; visita de alunos da USP a Universidade de Campina Grande (FURNE?) em 72. Cobertura sobre o 7 de setembro, em 74; festival de inverno, em 78; comícios; concurso de Miss Paraíba, em Patos; debutantes; São João, desfile de 11 de outubro (de 76, 77, 79 e 82); campeonato paraibano e o carnaval de Campina de 1966- 76 e de 68 a 81. Ufa!
Eis uma síntese do material disponível neste acervo que, se houvesse bastante interesse e verba de órgãos públicos não deveria sair de Campina e mais ainda ficar no usufruto público. Quem dá o primeiro lance? (Por Josemir Camilo)
Material precioso. Odilon que passou a ser chamado pelo nome da firma que montou, Odicine, em sua horas vagas da televisão, com câmera na mão, filmou eventos, acontecimentos diversos, desde 1966 até a década de 1980. São 51 latas de filmes, contendo, cada uma, um filme de 300 metros. Tento a seguir, listar alguns tópicos que possam interessar a pesquisadores
Há eventos políticos como o Encontro de Prefeitos, em 1976, o enterro de José Américo, 1980; Homenagem ao Senador João Calmon, em residência de José Noujaim, 1978. Lançamento de livro de Argemiro no Teatro. Políticos aparecem nas filmagens, como Petrônio Figueiredo ou em campanhas como a de Enivaldo Ribeiro para deputado em 74; e para prefeito em 76, junto com Asfora; ou como Everaldo Agra na campanha de 74. Inaugurações (políticas) eram destaques como a do parque aquático Açude Velho, em 76, por Evaldo Cruz; inauguração da BR Campina-Patos (sem data?); a do Amigão; a do museu, em 1976 (Assis Chateaubriand?); e a da reforma do teatro em 75. Além disto há as do Bompreço, em 74 e do Hiper, em 76.
A política também se fazia presente através de visitas de autoridades, como a dos governadores Ivan Bichara (77), Ernani Sátiro (74) Tarcisio Burity. Ou de autoridades nacionais como a de Geisel (sem data); Ulisses Guimarães (74?); Mário Andreaza, Mac Namara (76?) e João Figueiredo, 78, 80 e 82.
Os nomes locais em evidência, ou de fora, mas com repercussão em Campina, eram Frei Damião; Edvaldo do Ó, reitor (72?); Graziela, 1974; Deputado Antônio Gomes. Visitas artísticas também foram cobertas pela câmera de Odicine, como a dos cantores Altemar Dutra, Nelson Gonçalves, Antônio Marco; Roberto Carlos; e até Chacrinha, em 78.
As cidades paraibanas destacadas nas filmagens são Sousa, João Pessoa, Guarabira, Esperança, Sumé, Boqueirão, Pombal, Patos, Cajazeiras, Lagoa Seca, Fagundes, Ingá, Solânea, Paulista, Boa Vista (distrito), Rio Tinto. Além disto, há tomadas de vista geral sobre Campina. Fora do estado, foram filmadas Caicó, Carnaúba dos Dantas e Barbalha (CE).
Eventos culturais não faltaram, como as vaquejadas, festa de umbanda, corrida de carros, carnaval; olimpíadas dos operários, em 74 e jantar em homenagem ao Major Câmara; luta com Ivan Gomes; visita de alunos da USP a Universidade de Campina Grande (FURNE?) em 72. Cobertura sobre o 7 de setembro, em 74; festival de inverno, em 78; comícios; concurso de Miss Paraíba, em Patos; debutantes; São João, desfile de 11 de outubro (de 76, 77, 79 e 82); campeonato paraibano e o carnaval de Campina de 1966- 76 e de 68 a 81. Ufa!
Eis uma síntese do material disponível neste acervo que, se houvesse bastante interesse e verba de órgãos públicos não deveria sair de Campina e mais ainda ficar no usufruto público. Quem dá o primeiro lance? (Por Josemir Camilo)
Ora, uma acervo desse a deriva? Na opinião dos autores desse blog, a prefeitura deveria adquirir esse acervo, restaurá-los e consequentemente, montar o "MUSEU DA IMAGEM E DO SOM DE CAMPINA GRANDE", semelhante ao que tem no Rio de Janeiro e São Paulo. Seria um pouco da história de Campina Grande e da Paraíba preservada. A Prefeitura tentaria uma parceria com o Ministério da Cultura nesse intento. É só querer...
Vídeo:
Observem esse vídeo (TV Paraíba) que retrata infelizmente, o falecimento de Odicine. Nele, já mostrava a preocupação sobre o acervo, inclusive, o próprio já dava a idéia do Museu da Imagem e do Som:
A história da nossa cidade não pode virar lixo, nem mofo! Deixar que riquezas como essas, sumam, é trair a nois mesmos! "MUSEU DA IMAGEM E DO SOM". Preservando a história de uma cidade que já nasceu grande!
Gostaria de ver essas imagens de Esperança, citadas na postagem.Talvez ajudasse nas minhas pesquisas.
Rau Ferreira
Blog: "História Esperancense"
http://historiaesperancense.blogspot.com
O trágico é que a jovem repórter Sandra morreria logo depois dessa reportagem num acidente automobilistico na avenida Brasília.
Como conseguir contato com Janete Guedes?
Amigos,gostaria de registrar a minha indignação com as autoridades que nada fazem para preservar o nosso patrimonio audio visual.Ao ver esse vasto material de Odicine me pergunto.Onde estará agora esta verdadeira relíquia cinematográfica?Porque não restaurar o Cine Capitólio e instalar o nosso Museu do audio visual?Será que nossos irmãos campinenses irão deixar nossa história sucumbir e ficar apenas na memória de alguns apaixonados por essa terra,como eu?
Onde estão os Doutores em História da Universidade Federal de Campina Grande e Universidade Estadual que não percebem que um rico patrimônio histórico e cultural de Campina Grande está indo para o lixo? Esses "professores e pesquisadores" estão mais para intelectóides do que para intelectuais.Que VERGONHA.
Alguém pode informar o que houve com o acervo?
Sou neto de odicine,estudante do curso de História, neste exato momento estou escrevendo meu TCC sobre a vida e obra do meu avô ! O acervo continua jogado ao relento, continuo travando uma luta forte contra politicos, instituições e professores renomados para que o acervo não se perca! A esperança ainda existe.