Vencedor do 'Programa Em Primeira Audição' do Prêmio Esso Standard do Brasil, em 1954, o então menino Gabimar Cavalcanti Albuquerque foi homenageado pela Rádio Nacional do Rio de Janeiro, maior veículo de comunicação do Brasil na Era de Ouro, no dia 21 de Julho daquele mesmo ano com a execução da música “Sonhando”, samba-canção de sua própria autoria, executada ao acordeom.
Este áudio histórico foi cedido ao Blog RHCG pela equipe do Programa Mesa de Bar, da Rádio Cariri AM, nas pessoas de Gustavo Ribeiro, Joacir Oliveira e Léo Montanha, a partir da cessão pretérita do radialista Hugo Alves da Rádio Caturité que resgatou essa preciosidade dentre seu acervo pessoal.
COBERTURA JORNALÍSTICA:
A imprensa local aproveitou o fato da presença do músico Gabimar Cavalcante na Cidade Maravilhosa para desenvolver reportagens, à exemplo das fotos a seguir, do acervo do jornal "Última Hora", do dia 19 de Julho de 1954.
Gabimar foi um dos fundadores do célebre conjunto de bailes "Ogírio Cavalcante", que tanto animou festas em nossa cidade e em todo o Nordeste.
Eu imaginava que com esse raríssimo áudio, qualquer matéria estaria completa. Engano meu. Somado com essa, não menos rara, sequência de fotos publicadas aqui no RHCG, entendi que sempre faltará algo a ser dito ou visto sobre esse gênio chamado Gabimar Cavalcanti Albuquerque.
O Gustavo Ribeiro tem toda a razão o Gabimar é realmente um gênio, pois que superou sua deficiência visual aprendendo vários instrumentos sozinho, toca quase todos o que o torna um artista completo. Começou no conjunto de baile do seu irmão Ogírio Cavalcanti (de quem tive o orgulho de participar de varias festas e tertulias ao som desta bela banda). A peculiaridade do grupo fundado pelo irmão de Gabmar, era o excelente grupo de instrumentistas que, aliados ao bom vocal do cantor Ronaldo Soares e da cantora Kátia Virgínia (sua esposa) afinadíssima, proporcionavam um repertório inigualável, chegando a ser comparado às grandes Orquestras nacionais. Eles, ao longo dos anos fazem música comprometida que ultrapassa o tempo e as gerações.
O que podemos dizer mais? Já falaram tudo (ou quase tudo) sobre o artista. É o nosso Stevie Wonder campinense.
Eu sentia uma grande admiração por êsses dois irmãos. Fomos vizinhos. Me lembro que não podia nem falar quando estava perto dêles. Sentia-me "bêsta" perto de dois gênios da música. Pensava: Eu vêjo tudo e não sei tocar nada...kkk
Hoje penso: Como seria diferente si êles tivessem nascido nos USA?
Falar sobre a genialidade e a pessoa humana que o Gabmar Cavalcanti de Albuquerque representa, é ter a certeza de que nunca será dito tudo sobre o que ele representa para a música, para a cultura, o sobretudo na humanistica.
Eu me sinto muito honrado por privar de sua amizade pessoal, desde a adolescência, e até porque somos ambos radioamadores.
O mundo artístico e cultural de Campina Grande deve muito a você meu velho e estimado amigo Gaby
Falar sobre a genialidade e a pessoa humana que o Gabmar Cavalcanti de Albuquerque representa, é ter a certeza de que nunca será dito tudo sobre o que ele representa para a música, para a cultura, o sobretudo na humanistica.
Eu me sinto muito honrado por privar de sua amizade pessoal, desde a adolescência, e até porque somos ambos radioamadores.
O mundo artístico e cultural de Campina Grande deve muito a você meu velho e estimado amigo Gaby
Numa histórica apresentação de Elza Soares no palco-auditório da Rádio Borborema no edificio São Luis (calçadão) nos anos 60, Gabí fez um improviso no acordeon acompanhando os malabarismos vocais da cantora que foi puro "jazz".
Ao final da apresentação, Elza convidou o músico para ir para o Rio de Janeiro onde teria reconhecimento nacional. O grande Gabimar agradeceu e disse: "Estou muito bem aqui".
Meu velho amigo Gaby; já foi dito muito sobre você porém ainda é muito pouco para expressar a sua genialidade e a grande figura humana que o caracteriza.
Um abraço fraterno deste seu humilde colega e amigo.
Belíssima reportagem. Parabéns ao "menino" Gabmar !
Entre 1963 e 1964, ainda jovem, morei por um ano em Campina Grande e conheci o grande músico Gabimar. Como eu gostava de cantar, fomos apresentados e ele me acompanhou muitas vezes ao piano, no Clube dos Oficiais. Participamos da inauguração da TV Borborema, ocasião em que gravamos um LP com algumas das músicas então cantadas. O disco não chegou a ser prensado porque eu já estava prestes a voltar para o Rio de Janeiro, mas tenho uma cópia dele até hoje. Nunca esqueci da simpatia e do talento do Gabimar e me lembro que "apresentei" a ele alguns dos acordes da Bossa Nova, que estava no auge. Infelizmente, nunca mais nos comunicamos. Descanse em paz! Sheila Maria Paiva de Souza
Um pequeno fragmento da história com o gênio Gabmar que me tocou profundamente.
Um determinado dia chegamos na casa do meu pai e, entre uma conversa e outra, alguém ligou a TV.
Estávamos na sala, várias pessoas e Gabmar, foi quando eu fiz um comentário em relação a nitidez da imagem do que estava passando naquele momento e prontamente Gabmar perguntou “O que é nitidez?”.
Ficamos todos completamente desnorteados e profundamente sentidos com o problema de Gabmar.
Além de se sensibilizar com o problema dele, como explicar o que é nitidez para ele?
Confesso que fiquei me sentindo muito mal, com muita pena dele.