A Organização Remington, instituto de The RemingtonTyphwriterCompany de Nova York, atuava no Brasil sob o controle da S. A. Casa Pratt, sediada no Rio de Janeiro e com filial em Recife. Oferecia curso completo de datilografia mecânica e nomenclatura que eram válidos em todo o território nacional. Admitia senhoras para a direção e aplicava o manual “em português” com o método Remington de ensinar datilografia.
A propaganda da época destacava as vantagens do curso:
“O que posso fazer para obter maior ordenado??? Matriculai-vos na Escola Remington. Estudai datilografia e taquigrafia. Estará assim iniciada a vossa carreira. Com estes elementos obtereis um bom ordenado e podereis facilmente estudar inglês e escrituração mercantil. De posse desses conhecimentos, adquiridos em tempo relativamente curto, estará assegurado o vosso futuro na carreira comercial. Aulas diurnas para ambos os sexos”. (Jornal de Sergipe, 14/01/1926).
O Estado da Paraíba ganhou sua primeira escola de datilografia na década de 20. Á época, esse era um dos meios profissionalizantes que garantiam emprego certo para as jovens.
Em Campina Grande, o prefeito Christiano Lauritzen cedeu lugar no Paço Municipal e este serviço foi instalado em 18 de outubro de 1922. E reinstalado em prédio próprio, no dia 12 de março de 1923.
Com capacidade para 50 alunos, a escola denominava-se “Nilo Peçanha”, estava sediada na Rua da Matriz nº 20 e era dirigida por Simão de Almeida, que também era proprietário. As aulas eram ministradas por Brigida Guimarães e Bernadino de França.
Exigia-se frequência diária ao curso e quinzenalmente se realizava um exame para avaliar a média de toques por minuto de cada aluno, cujo resultado era enviado para a RemingtonTypewriter Co. em Nova York.
Na primeira turma formaram-se 54 alunos, do quais se destacaram: Elvira Pessoa, Judith Miranda, Cecy Silva, Alexandrina Guimarães, Celina Monteiro, Fernandina Pessoa, Joaninha de França e Zilda Neiva.
A Escola Remington de Campina, por sua vez, orientou a criação de outras escolas, a exemplo da Escola Remington Nª. Sª do Bom Conselho, em Esperança, dirigida pelo Professor Luiz Gil de Figueiredo.
Referência:
- ERA NOVA, Revista. Ano III, Nº 46. Parahyba do Norte: 1923.
- ERA NOVA, Revista. Ano III, Nº 53. Parahyba do Norte: 1923.
- FERREIRA, Rau. BanaboéCariá: Recortes da Historiografia do Município de Esperança. Esperança/PB: 2015.
Bons tempos da datilografia. Não sou dessa época aí do artigo mas fiz curso de datilografia da Escola Copacabana de Datilografia que ficava na galeria do Edifício Palomo.
Ao concluir o curso se fazia um módulo extra utilizando máquinas elétricas da IBM.
Sylvio, bom dia!! Saberia dizer a carga horária do curso de Datilografia e a carga horária da especialização?? Meu pai fez os cursos em copacabana em 1962.