Serviço de Utilidade Pública - Lei Municipal nº 5096/2011 de 24 de Novembro de 2011
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por Rau Ferreira

O Monsenhor João Borges de Sales nasceu em Esperança, no dia 27 de novembro de 1872. Foram seus pais José Francisco Borges Pessoa e Belisa Maria Pessoa. 

Viveu aqui até os 13 anos, quando foi morar com o seu tio e padrinho, Luiz Francisco de Sales Pessoa, que era vigário de Campina Grande. Este padre lhe educou e o fez ingressar na escola eclesiástica por volta de 1894. 

Formou-se padre em 26 de março de 1898, prestando serviços em diversas cidades do interior da Paraíba e do Rio Grande do Norte (a exemplo de Jardim dos Angicos). 

Retornando à Campina em 1899, foi auxiliar o tio, Vigário Sales, inclusive ajudando-o a reformar a Igreja do Rosário.

Falecendo o Monsenhor Sales, em 15 de agosto de 1927, assumiu no dia 28 daquele mês e ano, o paroquiato de Nossa Senhora da Conceição, o agora Cônego João Borges, que até então era vigário coadjutor em Campina Grande. Permaneceu naquele cargo até 21 de janeiro de 1929. 

Por essa época, foi responsável pela reformulação da Igreja da Guia, no bairro de São José.

Consta, ainda, da história eclesiástica campinense, que um ano após o falecimento do tio, o Padre João Borges erigiu um mausoléu para servir de depósito de seus restos mortais. Este monumento se localizava na parte posterior da Matriz, onde hoje é o Centro Pastoral. 

Ofertou parte da sua propriedade Antas, possibilitando a criação da Diocese de Campina Grande; a outra parte foi dividida entre os posseiros, tornando-os pequenos proprietários.

Por seis anos permaneceu a cargo do Bispo Diocesano, D. Otávio de Aguiar, entre os anos de 1956 e 1962. Ascendeu ao título de Monsenhor quando foi nomeado Camareiro Secreto do Santo Padre Pio XII.

Cristino Pimentel, em uma de suas crônicas, traçou o seguinte perfil do velho Monsenhor Borges:

“Era um bom servo de Cristo. Poucos assemelhavam-se a ele no cumprimento do dever sacro. Mansas eram as suas palavras. Manso era o seu andar quando algum dever o obrigava a sair de casa. Ninguém sabia o que fazia a sua mão direita quando a estendia em benefício de um pobre” (Edições Caravela: 2001, pág. 113).

De fato, com idade avançada, movia-se com dificuldade e perdeu a sua visão, na mansão de seu tio, fechando o livro da vida em 1º de janeiro de 1961, aos 88 anos de idade. Foi sepultado no Cemitério de N. S. do Carmo, em Campina Grande. 



Referências:
- DEPUTADOS, Anais da Câmara (dos). Volume XVII, 4ª Edição. Imprensa Nacional. Brasília/DF: 1991.
- O Seminário da Arquidiocese da Paraíba e o jubileu de diamante de sua fundação. Imprensa Oficial. João Pessoa/PB: 1954.
- PIMENTEL, Cristino. Mais um mergulho na história campinense. Edições Caravela. Campina Grande/PB: 2001.
- UCHÔA, Boulanger. História  Eclesiástica de Campina Grande. Campina Grande/PB: 1964.

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