Uma figura “avant la lettre pop”!
Essa foi uma das definições promovidas pelo cantor Belchior à Marinês, quando descreveu a alegria e a felicidade de ter conhecido a cantora no auge da sua carreira nos anos cinqüenta, durante a infância.
Em meio aos ícones masculinos que patrocinavam a cultura nordestina, à época, Marinês pôs a graça, a delicadeza e a gentileza feminina à uma cultura tão emblematicamente masculinizada vinculada a um formato de dureza e hostilidade.
Belchior lamenta não ter tido sua carreira lançada pela “Grande Mãe e Grande Rainha da Música Popular Brasileira do Nordeste”. Este fato esteve próximo de se concretizar durante a realização de um dos muitos festivais de música universitária. Marinês interpretaria uma música de sua autoria. Porém, por um motivo qualquer, Marinês não a interpretou, motivo de frustração para o cantor Belchior.
Em 2004, após a concretização do espetáculo protagonizado por Marinês, junto à Orquestra Sinfônica da Paraíba, objeto de exposição dessa nossa série de posts, o diretor da OSPB Carlos Rieiro, argentino por nascimento, ressalta a magnitude representada pela composição amalgamática entre Marinês e a OSPB:
“A OSPB sempre se destacou no cenário musical nacional e internacional pela diferenciada e qualificada sonoridade dos seus componentes; depois de escutar este disco podemos dizer que a bela voz de Marinês era o instrumento que estava faltando para completar nossa orquestra.”
O sonho de gravar com a Orquestra Sinfônica da Paraíba traria à Marinês uma emoção ímpar. O “rito de passagem entre a fantasia e o real” conforme denota Noaldo Ribeiro. Esta empreitada gerou um certo grau de preocupação quanto à sua saúde, uma vez que a Diva submetera-se, anteriormente, a uma intervenção cirúrgica, a qual lhe foram implantadas algumas pontes de safena.
Foto histórica que mostra Abdias Farias e Rosil Cavalcanti
agachados em frente à Marinês.
Diante da ansiedade que prenunciou o evento, Marinês concentrou-se em suas habilidades naturais, contando com o respeito dos músicos da OSPB e, fato concretizado, a cantora “mostrou-se dona da mesma voz, sempr jovem, que continua a empolgar platéias e críticos, sempre surpreendendo a cada show e disco que grava”, afirmou o autor do CD/Book “Marinês Canta a Paraíba”, o professor Noaldo Ribeiro.
Depoimento de Belchior:
Marinês e OSPB:
Depoimento de Flávio José:
Marinês e OSPB:
Caríssimo Emannuel;
Transmita os parabéns ao colega Adriano; você e ele estão fazendo um ótimo trabalho, diria até ESPETACULAR.
Das postagens recentes me chamou muito a atenção: "Professor Mauro Luna"; "O acidente do treze" e "Marinês" (Episódio 04!). A primeira pela poesia, que me toca também. A segunda o futebol e a terceira a eterna Marinês, que tanto honrou a Paraíba e a nossa Campina Grande.
Um forte abraço;
Rau Ferreira
Blog: "História Esperancense"
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