Irineu Joffily |
Irineu Joffily além de distinto historiador foi um grande descobridor. Percorreu a Paraíba a cavalo, cujo contorno hoje se deve ao desbravamento deste paraibano. E em suas andanças, recolheu vasto material histórico e geográfico, dentre eles, o famoso “Fóssil de Campina Grande”.
O Planalto da Borborema apresentava uma singularidade notável, que era a presença de inúmeros tanques de todas as dimensões. Naquele tempo, uma grande seca assolou a região de Campina, forçando os fazendeiros a desterrarem aqueles antigos tanques em busca de água. Esta pode ter sido a força motriz que motivou os achados arqueológicos.
Corria o ano de 1889, e o consócio do Instituto Histórico de Pernambuco enviara por carta datada de 22 de julho daquele ano, um “curioso espécimen de ossos fósseis, encontrados na catinga da Navalha desta Comarca”.
O material foi achado após a escavação de um grande tanque na caatinga da Navalha, acerca de dois metros da superfície do solo, revestido de uma grande jazida de ossos, “os quais aderiram tão fortemente a picarra (espécie de rocha em composição) que foi impossível tirar-se inteiro qualquer um deles”. E conclui Joffily: “Neste bloco que remeto parece distinguir-se uma parte da mandíbula do animal e diversos dentes ao lado, tudo encrustado na picarra”.
Os ossos apresentavam na superfície lateral externa dois sulcos longitudinais paralelos, e na interna, um único de maior profundidade na msma disposição anatômica, tendo cerca de 20 centímetros de comprimento. E foram classificados pela comissão composta por Maximiano Lopes Machado e João Batista Regueira Costa, como sendo de um megatério.
O Planalto da Borborema apresentava uma singularidade notável, que era a presença de inúmeros tanques de todas as dimensões. Naquele tempo, uma grande seca assolou a região de Campina, forçando os fazendeiros a desterrarem aqueles antigos tanques em busca de água. Esta pode ter sido a força motriz que motivou os achados arqueológicos.
Corria o ano de 1889, e o consócio do Instituto Histórico de Pernambuco enviara por carta datada de 22 de julho daquele ano, um “curioso espécimen de ossos fósseis, encontrados na catinga da Navalha desta Comarca”.
O material foi achado após a escavação de um grande tanque na caatinga da Navalha, acerca de dois metros da superfície do solo, revestido de uma grande jazida de ossos, “os quais aderiram tão fortemente a picarra (espécie de rocha em composição) que foi impossível tirar-se inteiro qualquer um deles”. E conclui Joffily: “Neste bloco que remeto parece distinguir-se uma parte da mandíbula do animal e diversos dentes ao lado, tudo encrustado na picarra”.
Os ossos apresentavam na superfície lateral externa dois sulcos longitudinais paralelos, e na interna, um único de maior profundidade na msma disposição anatômica, tendo cerca de 20 centímetros de comprimento. E foram classificados pela comissão composta por Maximiano Lopes Machado e João Batista Regueira Costa, como sendo de um megatério.
Megatherium |
O “Megatherium”, ou em português Megatério (besta gigante), trata-se de uma preguiça gigantesca que viveu há cerca de 20 mil anos atrás, no período Piloceno ou Pleistoceno. Era do tamanho de um elefante e comia folhas de arbustos, usando de sua língua comprida. Manejava bem as suas garras, fortes e poderosas, mas demonstrava ser uma criatura dócil. Seus principais predadores eram o tigre-dente-de-sabre, ursos e lobos.
Consta da missiva dirigida ao Dr. Ladislao Neto, em Pernambuco, que a escavação ainda encontrou fragmentos de louça, debaixo dos ossos, que aí se descobriram, o que no seu conceito, constitui uma prova da presença de uma civilização nesta região.
Os fósseis que se apresentam no Tanque do Navalha e em toda a região polarizada por Campina, segundo pesquisadores, parace que se pode atribuir a um cataclisma que na época ocasionou uma grande inundação, devastando e destruindo toda a vida orgânica, que restou preservada na formação rochosa.
Uma outra versão atribui ao fato dos animais acorreram a esses grandes tanques de pedra para beberem água, onde caiam e ficavam impossibilitados de sairem.
Os achados que porventura possuíam maior peso não foram enviados ao IHGPE por Irineu, e sim permaneceram em poder do pesquisador paraibano. Contudo, posteriormente, foram remetidos outros ossos para fins de exposição antropológica.
Rau Ferreira
Fonte:
- IHGPE, Revista. Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano. Edição XXXVI. Pernambuco: 1890.
- IHGPE, Revista. Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano. Vol. 44º. Pernambuco: 1961.
- MEDEIROS, Coriolando de. Dicionário Corográfico do Estado da Paraíba. 2ª. Edição. Imprensa Nacional: 1950.
- WIKIPÉDIA: Megatério, disponível em http://pt.wikipedia.org, acesso 06/01/2012.
- IHGPE, Revista. Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano. Edição XXXVI. Pernambuco: 1890.
- IHGPE, Revista. Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano. Vol. 44º. Pernambuco: 1961.
- MEDEIROS, Coriolando de. Dicionário Corográfico do Estado da Paraíba. 2ª. Edição. Imprensa Nacional: 1950.
- WIKIPÉDIA: Megatério, disponível em http://pt.wikipedia.org, acesso 06/01/2012.
Acho que este achado, considerando o nome Tanque de NAVALHA, deve ser uma comunidade rural atualmente pertencente a cidade de Boa Vista, e fica entre essa e o municipio de Soledade.