Serviço de Utilidade Pública - Lei Municipal nº 5096/2011 de 24 de Novembro de 2011
Criado por Adriano Araújo e Emmanuel Sousa
retalhoscg@hotmail.com

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Quando criamos o "Retalhos Históricos de Campina Grande", uma de nossas inspirações para tal fato, talvez a maior, foi um documentário que tinha sido feito naquele período, o "Balões de 74" do diretor Luciano Mariz. O filme relatava a tragédia ocorrida no bairro de José Pinheiro no ano de 1974, quando um cilindro de gás explodiu, atingindo várias pessoas que estavam em um parque de diversões. O Blog RHCG já abordou em suas páginas várias vezes o ocorrido, material este, que pode ser lido clicando-se AQUI e AQUI . O fato é que esta tragédia, acabou se tornando um dos fatos marcantes da história de Campina Grande, a exemplo da morte de Félix Araújo, da seita "Borboletas Azuis", da Tragédia da Praça da Bandeira, o "Mão Branca"  e outros menos votados.

Luciano Mariz, gentilmente autorizou a reprodução do seu filme aqui no blog, o que ficamos honrados e agradecidos, pois o material é excelente e agora está acessível para todos os historiadores, curiosos e público em geral, fazendo agora parte do acervo do blog. O filme pode ser assistido clicando-se abaixo:




“Os balões de 74”
Luciano Mariz



SINOPSE


Domingo de natal. Crianças brincam nas calçadas e os fiéis deixam a igreja depois da missa de fim de tarde. A rua, intransitável, divide-se entre pessoas e brinquedos de um simplório parque de diversões. Seria uma imagem poética, se não estivéssemos falando de uma das maiores tragédias ocorridas na cidade de Campina Grande, PB. Em 1974, o cenário de beleza ganhou expressões grotescas e marcas de sangue as quais ecoam até hoje na memória dos sobreviventes. Entre o fictício e o real, a alegria e o sofrimento, o presente e o passado: “Os balões de 74” traz à tona uma história esquecida pelas novas gerações, mas que ainda hoje é uma recordação viva para os mais velhos. Ouvir os sobreviventes e parentes de vítimas da tragédia, cerca de três décadas depois, é como ouvir o ressoar daquela explosão.


Os Balões de 74
Direção Geral: Luciano Mariz
Direção de Produção: Hingrit Nitsche

Patrocinadores:

- Prefeitura Municipal de Campina Grande – Secretaria de Educação, Esporte e Cultura
- Prefeitura Municipal de Boqueirão – CEFAR
- Câmara Municipal de Campina Grande
- Nutricarnes
- Universidade Federal da Campina Grande - UFCG

FICHA TÉCNICA

Direção Geral
Luciano Mariz

Produção Executiva
Hingrit Nitsche
Luciano Mariz

Roteiro
Luciano Mariz
Nathan Cirino

Assistência de Direção
1º. Assistente: Fabiano Raposo
2º. Assistente: Sabrina Moura

Direção de Produção
Hingrit Nitsche

Assistência de Produção
Cristiane Patrícia Melo Amorim
Lunara Araújo
Mainara Rodrigues Nóbrega

Pesquisa
Sabrina Moura
Rebecca Cirino

Assistência de pesquisa
Vinicius Queiroz

Direção de fotografia
Helton Paulino
Jhésus Tribuzi Lula

Assistência de Fotografia
1º. Assistente: Ian Abé Mafiollete
2º. Assistente: Hugo Felinto

Cinegrafistas:
Anderson Santiago
Paulo Calixto
Hoberdan Dias

Direção de Arte 
Fernando Rabelo
Ricardo Garrido

Assistência de Arte
Emídio Medeiros

Arte Gráfica
Elton Fernandes Ramos

Direção de Áudio e Edição de Som
Gustavo Sobreira Rocha

Assistência de Áudio
1º. Assistente: Rennan Ribeiro
2º. Assistente: Bernardo Hennys

Técnico de som de gravações de áudios off
Zé Newton Sousa Filho

Trilha Sonora Original
Nilson Lopes

Vozes off
Evilásio Junqueira
Flávio Barros
Hingrit Nitsche
Iuska Cyntia Mariz Galvão
Massilon Gonzaga

Direção de Platô
André Luiz Almeida

Assistência de Platô
1º. Assistente: Ludemberg Bezerra
Adriana Sá
André de Brito Leano
Estela Maris de Medeiros e Oliveira
Liliana Patrício Vieira
Luciana Nascimento Urtiga
Marina Moura Ribeiro
Moema Vilar
Nicole Camelo Felipe
Pâmella Leite
Priscylla Araújo Lucena
Renata Fernandes
Vinicius Queiroz

Still
Daniela Morais
Poliana Urtiga

Story Board
Luís Carlos Venceslau

Claquete
Giotto Andrade Braz

Contra-regra
Emídio Medeiros

Montagem
Luciano Mariz
Sabrina Moura

Edição e Finalização
Leandro Ponciano


Contatos:

Luciano Mariz - 8858 0766
lucianomariz@gmail.com




De acordo com o sr. João Jorge de Pace Tejo, que disponibilizou esta relíquia fotográfica do acervo do jornalista William Tejo, o cenário retratado é uma Cantata Natalina realizada em Campina Grande, no ano de 1921!!

Já segundo o livro 'Retratos de Campina Grande', sem precisão quanto ao ano da foto, descreve que o local desta foto é o Largo da Rua Velha, atual Rua Maciel Pinheiro, local onde se realizavam os eventos públicos em Campina Grande no início do Século XX.

Encerramos 2017 com esta belíssima, espetacular e Histórica imagem, desejando um ótimo Natal a todos e esperando que 2018, possa ser repleto de sucesso, paz e prosperidade à todos.





Com pesar, cumprimos o doloroso dever de informar o falecimento do repórter fotográfico William Cacho, ocorrido às 18:00hs de ontem, 19/12/2017. 

O velório está sendo realizado na residência dos seus pais, na Rua Sulpino Colaço, no bairro do São José.

William Cacho era filho do já saudoso mestre da fotografia de Campina Grande, o senhor José Cacho, a quem creditamos tantos registros de imagens postadas ao longo de todos os anos de atividade do BlogRHCG.


Entre as grandes manchetes que prenunciaram as matérias noticiadas nos Anos 80, aquelas relacionadas ao grupo "Mão Branca" foram recorrentemente evidenciadas nos primeiros anos daquela década.
  
A primeira página do jornal Diário da Borborema do dia 05 de Setembro de 1983, apresentou como manchete a confirmação da sentença de 76 anos para 'Zezé Basílio', um dos integrantes do grupo de extermínio. Ao tempo, o Tribunal de Justiça da Paraíba também determinava um novo julgamento para outros dois envolvidos, que estavam em liberdade; 'Zé Cacau' e Cícero Tomé, ambos absolvidos em julgamento ocorrido no ano anterior. 

Em sequência, vem o resultado de um jogo entre TrezeFC e Botafogo, partida válida pelo Segundo Turno do Campeonato Paraibano de 1983, que contou com uma derrota do Campinense Club em partida realizada em Patos, contra o Esporte.

Outra notícia que, infelizmente, nos atenta para esta publicação é a que reporta o falecimento de uma garota de 15 anos, que brincava de bicicleta às margens do Açude Velho em companhia de outras crianças;



Geoclécia Ferreira Rocha, de 15 anos, era aluna do Colégio Estadual da Prata e morava no Bairro da Liberdade. No momento do acidente, ela e outros amigos se dirigiam ao Açude Velho para um tradicional pic-nic e, nas proximidades do CEU-Clube dos Estudantes Universitários, fora irresponsavelmente colhida por um veículo em alta velocidade conduzido por um motorista que não lhe prestou socorro, tendo a violência do impacto determinado seu óbito poucos instantes após o ocorrido.

Este caderno do DB nos foi gentilmente cedido pelo advogado João Fábio Ferreira Rocha, mais conhecido como Fábio Rocha, conceituado locutor radiofônico que vem a ser irmão da Geoclécia, a jovem que teve a vida interrompida no dia anterior, em meio a tantos outros assuntos compilados dia à dia, através da equipe de jornalismo do Diário da Borborema.

Leia, abaixo as notícias citadas; clique nas imagens para ampliá-las!






Uma imagem nostálgica retratada provavelmente no final da Década de 1990, mostrando em primeiro plano parte do Açude Velho, mais precisamente margeando a conhecida residência do ilustre ex-senador Ivandro Cunha Lima (à direita) e a Sociedade Médica (à esquerda).

Ao centro da foto, notemos o girador onde hoje estão as famosas e turísticas estátuas de Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro e, mais atrás um pouquinho, o Restaurante Monreale Piano Bar, no finalzinho da Rua Desembargador Trindade, onde hoje encontra-se erguido o Edifício Residencial Monalisa.

O horizonte ainda mostra poucos condomínios, imperando soberano o Residencial Porto Bello, nas proximidades do Açude. 

Aspecto Atual da Localidade - Foto (c) Google


Foto: Arquivo Ricardo Souto
A imagem acima é uma produção do tradicional Foto Vilar, em homenagem a D. Anselmo Pietrulla, 1º Bispo de Campina Grande, que esteve à frente da Diocese de 13 de Novembro de 1949, um dia após sua instalação, até 1955.

Hoje, calha esta postagem, pelo fato de toda comunidade católica local estar convidada à recepção e posse do seu 8º Bispo Diocesano, Dom Dulcênio Fontes, egresso do vizinho estado de Alagoas, onde passou 11 anos como Bispo da Diocese de Palmeira dos Índios.

De acordo com a PASCOM - Pastoral da Comunicação da Catedral de Nossa Senhora da Conceição, os eventos dedicados a acolhida do novo Bisco de Campina Grande seguirá o seguinte roteiro:

Chegada à Campina Grande:

Previsão de horário: 15:00h
Carreata: Dom Dulcênio chegará na Avenida Assis Chateaubriand, em Campina Grande, às 15h [em frente à empresa Alpargatas], onde será recebido pelos fiéis católicos, e em seguida, participa de uma carreata percorrendo as Ruas José do Patrocínio, Lino Gomes da Silva [passando pela frente da AABB], e Treze de Maio com destino à Praça da Bandeira.

Entrevista coletiva: Ao chegar na Praça da Bandeira, Dom Dulcênio caminhará até o Colégio Damas, onde concederá entrevista coletiva à imprensa, às 15h45.

Solenidade aberta: Após conceder entrevista à imprensa, o novo Bispo participa na Praça da Bandeira, de uma solenidade aberta, programada para às 16h, onde será recebido pelas autoridades religiosas, civis e militares. Um palco será montado no local. Dom Dulcênio vai receber a bandeira de Campina Grande e a chave simbólica da cidade.

Missa e posse canônica: Na sequência, Dom Dulcênio seguirá a pé até a Catedral de Nossa Senhora da Conceição, seguido por um grande cortejo de religiosos e fiéis. A celebração da missa e a posse canônica do novo Bispo acontece às 17h. Dom Dulcênio tomará posse como 8º Bispo da Diocese de Campina Grande.

Primeira celebração: A primeira celebração religiosa a ser presidida pelo Bispo Dom Dulcênio acontecerá no domingo (3), às 10h também na Catedral de Nossa Senhora da Conceição, no Centro.



DIOCESE DE CAMPINA GRANDE, BREVE HISTÓRICO:

Criada a 14 de Maio de 1949, a Diocese de Campina Grande foi desmembrada da Arquidiocese da Paraíba, pertencendo ao Regional Nordeste 2 da CNBB, através de um documento Papal chamado Bula, com o título “Supremum Universi” do Papa Pio XII.

O 1º Bispo de nossa Diocese foi Dom Frei Anselmo Pietrulla OFM. 
Período:13/11/1949 até 1955.

2º Bispo: Dom Otávio Barbosa Aguiar. 
Período: 19 de maio de 1956 até 08/07/1962.

3º Bispo: Dom Manuel Pereira da Costa. 
Período: 30/09/1962, ficando no pastoreio até 1981.

4º Bispo: Dom Luís Gonzaga Fernandes. 
Período: 17/10/1981 até 29/08/2001.

5º Bispo: Dom Matias Patrício de Macêdo. 
Período: 22/09/2000 até 26/11/2003.

6º Bispo: Dom Jaime Vieira Rocha.
Período: 16/02/2005 a 21/12/2011

7º Bispo: Dom Manoel Delson.
Período: 2012 a 2017

Dom Dulcênio Fontes




A inauguração do primeiro Museu de Arte da cidade, em 20 de Outubro de 1967 foi tão grandioso, que mereceu reportagem especial da maior publicação impressa do Brasil nos anos 60, a lendária revista "O Cruzeiro".

As páginas a seguir contam, em fotos, essa história (cliquem nas imagens para ampliá-las):







Texto extraído da Wikipédia:

O Museu de Arte Assis Chateaubriand (MAC) foi criado em 1967, fruto da Campanha Nacional dos Museus Regionais, idealizada pelo magnata das comunicações Assis Chateaubriand, que tinha por objetivo dotar as diferentes regiões do Brasil com expressivos acervos de arte. Foi administrado pela Fundação Universitária de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão (Furne), uma instituição privada sem fins lucrativos, que atualmente se chama Universidade Estadual da Paraíba (UEPB).

O museu estava sediado em um edifício histórico, erguido na década de 1920 para abrigar a primeira escola estadual de Campina Grande, e foi transferido para um novo prédio no bairro do Catolé. Sua coleção é composta por mais de 500 objetos, entre pinturas, esculturas, desenhos, gravuras e colagens, produzidos por artistas brasileiros e estrangeiros, abrangendo majoritariamente o período que vai do Academicismo oitocentista às vanguardas da década de 1960.
Uma propaganda da empresa "Socimasa", que marcou época em Campina Grande. A Socimasa era de origem pernambucana, atuando no atacado. A partir da década de 80, resolveu se expandir pelo Nordeste, tornando-se uma das maiores no setor. A partir de 1986, a Socimasa começou a atuar no varejo, até seu encerramento na década de 90.


Com o propósito de reapresentar a maestria de Marinês à nova geração de campinenses e, conseqüentemente, de paraibanos, o professor Noaldo Ribeiro, um dos grandes expoentes do ativismo cultural de Campina Grande desenvolveu o projeto “Marinês Canta a Paraíba”, gravado no ano de 2004 no Cine Banguê, em João Pessoa.

O projeto ousou compor em uma única obra, objetiva e compacta, porém riquíssima, um apanhado de depoimentos de grandes ícones da MPB contemporânea, ídolos da atualidade, acerca da importância cultural da presença de Marinês para a música em suas carreiras, como também para todo o cenário musical no Brasil.

Compondo a mídia audível, Marinês interpreta seus grandes e inesquecíveis sucessos acompanhada pela Orquestra Sinfônica da Paraíba, realizando um dos seus maiores sonhos.

Recebemos, com muita honra, a colaboração do professor Noaldo Ribeiro, que nos ofertou um exemplar do livro/CD “Marinês Canta a Paraíba”, que homenageou em vida a grande diva da música regional nordestina, “A Rainha do Xaxado”, patrimônio cultural da Rainha da Borborema.

Sob a autorização do autor, postaremos, em série, parte desta magnífica seleção de depoimentos coletados e publicados por Noaldo Ribeiro, além das belíssimas canções interpretadas por Marinês, componentes do projeto desenvolvido por Noaldo Ribeiro, Regina Albuquerque e Lamarck Melo.


Depoimento de Dominguinhos


"Aquarela Nordestina" Marinês e OSPB
Ficha - Anos 40 (frente)

De forma curiosa, apresentamos aos mais novos (da mesma forma que relembramos os mais experientes), as antigas 'Fichas de Transportes Coletivos'. 

O precursor do atual vale-transporte era fabricado no formado de uma moeda e foi utilizado pelas empresas de transportes públicos no passado. 

Ficha, Anos 40 (verso)
A 'ficha de ônibus', como era conhecida, retratada acima pertencia à empresa Autoviária Rainha da Borborema, de Campina Grande, a atual Empresa de Transportes Borborema, existente até hoje e pertence ao acervo do colecionador Eduardo Cunha, do Rio de Janeiro, que se dedica à colecionar fichas de ônibus de todo o Brasil, como pode ser atestado em matéria postada no Portal Ônibus Paraibano

Atual Vale-Transporte - Sitrans CG

Philippe Figueiredo, que nos encaminhou esta matéria, ressalta para que quem quiser entrar em contato com o colecionador Eduardo Cunha, sobre este assunto pode se utilizar do e-mail ecunha2@bol.com.br.

Apresentação de Frota da Empresa Borborema (hj Pç da Bandeira), Década de 50 - Foto: Acervo Emp. Borborema

Sites/Fontes:
http://www.onibusparaibanos.com
http://www.rdvetc.com
http://www.campinavalemais.clicpersonal.com.br
Rua Maciel Pinheiro, Década de 1920

Ela já foi chamada de Rua do Seridó, ou estrada do Seridó, Rua Uruguaiana, Rua das Gameleiras, Rua Grande, Rua do Comércio e tornou-se uma paixão da cidade como a Rua Maciel Pinheiro. 

Foi a rua de construções lindas e imponentes que desapareceram sobre as picaretas da insensibilidade, como o Teatro Apolo, de 1912, o Mercado Novo, de 1864, a Casa Inglesa, de 1877, o Cine Fox, de 1918, entre outras. 

A Maciel Pinheiro também tornou-se inesquecível como o quartel-general dos antigos carnavais de rua, e as grandes festas de final de ano, como o Natal, onde a população ia à noite, até o anos 1970, desfilar suas melhores roupas e admirar as vitrines que eram um luxo, como as da Casa Guri e Casa Vaz, ou tomar um sorvete na Riviera. 

Uma rua cheia de história, pois dali saiu, em grande comitiva, o prefeito Cristiano Lauritzen, no dia 2 de outubro de 1907, para inaugurar a estrada de ferro e receber a locomotiva Maria Fumaça, que pela primeira vez chegaria a Campina Grande. 

A Rua Maciel Pinheiro é o coração do art déco na cidade, onde mais predomina este tipo de arquitetura no Brasil. E por isso mesmo poder ser transformada num dos trunfos para o desenvolvimento definitivo da indústria turística local.




Pois é: em determinada altura dos anos 70, a diretoria do Galo da Borborema mudou seu nome para "Treze Athlético Paraibano", o que causou enorme confronto com a torcida mais tradicionalista, que tempos depois, através de ação encabeçada pelo fundador Antônio Fernandes Bióca, conseguiu a volta do nome antigo e tradicional.

A foto acima mostra uma faixa postada na esquina do Calçadão da Cardoso Vieira com a Rua Venâncio Neiva como registro dessa época. Ao fundo, a antiga redação do Diário da Borborema.

Foto enviada pelo Colaborador Gutemberg Olímpio.
Foto Original: (c) CÁCIO MURILO

“Venturosa Campina, querida, oh cidade que amo e venero...”

Traçar comentários à Campina Grande ante a ode de amor composta pelo professor Fernando Silveira em seu Hino Oficial, seria prover um texto redundante, haja vista a clareza com que o autor exulta o orgulho que cada habitante dessa “Canaã de leais forasteiros...” deve conter no peito.

Leais forasteiros, sim, pois desde sua pseudo-gênese, quando a tropa liderada pelo Capitão-Mor Theodósio de Oliveira Ledo aportou às margens do Riacho das Piabas, nosso Açude Velho, que Campina é Grande o bastante para acolher aqueles que carecem se utilizar da sua generosidade inata.

Na “...memória de índios valentes e singelos e alegres tropeiros” tentaram lhe nomear Vila Nova da Rainha, o que não vingou, nem em documentos oficiais: eis aí a força desse nome que faz nosso coração bater mais forte ao ouvi-lo pronunciado nos meios de comunicação quando é referendada pelos seus diferencias em nível nacional e, até, internacional!

Houve uma época em que a Rainha da Borborema comemorava seu auge, quando “...no teu povo, o progresso expande” era o mote que regia o processo de desenvolvimento que acompanhava sua cronologia natural.

“Tua glória revive, Campina, na imagem de homens audazes”, aqueles destemidos cidadãos, campinenses de corpo e de alma, de nascimento ou de adoção, que travaram batalhas em prol do engrandecimento dessa terra, não medindo esforços para fazer dessas “...serras de verdes vestidas” um lugar de pleno êxito no caminho ao futuro.

Coroada como Rainha da Borborema, abençoada por um clima espetacular e beneficiada por uma geografia que a torna o entreposto natural do estado da Paraíba, o “recanto abençoado do Brasil” comemora seu Sesquicentenário de Emancipação Política.

Torcendo sempre para que Campina não se limite a ser Grande apenas no nome, parabenizamos nossa estimada e valente cidade pelos seus 153 Anos!

Parabéns Campina, GRANDE!

Blog Retalhos Históricos de Campina Grande
Editores
Colaboradores


Ainda em comemoração a semana de aniversário de Campina Grande, apresentamos o excelente vídeo produzido pelos Estúdios ArtCom e site anotícia.tv, sob o comando do radialista Abílio José. 

Com imagens atuais de Flávio Evangelista, o vídeo apresenta um perfeito encaixe entre imagens do passado com seus referenciais no presente; trata-se de um registro espetacular em homenagem à Campina Grande para este 11 de Outubro de 2017.



Na semana dedicada às comemorações de mais um aniversário de Emancipação Política de Campina Grande, publicamos o emocionante vídeo elaborado pela colaboradora Mônica Torres, que utilizou técnicas de edição para produção de imagens de fotos e vídeos, inclusive dando movimento aos itens historicamente estáticos nas fotografias utilizadas, trazendo muita saudade nas lembranças de um tempo que não volta mais, na vida de todo cidadão campinense.

Segunda a própria Mônica, é um "Vídeo produzido apenas para entretenimento, Campina Grande - Retalhos de Saudade, é uma mostra de locais da cidade, retratados em cartões postais, fotos e trechos de filmes que revelam de forma romântica e pitoresca uma época antiga. O material usado neste clip, tem sua origem no acervo de cgretalhos.blogspot.com, gentilmente autorizado e que foi editado e montado por mim para ilustrar de forma pessoal, lembranças e outros flashes de recordações da infância".











Por Rau Ferreira


                               Em diversos documentos há referências à lei que denominou oficialmente a cidade Rainha da Borborema, atiçando-me a curiosidade de conhecer o seu conteúdo. E para a minha surpresa – diferente do que está disposto em sites de pesquisas e livros – havia um equívoco na numeração.
Acreditava até este momento – como muitos ainda pensam assim – que a lei que elevara Campina à categoria de cidade recebera o tombamento Nº. 137. Ledo engano! Na verdade, trata-se da Lei Provincial Nº 127, de 11 de outubro de 1864, que passo a transcrever-lhe o inteiro teor ipsi litteris com a grafia original da época:

LEGISLAÇÃO PROVINCIAL
LEI N. 127, de 11 de outubro de 1864.

Sinval Odorico de Moura, bacharel formado em sciencias jurídicas e sociaes pela academia de Olinda, official da imperial ordem da rosa, e presidente da província da Parahyba do Norte:

Faço saber a todos os reus habitantes que a assembléa legislativa provincial resolveu, e eu sanccionei a lei seguinte:

Artigo único. A villa de Campina Grande fica elevada à cathegoria de cidade, conservando a mesma denominação, e revogadas as disposições em contrário.
Mando portanto à todas as autoridades, a quem o conhecimento e a execução da presente resolução pertencer que a cumprão e fação cumprir e guardar tão inteiramente como nélla se contém.

O secretário desta província a faça imprimir, publicar e correr.
Palacio do governo da Parahyba, em 11 de outubro de 1864, quadragésimo terceiro da independência e do império.
L. S.
Sinval Odorico de Moura”

Encontramos ainda no órgão oficial a carta de sua publicação, do teor seguinte:

“Carta de lei pela qual V. Exc. manda publicar a resolução d’assembléa legislativa provincial, que sanccionou, elevando á cathegoria de cidade a villa de Campina Grande, conservando a mesma denominação.
Para V. Exc. ver
Joaquim Gonsalves Chaves Filho, a fez.

Foi sellada e publicada a presente resolução nesta secretaria do governo da Parahyba, em 11 de outubro de 1864.

Joaquim Maria Serra Sobrinho”

A referida lei provincial foi registrada no livro competente, junto à Secretaria do governo da Parahyba, em 14 de outubro daquele ano pelo Sr. Joaquim Gonsalves Chaves Filho, 2º Oficial do Governo Provincial.


Referência:
- O PUBLICADOR, Jornal. Ano III, Nº. 641. ed. José Rodrigues da Costa. Edição de sexta-feira, 21 de outubro. Parahyba do Norte: 1864.




Em sua edição do dia 10 de março de 1888, o jornal "A Pronvíncia de São Paulo" que, mais tarde, viria se tornar "O Estado de São Paulo", o popular 'Estadão', publicava em nota a criação do Club Abolicionista de Campina Grande, que lutaria em defesa da libertação de escravos no Município.

A nota atenta para a figura do dr. Chateaubriand Bandeira de Mello, médico local, como o presidente do club.

Abaixo, a transcrição da nota:

"Na cidade de Campina Grande (Parahyba) foi instalado um club abolicionista afim de promover a libertação de pouco mais de 300 escravos que conta o município.
A reunião acclamou presidente do club o dr. Chateaubriand Bandeira de Mello, distincto clínico da localidade e dedicado abolicionista.
Foram libertados 39 escravos no acto da instalação do club e houve grandes demonstrações de regosijo da população."

Dr. Chateaubriand era médico, natural de Cabaceiras-PB, serviu a sociedade de Campina Grande, sendo considerado o mais antigo profissional a exercer a medicina em nossa cidade, segundo o Anuário de Campina Grande 1925.





O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural estará reunido, no próximo dia 27 de setembro, quando irá avaliar a inclusão de novos bens na lista de Patrimônio Cultural Brasileiro. Na pauta da 87ª reunião estão as propostas de tombamento da Ladeira da Misericórdia, no Rio de Janeiro (RJ), da coleção Nemirovsky, em São Paulo (SP), e o pedido de registro da Feira de Campina Grande, na Paraíba, como Patrimônio Cultural do Brasil. A reunião será no Edifício Sede do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em Brasília.

A primeira reunião do Conselho Consultivo este ano foi em abril, quando foi revalidado o registro da Arte Kusiwa – Pintura Corporal e Arte Gráfica Wajãpi como Patrimônio Cultural do Brasil. Na ocasião, os conselheiros e a presidente do Iphan, Kátia Bogea, celebraram os 80 anos de criação do Instituto, relembrando a própria trajetória do Conselho, idealizado por Mário de Andrade em 1936 quando elaborou o anteprojeto do Iphan. Também em 2017, no dia 22 de junho, o Conselho aprovou o tombamento do Conjunto Histórico do Arquipélago Fernando de Noronha (PE).


Quando lemos ‘Genival Cassiano dos Santos’... Nos indagamos: “Um homem, um nome... mais um?!”

“Mais um”, não! Esse tal ‘Cassiano’ é um dos maiores nomes da MPB; cantado, reconhecido e reverenciado por grandes nomes do cenário musical nacional, um dos fundadores da moderna música negra brasileira.

Genival Cassiano, ou simplesmente Cassiano, como ficou conhecido no meio artístico, é cantor, compositor e guitarrista, e para surpresa de muitos, nasceu em Campina Grande em 16 de Setembro de 1943.

Morou pouco tempo na Rainha da Borborema. No final da Década de 1940, mudou-se com a família para o Rio de Janeiro - mas das poucas lembranças dessa época, é marcante a amizade que havia entre seu pai e o ritmista Jackson do Pandeiro.

Foi seu pai quem lhe ensinou as primeiras noções de violão e bandolim.

Já na Cidade Maravilhosa lutou pela sobrevivência junto à sua família, tendo trabalhado como servente de pedreiro. Mas, as aulas recebidas do seu pai lhe abriram as portas para iniciar sua carreira artística na Década de 1960.

Aos 21 anos, fundou o grupo ‘Bossa Trio’, tocando pelas noites do Rio de Janeiro e São Paulo. Mais tarde, no entanto, o ‘Bossa Trio’ deu origem ao grupo vocal “Os Diagonais”, que passou a acompanhar o cantor Tim Maia desde o início. O estilo vocal marcante do grupo lhe permitiu gravar alguns LPs pela gravadora RCA.

Influenciado tanto pela ‘soul-music’ norte-americana de Otis Redding e Stevie Wonder bem como pelo samba-canção de Lupicínio Rodrigues, foi um dos precursores do gênero ‘soul’ no Brasil, a moderna música negra brasileira, que ficou conhecida como ‘Black Rio’.

No ano de 1969, participou como guitarrista no primeiro disco lançado por Tim Maia. Nesta mesma obra, Tim Maia cantou dois dos maiores sucessos da ‘hit parede’ nacional não só daquele ano, como de toda a História da MPB, as músicas “Eu Amo Você” e “Primavera” – É aquela mesma; “Quando o inverno chegar, eu quero estar junto à ti...”, composições de autoria de Cassiano, junto à Sílvio Roachel!

Ainda que tenha gravado o LP “Apresentamos o Nosso Cassiano”, em 1973, pela gravadora Odeon, foi em 1976 que alcançou o ápice como cantor e compositor, quando interpretou seus maiores sucessos (letra em parceria com Paulo Zdanowski), as músicas “A Lua e Eu” (1976)”, tema da novela “O Grito” e, no ano seguinte com “Coleção”, incluída na trilha sonora da novela “Locomotivas”, ambas da Rede Globo de Televisão.

Como intérprete em carreira solo, lançou os LPs: “Cassiano, Imagem e Som” (1971, RCA), “Apresentamos Nosso Cassiano” (1973, Odeon) e “Cuban Soul — 18 quilates” (1976, Polydor).

Em 1978 interrompeu a carreira de intérprete por motivos de saúde, mas continuou compondo sucessos como  “Mister Samba”, gravado por Alcione, e “Morena”, por Gilberto Gil. Voltou a gravar em 1991, quando participou do ‘songbook’ da editora Lumiar dedicado a Noel Rosa e lançou o LP “Cedo ou Tarde” (Columbia), com participação de Ed Motta, Sandra de Sá, Marisa Monte, Djavan entre outros, que mesclou antigos sucessos e composições inéditas como “Know-how”.

De acordo com os amigos, Cassiano – hoje - mora em um modesto apartamento no bairro carioca do Flamengo e vive dos direitos autorais de suas canções. Já que as músicas de sua autoria nunca deixaram de ser sucesso. Recentemente o grupo de pagode Pixote regravou “A Lua e Eu” e a cantora Ivete Sangalo incluiu a música “Postal” em um dos seus novos CDs.

Este ilustre campinense pouco conhecido por sua origem, mas muito reverenciado pela classe artística nacional, sonha com uma volta aos discos, mesmo sabendo que é difícil competir com a banalidade dos gêneros “comercialmente viáveis” que hoje imperam no mercado musical brasileiro.

"Se Tim Maia é a voz dessa nova escola (Black Rio), a sua grande cabeça é o compositor Cassiano!" (Nelson Motta, Produtor Musical)

Apresentamos nosso Cassiano - Odeon 1973

http://veja.abril.com.br/251000/p_180.html;

Contando com a dica do leitor Sandro Sousa, que nos enviou por e-mail o link para o vídeo abaixo, que corresponde à Coluna de Nelson Motta do dia 04 de Dezembro de 2009, homenageando o precursor da soul music no Brasil, o grande letrista Genival Cassiano, Gente da Gente!



 
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