Recebemos a indicação do texto abaixo de André Luís Simões Andrade que, em pesquisa sobre o tema 'aviação', encontrou a curiosa história de Severino Nogueira, paraibano de Juazeirinho que, no ano de 1933, realizou a façanha de decolar seu teco-teco de Campina Grande, até o Rio de Janeiro.
Segue transcrição da matéria postada no Blog Iedo Ferreira, de autoria de Hilton Gouveia:
Severino Nogueira, Paraibano da cidade de Juazeirinho-Pb, aos 23 anos, sonhava em ser aviador. Em 1933, aos 27 anos, viajou para o Rio de Janeiro a fim de estudar num curso de piloto, embora, naquela época, a aviação civil brasileira praticamente não existisse. E as poucas aeronaves em movimento comercial pertenciam a Panair do Brasil, Air France e à Condor. Estas Companhias aéreas, formavam seus pilotos no exterior, mas isso não foi empecilho para este arrojado paraibano, que jurou realizar seu sonho a qualquer risco, fazendo o perigoso vôo pioneiro entre Campina Grande e o Rio de Janeiro, conquistando as manchetes dos jornais em 2 de janeiro de 1939.
Segundo Geraldo Vital, um dos biógrafos do piloto, Nogueira empreendeu esta odisséia aérea com uma namorada. Já no Rio, procurou fazer seu curso de piloto e apelou para a interferência de um conterrâneo famoso, o Doutor José Américo de Almeida, na época Ministro da Viação. Este apresentou Severino ao então Comandante da Escola de Pilotos Militares da FAB – Força Aérea Brasileira -, o Major da Aeronáutica Henrique Fontinelli, a quem solicitou que seu candidato frequentasse a escola, naqueles tempos já funcionando com excelente referência no Brasil e na América do Sul.
No biênio 1933/35, Severino seguiu com destino a São Paulo, para cumprir o estágio de final do curso. Assim, se tornou o primeiro paraibano a adquirir o brevet de Piloto Civil, carimbado com o número 94. Isto equivalia a receber uma carta de piloto de aeronaves de recreio e desporto. Severino voltou satisfeito para Campina Grande, mas ainda com um estratégico problema a resolver: piloto sem aeronave não dava sentido à concretização de seu sonho. Insistente, ele passou a se corresponder com vendedores norte-americanos de aeronaves. E acabou fechando negócio, efetuando a compra de uma avioneta por US$ 1.850,00 equivalentes, na época, a trinta e quatro contos de réis – ou, a dinheiro de hoje, aproximadamente R$ 15 mil. A encomenda foi enviada para Recife e ele mesmo fez a montagem do avião, na praia de Boa Viagem.
Esclareça-se que o pai de Severino, o empresário José Felismino Nogueira, na época era farmacêutico, e proprietário de uma Usina de Beneficiamento de Algodão e exportação para Campina Grande-Pb. Também possuía o prestígio genealógico e histórico de ser um dos fundadores de Juazeirinho, um homem que, sem sombra de dúvida, era economicamente realizado.
Em Boa Viagem, Severino criou o hábito de decolar no aviãozinho Taylor – esta era a marca da aeronave -, e sobrevoar esta parte do litoral pernambucano.Testava os equipamentos e certificava-se da velocidade e da autonomia de vôo do aparelho. Ao sentir- se apto para viagens mais longas, realizou uma decolagem com destino à sua cidade natal, Juazeirinho, onde construiu um pequeno campo de pouso. Depois retornava a João Pessoa, para novos testes.
Numa dessas viagens ao Cariri paraibano, Severino sempre levava um convidado, Boanerges Barreto. Até que um dia, sobrevoando a cidade de Soledade, Severino notou que o combustível estava no fim. O recurso que encontrou, raciocinando o mais rápido possível, foi pousar no meio da rua principal de Soledade, bastante larga para aquele tipo de emergência.
Surgiu outro problema: Onde conseguir o combustível para prosseguir a viagem por mais 40 Km, até Juazeirinho? Quem surgiu como anjo salvador desta situação foi Joca Mota, dono de um caminhão na cidade de Tapero/á que estava ali de passagem. Joca cedeu o combustível e, momentos depois, Severino decolava no rumo de Juazeirinho onde foi festivamente recebido.
O piloto ainda implantou algumas adaptações na aeronave, como o sistema de carburação, o tanque auxiliar de combustível, o sistema de velas, entre outras de natureza mecânica. Isto modificou a originalidade da aeronave. Já com certa experiência acumulada em vários vôos e apoiado na confiança que obtivera com a prática, Severino idealizou uma viagem ao Rio de Janeiro, para tratar de negócios particulares.
Em 25 de dezembro de 1938, Partia de Campina Grande o aviador Severino Nogueira em um avião teco-teco, prefixo Pptck, modelo Taylor, com destino ao Rio. Ele programou escalas em João Pessoa e, no dia 26 – 24 horas após o dia do Natal -, Severino decolou para Recife, onde pousou no campo de Tigipió. Após uma revisão completa no aparelho, estava tudo pronto para decolagem com destino ao Rio. No momento surgiu um impasse: a Polícia Marítima do Recife impediu o vôo, por suspeitar de algum plano político, que tramasse contra a Ditadura de Getúlio Vargas.
O pessoal do Exército, que conhecia o aviador, solucionou a questão com a presença de Doutor Jacy Toscano –Assessor de Getúlio -, junto à Aeronáutica. No dia seguinte, 27 de dezembro, a viagem histórica para o Rio de Janeiro foi reiniciada, com escala em Maceió. Severino e seu Taylor voavam sobre o litoral numa altitude entre um mil e 1.200 metros. Como não tinha pressa de chegar ao destino, ele decolou rumo à capital alagoana, daí em diante pernoitando em Maraú, nos arredores de Salvador (BA).
Após atravessar o Rio São Francisco, houve pane na aeronave, provocada por uma vela que se desprendera do motor. Sorte que a peça ficou enganchada nas engrenagens, enquanto o piloto habilmente pousava à beira-mar. Alí, Severino recolocou a vela, fez os testes de costume e decolou sem problemas. Voava a 100 km por hora, e, com a autonomia reduzida, seguiu para Caravelas (BA), Vitória (ES) e Campos (RJ).
O aviador, que era excelente mecânico, criou um tanque auxiliar com uma lata de gasolina adaptada ao interior da aeronave”, diz Geraldo Vital. “Ligado por uma mangueira ao motor, o tanque auxiliar passava a funcionar através de uma torneira, quando o reservatório principal dava sinais de esvaziamento”. Essa operação era levada a termo em pleno vôo _ Nessa época, nem aviões militares ou de passageiros conseguiam esta proeza. Sem falar que a sua Carta de Navegação de bordo, não passava de um simples Atlas Escolar. Mais: Severino voava com a porta da cabine aberta, para enxergar o solo.
Todos os jornais do Rio de Janeiro abriram manchetes para registrar “o arrojo de um aviador maluco” (assim diziam eles), que pilotava um teco-teco, repleto de arranjos e emendas, que acabava de efetuar um vôo histórico. A imprensa americana também deu destaque ao feito de Severino Nogueira. O Correio da Manhã (RJ) noticiou que o Departamento de Aviação Civil, avistou, por volta de 11 horas do dia, um objeto em direção ao campo,de pouso, que parecia um urubu; “lá vem ele se aproximando”, dizia a platéia, quando o aviãozinho tomou a cabeceira da pista e posou suavemente em direção ao hangar.
Os presentes se indagavam: “quem é esse doido que vem aí dentro”? Do interior da nave desceu um homem moreno, jovem, alegre, seguido de uma mulher morena vestida de preto. O piloto cumprimentou a todos que o aguardavam. O Diretor do DAC perguntou-lhe:
– De onde vem o Senhor?
– Estou chegando da Paraiba.
-Mas, veio voando nisso aí?
-Sim senhor.
-Não é possível. O senhor está brincando. Deve ter vindo de Manguinhos.
– Que nada, senhor. Eu sou da Paraiba e vim de lá. Sou aviador há seis anos, pouso esse bichinho há mais de dois anos e nunca me aconteceu nada.
No Rio, Nogueira, o Aviador, não teve sossego: levaram-no ao Aeroclube do Brasil onde foi muito bem recebido pela Diretoria e os sócios. Cada explicação do piloto virava uma notícia. Severino informou ter gastado 300 litros de gasolina e quatro litros de óleo. Adiantou que fez um trajeto de tempo de 18 horas, levando oito dias para conhecer as cidades do percurso e proporcionar descanso ao motor da aeronave.
Nogueira pretendia voltar à Paraíba na mesma aeronave, mas, foi convencido a não voar antes de uma revisão que lhe custaria muito caro. E, como homem de negócios, vendeu o avião por 154 contos de reis (Moeda circulante na época). Nogueira não imaginava que fossem noticiar a presença da companheira de viagem que, para todos os efeitos se chamaria Julieta Alves Nogueira, com quem mantinha laços amorosos. Este impasse gerou protestos, anos depois, por parte da sua legítima esposa, Maria Barros Nogueira, com desmentidos através de telegramas.
Nogueira passou a residir no Estado da Bahia, onde foi proprietário da Fazenda Barro Alto. Morreu lá, com mais de 70 anos.
Um dos assuntos que mais cativa o público saudosista é a memória do rádio, seja em qual esfera geográfica. Um dos mais conhecidos DJ de Campina Grande, Johan van Haandel, que teve memorável passagem nas boates Marrom Café, Aldebaran, Rush, One e Lennon Bar, bem como foi radialista, com passagem pela 98 FM, nos presenteia com um excelente trabalho de pesquisa, lançado em 2021: Um livro digital sobre a História do rádio FM comercial em Campina Grande.
A obra digital, publicada pela Editora Casa Flutuante de São Paulo pode ser obtido pelo seguinte link abaixo:
https://www.academia.edu/72278890/Hist%C3%B3ria_do_r%C3%A1dio_comercial_em_FM_de_Campina_Grande
Johan ainda disponibiliza, em seu canal no You Tube, alguns áudios que ajudaram na pesquisa (alguns ele mesmo produziu, como os spots do Arquivo 98 e a chamada de sucessos pop de 2007 da 98 FM).
Eles podem ser conferidos em:
https://www.youtube.com/watch?v=49H1bovR5eQ
https://www.youtube.com/watch?v=2IGTTROO_QA
Ao passo em que agradecemos pela disponibilização do conteúdo, parabenizamos van Haandel pelo trabalho.
A
poesia como gênero literário se apresenta como um texto em versos que na sua
estética se expressa de forma lírica, épica e dramática. Na Paraíba são muitos
os poetas e poetisas que se destacam, dos quais o seu maior expoente tem um
Augusto nome, e sobrenome dos Anjos (1884/1941).
Campina
tem grandes poetas, a exemplo de Mauro Luna (1897/1943), autor d’O Pau D’arco
Amarelo, onde se lê na sua segunda estrofe: “Emblema da ansiedade e da
beleza emblema,/ Árvore secular, de flores recobertas,/ Embora ante a
intempérie, algumas vezes trema,/ Tem nas flores gentis, uma divina oferta!...”.
E
entre os seus menestréis não podemos nos esquecer do professor Anézio Ferreira
Leão (1909/1971), campinense de admirável cultura, fundador do Instituto São
Sebastião e autor dos livros “Gritos d’Alma” (1935) e “Aulas de Português”
(1958), fazendo-lhe uma homenagem com dois de seus poemas.
O
primeiro nos é fornecido pela escritora Viviam Galdino de Andrade, em seu
belíssimo trabalho, fruto de intensa pesquisa para a sua tese de doutorado pela
UFPB:
ALFREDO DANTAS.
1919-1969
No Dia da Bandeira,
nesse dia
Do ano de dezenove,
aqui fundava
Alfredo Dantas um
colégio. Dava
à nossa terra o tudo
que podia.
Era uma estrela nova,
que surgia
No céu das nossas
letras. Nele estava
Fadada a fulgurar
aquela flava
Legião de sóis, que o
novo sol trazia.
Alfredo Dantas fecha os
olhos, mudo!
Ainda cedo nos deixou.
Contudo,
Nunca o brilho de um
sol se apagará:
Severino Loureiro uniu
àquela
o fulgor de sua alma.
Imensa e bela
a estrela DANTAS não se
extinguirá.
É a própria Viviam que
comenta essa poesia:
“O
texto do professor Anézio Leão traz a legitimidade daquele que conhece a
educação e luta pelas letras em Campina Grande. Em reconhecimento às ações de
Alfredo Dantas, o educador atesta em suas palavras o prestígio devotado ao
diretor-tenente e à escola que ele conduziu com mãos fortes na cidade” (in:
Alfabetizando os ‘filhos da Rainha’ para a civilidade/modernidade).
Por algum tempo, em
termos de escola particular em Campina, existia apenas o Instituto Pedagógico
fundado por Alfredo Dantas em 1919 e o Instituto São Sebastião (1920) de Anézio
Leão, os quais eram rivais nas bandas de música.
*
*
*
O segundo poema acompanha
a publicação de Roniere Leite Soares, em sua coluna no jornal “A União”, com o
título “Anézio Leão: um bardo fora de série(s)”, que se pode ler pelo QR Code
anexo ao artigo. Transcrevo-o:
A CRASE
Urge, para lidar com
Dona Crase
Saber o que ela é, devidamente;
Sem isto, ao certo,
nunca pode a gente
Sentir quando ela tem
lugar na frase.
É a fusão de dois aa.
Já tens a base:
Se o termo anterior
(antecedente)
Exigir o primeiro, e o
consequente
Aceitar o segundo,
dá-se a crase.
João vai (eis um exemplo).
Ora, que vai,
Vai a... de trem, de
carro, de avião,
E leva, se quiser, mãe,
o pai...
Vai à Bahia. O acento
no a se deita,
Pois há o casório do a
- preposição
Com o a - artigo, que
Bahia aceita.
Este
poema nos ensina o difícil acento gramatical que se origina da fusão ou
contração das vogais inicial e final do vocábulo antecedente, quando unidas
pelo sentido da escrita.
Moacyr
de Andrade relata em seu livro “Vultos Paraibanos” a destreza do velho
professor:
“Nunca
vi consultar livros durante suas aulas. Seus exemplos eram colhidos no ambiente
ou nos episódios cotidianos, todos seus alunos eram seus fãs e adoravam a sua
intuitiva arte didática” (in: Vultos Paraibanos).
Anézio
lecionou Teoria Musical e Português e fundou a banda de música do Instituto São
José em Patos-PB; foi vereador em Feira de Santana-BA e em Campina Grande-PB. É
patrono da Cadeira nº 03 da Academia de Letras de Campina Grande e da Cadeira
nº 26 do Instituto Histórico e Geográfico de Campina Grande.
Rau
Ferreira
Referências:
- ANDRADE, Moacyr. Vultos
Paraibanos. RG Editora e Gráfica. Campina Grande/PB: 1999.
- ANDRADE, Viviam
Galdino (de). Alfabetizando os ‘filhos da Rainha’ para a
civilidade/modernidade: o Instituto Pedagógico em Campina Grande – PB
(1919-1942). eManuscrito. ePUB. ISBN 978-65.86723-04.5. São Paulo/SP:
2020.
- ASSIS, Maria José
(de). Poetas paraibanos: do erudito ao popular. Universidade
Federal da Paraíba. Editora Realize. Anais. Enlije: 2014.
- SOARES, Roniere
Leite. Anézio Leão: um bardo fora de série(s). Coluna do Jornal
“A União”. Edição de 10 de agosto. João Pessoa/PB: 2022.
A homenagem partiu do Prefeito campinense ElpídioJosué de Almeida em seu segundo mandato (1955/1959), através de mensagem ao legislativo mirim de 22 de julho de 1959.
Epaminondas nasceu em Esperança-PB, no dia 04 de junho de 1900, onde viveu até os dez anos de idade, até que sua família se mudou para Taperoá-PB. Veio residir em Campina Grande-PB após o falecimento de seu pai, ocorrido em 14 de fevereiro de 1921.
Em Campina, com algumas noções de contabilidade, passou a trabalhar no Banco Auxiliar, fazendo carreira por 21 anos. Casou-se com sua prima Isaura, mas não teve filhos. Era católico fervoroso e ajudou a fundar algumas paróquias e associação de moços.
Na mensagem Elpídio acentuou o caráter e formação do esperancense: “Fez por merecer esta modesta homenagem à sua memória. Não disputou cargos eletivos, não exerceu nenhum lugar na pública administração, não pertenceu a facções partidárias, mas prestou a Campina grande um relevante serviço, que exigiu anos seguidos de persistente trabalho, qual o de escrever a sua história”.
Elpídio prossegue ressaltando os seus atributos: “Seria uma justiça continuar esquecido o nome de Epaminondas Câmara, que, sem ser filho da terra, aqui se radicou, dedicando os seus lazeres à investigação e ao estudo da história local”.
Epaminondas publicou dois livros os “Alicerces de Campina Grande” (1943) e “Datas Campinenses” (1947). Foi eleito para a Academia Paraibana de Letras (1945), assumindo a Cadeira nº 18 do historiador Irineu Jóffily, sucedendo ao poeta Mauro Luna.
Na Paraíba, Câmara descobriu a chamada “Civilização da Farinha”, no período em que os colonizadores da Paraíba praticavam uma agricultura de subsistência e de escambo, exportando o excedente da farinha para o Sertão.
E traça lhe o seu perfil, o edil campinense: “Era modesto e simples, arredio por índole às agitações políticas e aos bulícios sociais, mantendo o seu modo de viver quase que invariavelmente em ir de casa para o trabalho e do trabalho para a casa, onde se entregava à leitura e à escrita de seus artigos e livros. [...]. Vida silenciosa, mas profundamente útil à nossa cidade. Faz jus à homenagem que alvitramos aos Srs. Vereadores”.
O Dr. Elpídio nasceu em Areia-PB, mas radicou-se na cidade “Rainha da Borborema”. Formou-se em Medicina pela UERJ. Aos 36 anos foi eleito para compor o Conselho Municipal e, por duas vezes, foi Prefeito de Campina (1947/51 e 1955/59), assumindo ainda uma cadeia na Assembleia Federal (1951).
Participou da Revista Campinense de Cultura em comemoração ao centenário de Campina Grande e escreveu as obras “Areia e a abolição da Escravatura: o apostolado de Manoel da Silva” (Oficinas Gráficas do Jornal do Commercio: 1946) e “História de Campina Grande” (Livraria Pedrosa: 1962).
Epaminondas Câmara faleceu às duas e meia da tarde do dia 28 de abril de 1958, “rodeado do amor dos seus, sem uma queixa, sem um lamento”, como bem explicitou o amigo Cristino Pimentel.
O Município de Campina Grande-PB prestou-lhe a homenagem nominando uma de suas artérias no bairro do Catolé. A rua Epaminondas Câmara fica paralela à rua Dr. Elpídio de Almeida.
Rau Ferreira
Referências:
- ALMEIDA, Elpídio. História de Campina Grande. 2ª ed. João Pessoa: Editora Universitária/UFPB: 1978
- CÂMARA, Epaminondas. Evolução do catolicismo na Paraíba: Aos 500 anos da descoberta do Brasil. Prefeitura Municipal de Campina Grande, Secretaria de Educação: 2000.
- OFICIAL, Semanário. Ano IV, Nº 179. Adm. Elpídio de Almeida. Edição de 25 de julho. Campina Grande/PB: 1959.
- PIMENTEL, Cristino. Historiador Epaminondas Câmara. A União, edição de 18 de maio. João Pessoa/PB: 1958.
- PIMENTEL, Cristino. Mais um mergulho na história campinense. Academia de Letras da Campina Grande, Núcleo Cultural Português. Ed. Caravela: 2001.
- SOARES, Antônio. Autores Parahybanos 99. Edições Caravela: 1999.
O vídeo a seguir é uma das maiores raridades do acervo do blog “RHCG”. Trata-se do Programa televisivo "Linha Direta" que retratou a morte do tribuno Raymundo Asfora.
O programa foi ao ar pela Rede Globo em 10 de junho de 1990, causando muita polêmica à época, pois o jornalista, ex-governador de Minas Gerais e ex-ministro, Hélio Costa, claramente afirmava que Asfora fora assassinado!
O arquivo em vídeo deste raro documento nos foi cedido gentilmente pelo colaborador Manoel Leite, o “Leitinho”, a quem agradecemos.
Importante: Queremos registrar que o Blog RHCG não está emitindo nenhuma opinião sobre o evento ocorrido na Granja Uirapuru mas sim, como sempre, relatando uma história, desta vez rememorando um dos momentos mais traumáticos da História de Campina Grande, em reportagem feita pela maior Rede de Televisão do país.
Em 1981, a TV Borborema, a primeira da Paraíba, foi alvo de uma reportagem da Revista Veja, na época, o principal meio de comunicação impresso do país. O jornalista "Chico Maria", com seu programa de debates "Confidencial", foi o tema principal da reportagem, que nossos leitores podem ler abaixo:
Fontes Utilizadas:
Acervo da Revista Veja
Uma das mais antigas edificações de Campina Grande é o Edifício Prata, localizado na Rua Semeão Leal, centro da cidade. Foi construído por um ex-prefeito de Campina Grande, Raymundo Vianna de Macedo, que governou a cidade durante o período de 1945 e 1946.
Raymundo Vianna de Macedo
Vianna tinha vários imóveis, entre eles, o terreno onde hoje se localiza a “Feira da Prata”, que inclusive leva o seu nome. Foi um dos fundadores do Jornal “Praça de Campina” em 1934, do Rotary, da Embrapa, da Sociedade Rural e da Sociedade Beneficente dos Artistas, além de ser um dos responsáveis pela construção da Igreja do Rosário e do Colégio da Prata. Ainda seria deputado estadual no ano de 1946.
O Edifício Prata, de estrutura de concreto armado, tem o alvará de construção nº. 1.179, registrado em livro em 07 de julho de 1962, no Departamento de Urbanismo da Prefeitura Municipal de Campina Grande. Porém, vale destacar que sua construção foi bem antes disso, infelizmente, não temos o ano correto de tal ato.
Foto do Edifício
José Paulino da Costa, que trabalhou no Edifício Prata desde 1975, nos relatou em 2009 uma curiosidade na construção do prédio. Segundo ele, vários maquinários utilizados para construir o Açude de Boqueirão, reservatório de água de nossa cidade, foram empregados na construção do edifício, chegando inclusive a ser alvo de piadas, ao indagarem Vianna se ele estava construindo um açude no centro da cidade.
O Edifício tem uma área total construída de sete mil, novecentos e oitenta e oito metros e quarenta centímetros quadrados (7.988.040 m2). Já foi sede dos grandes escritórios e comércios da cidade em sua fase áurea, sendo em determinada época, grande centro mercantil. Hoje, basicamente, é local de moradia de estudantes, que chegam a Campina Grande para estudar nas nossas diversas universidades.
Outra Vista do Edifício
Fontes Utilizadas:
-Arquivos de José Paulino da Costa
-Arquivos Pessoais