Serviço de Utilidade Pública - Lei Municipal nº 5096/2011 de 24 de Novembro de 2011
Criado por Adriano Araújo e Emmanuel Sousa
retalhoscg@hotmail.com

QUAL ASSUNTO VOCÊ ESTÁ PROCURANDO?

Uma alegria daqueles que fazem o blog “RHCG” é o de tomar conhecimento que o conteúdo desta página está servindo de ajuda para a elaboração de várias obras, como por exemplo, a excelente monografia “Modernização e Modernidade: Uma Leitura sobre a Arquitetura Moderna de Campina Grande (1940-1970)” de Adriana Leal de Almeida Freire. Foi justamente nela que encontramos uma foto que chamou nossa atenção, que é o antigo abrigo para passageiros de coletivos urbanos e interurbanos, que se localizava no bairro da Conceição. A imagem, que pode ser visualizada a seguir foi encontrada nas páginas do Diário da Borborema de 19 de julho de 1959:


Por certo tempo ficou a dúvida para os autores deste blog, o local exato do abrigo. Ela foi encerrada após a observação da figura a seguir, foto de autor desconhecido (entrem em contato conosco para crédito):


A priori, a identificação ainda está prejudicada, porém como pode ser visto a seguir, uma coluna em “Y”, comum em ambas as obras, soluciona toda a dúvida:


No local exato do abrigo de 1959, localiza-se hoje uma Farmácia, nas esquinas da Rua Índio Piragibe e Ponto Cem Réis.

A Rua Índio Piragibe por sua vez é um dos locais mais antigos de nossa cidade. Segundo a obra “Memorial Urbano de Campina Grande”, Piragybe significa Braço (Jyba) do peixe (Pirá). O braço vem a ser a barbatana do peixe. O Índio a que se refere à rua, foi o chefe Tabajara, aliado dos portugueses no rio São Francisco desde 1573 e na Paraíba em 1585. Morreu centenário, no começo do século XVII, aliado com os seus, perto da cidade da Paraíba (João Pessoa).

A Rua do Bairro da Conceição foi o ponto de encontro de inúmeras gerações de campinenses. Até o poeta Ronaldo Cunha Lima em sua obra “Roteiro Sentimental” foi inspirado pelo logradouro:

Índio Piragibe

Rua Índio Piragibe,
no bairro da Conceição,
ainda hoje exibe
um cenário de emoção.
Das janelas, pelas brechas,
nós dois trocamos flechas
de amor no coração

(Ronaldo Cunha Lima)

A Rua Índio Piragibe atualmente está feia, mal cuidada, esperando um melhor futuro como pode ser visto abaixo:



Pedimos ao Poder Público Municipal, hoje famoso por seus recapeamentos, que recupere a tradicional via de nossa cidade.

ATUALIZAÇÃO - 05 DE FEVEREIRO DE 2016

(Rua Indios Piragibe em 2016)


Em 06 de Maio de 2012, publicamos esta matéria relembrando a Rua Índios Piragibe no bairro da Conceição, uma das ruas mais tradicionais de nossa cidade e pedindo a intervenção do poder público na restauração de seu recapeamento. Em 2016, tal feito foi concluído e sabemos da importância desta postagem no processo, destacando assim a importância do blog como um Serviço de Utilidade Pública. Ficamos envaidecidos e agradecemos.

Fontes Utilizadas:

-Modernização e Modernidade: Uma Leitura sobre a Arquitetura Moderna de Campina Grande (1940-1970) de Adriana Leal de Almeida Freire.
-Diário da Borborema (Acervo)
-Memorial Urbano de Campina Grande, obra de José Edmilson Rodrigues; Edmundo Oliveira Gaudêncio; e Silvestre Almeida Filho – Editora A União
-Roteiro Sentimental de Ronaldo Cunha Lima – Editora Grafset
-Agradecimentos a Manoel Leite pela ajuda na identificação da foto de 1959

16 comentários

  1. Anônimo on 6 de maio de 2012 às 09:40

    Morei nessa rua nos anos de 74 até 78, passei muito por esse abrigo quando criança, nem lembrava mais, vcs me fizeram recordar, estuva no colégio ASSTA, na época das castanholas ao acordar cedo as ruas estavam cheias das frutas e eu saia comendo as amarelas e vermelhas, saudades!

     
  2. Anônimo on 6 de maio de 2012 às 09:41

    Estudava no colégio ASSTA.

     
  3. Guido Machado on 6 de maio de 2012 às 12:01

    Moro na rua, e realmente a rua estava se "enfeiando". Antes conhecida como "Rua das Castanholas", por ter várias árvores do tipo, hoje conta com poucas árvores. Muito buracos. E sobre o Terminal de passageiros, a primeira lembrança do local era como um bar, e realmente lembrava muito a primeira foto. Parabenizar o blog é falar o óbvio. hehehe

     
  4. Anônimo on 6 de maio de 2012 às 12:05

    Eita, a rua da minha adolescência nos anos 70. Valeu Retalhos, vocês agora me emocionaram!!!

     
  5. Terezinha Fernandes Dantas on 6 de maio de 2012 às 16:49

    Morei na minha querida Campina Grande de 1964, até 1997, foram os tempos mais felizes de minha vida, por que não gostar de Campina? Uma Cidade maravilhosa, dinâmica, cultural, Campina é uma Cidade que cativa, eu a considero minha segunda Cidade natal, tenho fé em Deus de voltar a morar em Campina, Grande de Coração...!!!!!!!!!!!!!

     
  6. Anônimo on 6 de maio de 2012 às 17:45

    Demais...

     
  7. Alexandre de Queiroz Caminha on 7 de maio de 2012 às 07:17

    Essa foi certeira. Parabéns!Resta saber como o publico "virou" privado...

     
  8. Soahd on 18 de abril de 2013 às 07:55

    Agora me bateu uma curiosidade, alguém pode me dizer se foi este abrigo de passageiros, que era considerado o "PONTO" com valor de passagem de "CEM RÉIS"?..Existiu algum lugar fisico que identifica este nome lá? Na minha noção este é um possivel motivo do nome do lugar. Se for, ele tem um fator historico e forte que levou o nome a ser perpetuado até os dias de hoje.
    Bom, sobre o público virar privado...imagino uma barraquinha , um fiteiro dentro do abrigo e que irradiou o espaço, a medida que foi urbanizado, dá para ver que tinha rua do outro lado, "alguma coisa" fechou e ganhou a rua e o abrigo.

     
  9. Braulio Tavares on 18 de abril de 2013 às 13:13

    Ao ver a foto antiga, acho que reconheci o antigo BAR CASCATINHA, que ficava nessa junção entre a Índio Piragibe a a Rua Vigolvino Wanderley. Essa coluna em forma de Y é característica. Quem descia do centro da cidade para o Alto Branco, passando pelo Ponto Cem Réis, passava obrigatoriamente aí na frente.

     
  10. Jorge Luiz Cyanopsitta Spixii on 18 de abril de 2013 às 13:34

    ixe desde que me entendo de gente(coisa de 49 anos atrás que passo neste lugar e não tinha ainda observado, kkkkkkkkkkkk
    há 4 horas · Curtir

     
  11. Thiago Tavares on 18 de abril de 2013 às 13:35

    Eu sempre me perguntei o porquê da farmácia ter feito a coluna dessa forma, olha ai a explicação

     
  12. Anônimo on 25 de janeiro de 2016 às 02:22

    Saudades de tudo, tudo...
    Esse blog, é antes de tudo:um serviço a história de Campina Grande. Obrigado por existir.

     
  13. Anônimo on 6 de fevereiro de 2016 às 22:07

    Frequentei nessa rua as Residências dos saudosos Dona Mirinha e Capitão Dalmo Teixeira,de cujas famílias prezo amizade!
    Mais um exemplo,fartamente documentado,do público virar privado em nossa cidade.

    Braulio José Tavares

     
  14. Anônimo on 10 de fevereiro de 2016 às 12:14

    Pessoal do blog,consegui tirar uma foto da placa inaugural desse abrigo! Tudo aconteceu por acaso ao passar por lá, vi que haviam tirado a fachada da farmácia, revelando a placa que datava o ano de 1959 sob a administração do então prefeito Dr. Elpídio de Almeida. Meu Nome é Diego Cantilino sou apaixonado pela história de Campina e gostaria de colaborar com o blog. Vcs tem interesses na foto? Como faço pra enviar?

     
  15. Adriano on 10 de fevereiro de 2016 às 16:27

    Mande pra gente amigo. Email retalhoscg@hotmail.com

     
  16. Jose Guimarães on 9 de julho de 2020 às 04:48

    Eu conheço essa rua muito boa .nessa época tinha muito rapariga

     


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