A imprensa paraibana anunciava, desde 02 de julho de 1958, a inauguração dos refletores do Estádio “Presidente Vargas”, pertencente ao patrimônio do vitorioso Treze F. C. de Campina Grande.
A data escolhida foi o dia nove daquele mês e ano.
Aquele “notável empreendimento” seria condignamente comemorado com uma partida entre o time da casa e o Sport Clube do Recife, segundo as notas esportivas:
“Para essa inauguração que prenuncia um verdadeiro acontecimento nos esportes tabajaras, já foi convidado o Sport, que irá abrilhantar as festividades, tendo o desportista Geraldo Melo, prócer trezeano, quando de recente visita que fez à Capital pernambucana concluído com êxito as ‘demarches’ naquele sentido” (A União: 02/07/1958).
Os dois times apresentavam esquadrão de altas credenciais técnicas. O treze recentemente havia conquistado o quadrangular JK, enquanto que o esporte era o atual bi-campeão do seu Estado.
Enquanto que o jornalista Normando Figueiras, na feliz data estampava em letras garrafais:
“Brilharão pela primeira vez as luzes no ‘Presidente Vargas’ – Mais uma notável realização do desportista João Lira Braga, dirigente máximo do grande grêmio da Borborema –Melhoramento de real valor – Eleva-se o patrimônio do pujante alvi-negro campinense (...). O prócer alvi-negro esta positivando uma administração das mais prósperas para o ‘Galo’ da Borborema, que vê sob a sua égide o raio de ação de sua vida esportiva-social, com maior projeção nos círculos futebolísticos”.
O tão esperado jogo entre o Galo e o Leão, também salientava o enfrentamento entre os técnicos húngaro Janos Tratai e o uruguaio Dante Bianchi, e seus respectivos titulares.
O Treze procurava alinhar na concha os zagueiros Nelson e Lucas, o médico Joab e os atacantes Guedes, Ruivo e Maisnovinho. Cedidos por empréstimo, completavam a equipe os craques Pedro Neguinho e Gonzaga, do Botafogo de João Pessoa.
Para o amistoso interestadual noturno eram anunciados, pelo Treze: Cícero (ou Jairton), Nelson e Lucas, Joab, Gonzaga, Pedro Neguinho, Ruivo e Maisnovinho. Pelo Sport Club eram esperados: Manga, Bria e Osmar; Zé Maria, Ney e Índio; Traçaía, Pacoti, Moral Seca e Eliezer.
Campina praticamente parou para ver a partida de futebol e o acender das luzes do Presidente Vargas.
Inauguração dos refletores do Estádio Presidente Vargas, em 1958.
De pé, da esquerda para a direita: Nelson, pelado, Lucas, Joab, Gonzaga, Milton e Janos Tatray (técnico);
Agachados: Guedes, Bola Sete, Bé, Ruivo e Josias.
Às 20 horas uma multidão de aficionados compareceu ao estádio. O Prefeito Elpídio de Almeida acionou as chaves que fizeram brilhar pela primeira vez os refletores do campo, sob vibrante salva de palmas. Em seguida, teve lugar o tão esperado certame entre Treze e Sport.
No sábado enfrentando-se nas preliminares os aspirantes do Treze e o Flamengo de Campina; e na principal, as equipes do Campinense Clube e ABC de Natal. E pelo domingo, as preliminares ficaram por conta dos aspirantes de Treze e Campinense, enquanto a partida principal foi disputada por Treze e ABC de Natal.
Em um segundo momento, traremos ao nosso público leitor a crônica desses jogos e seus resultados. Aguardem!
Referências:
- A UNIÃO, Jornal. Edições de 02, 09 e 10 de Julho. João Pessoa/PB: 1958.
- Arquivo fotográfico de Mário Vinicius Carneiro Medeiros
- Revista dos 50 anos do Treze: 1975
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