Através de indicações, postamos a foto acima - originalmente disponibilizada no Facebook - publicada em 1958 na Revista Mundo Ilustrado, da recém-inaugurada estátua em homenagem ao ex-presidente Juscelino Kubitschek, erigida na Praça da Bandeira, no Centro da cidade.
O colaborador do BlogRHCG Edmilson Rodrigues do Ó nos enviou um comentário, anteriormente, que atualiza as informações curiosas sobre a estátua de JK, em Campina Grande:
"É interessante ressaltar que, aquela estátua do grande presidente Juscelino Kubitschek erigida na Praça da Bandeira, em frente ao edifício dos Correios e Telégrafos, foi fruto dessa campanha popular idealizada e coordenada pelo sr. Alvino de Farias Pimentel que era amigo pessoal do presidente e seu anfitrião em Campina Grande.
A estátua, durante o período de construção do monumento ficou exposta a visitação pública no saguão da emprêsa comercial da qual o sr. Alvino Pimentel era o titular, localizada nas Boninas, ou seja, na Rua Felix Araujo - 216. Naquela época eu fazia parte do quadro funcional da referida emprêsa e, consequentemente, acompanhei de perto todas as minúcias do arrojado projeto que hoje já faz parte da história de Campina Grande."
O colaborador do BlogRHCG Edmilson Rodrigues do Ó nos enviou um comentário, anteriormente, que atualiza as informações curiosas sobre a estátua de JK, em Campina Grande:
"É interessante ressaltar que, aquela estátua do grande presidente Juscelino Kubitschek erigida na Praça da Bandeira, em frente ao edifício dos Correios e Telégrafos, foi fruto dessa campanha popular idealizada e coordenada pelo sr. Alvino de Farias Pimentel que era amigo pessoal do presidente e seu anfitrião em Campina Grande.
A estátua, durante o período de construção do monumento ficou exposta a visitação pública no saguão da emprêsa comercial da qual o sr. Alvino Pimentel era o titular, localizada nas Boninas, ou seja, na Rua Felix Araujo - 216. Naquela época eu fazia parte do quadro funcional da referida emprêsa e, consequentemente, acompanhei de perto todas as minúcias do arrojado projeto que hoje já faz parte da história de Campina Grande."
Segue, abaixo, a narrativa desse evento, em texto escrito pelo colaborador Rau Ferreira:
A Visita de JK à Campina Grande
O comércio havia fechado suas portas. O avião que conduziu o presidente pousou em solo campinense às 16 horas do dia 07 de novembro daquele ano. Milhares de pessoas se concentraram nos arredores do aeroporto “João Suassuna” para ver o governante que veio a este Município em companhia de sua esposa Sara, suas duas filhas, dos Ministros da Viação e do Trabalho Lúcio Meira e Fernando Nóbrega, do General Nelson de Melo (chefe da casa civil) e da imprensa falada e escrita do Rio de Janeiro, para inauguras duas obras de sua gestão: o trecho pavimentado que ligava o aeródromo à Cidade e a adutora de Boqueirão.
No desembarque, recebeu os cumprimentos do Governador Pedro Gondim, do Prefeito Elpídio de Almeida - que lhe ofertou as chaves da cidade – e do Presidente da Câmara, Vereador José Gaudêncio de Brito, que lhe entregou o título de cidadão campinense.
Em seguida, o presidente inaugurou solenemente a pavimentação da rodovia, ladeado pelo governador e os Senadores Ruy Carneiro e Argemiro de Figueiredo.
Os serviços de terraplanagem haviam sido executados pelas construtoras Lavor e Brunet, que concluíram em 120 dias o trecho de 5.400 metros, apesar das intensas chuvas dos meses de junho a setembro. Foram utilizados dos tipos de revestimento fabricados pela refinaria Ypiranga do Rio Grande do Sul. O custo total da obra estava orçado em Cr$ 13.442,00.
No trajeto em carro aberto até a Praça da Bandeira, o chefe da nação foi ovacionado pelo povo campinense, em reconhecimento à obra que viria sanar um antigo problema municipal com o fornecimento de 20 milhões de litros d’água.
Após inaugurado o serviço de adutora, foi descerrada na praça a estátua de JK, “monumento que consubstancia o agradecimento dos campinenses ao seu benfeitor”, que fica defronte aos Correios e Telégrafos.
Segui-se uma demorada girândola de fogos, usando da palavra naquele momento, os Srs. Antônio Vital do Rego, Newton Rique, Lopes de Andrade, e o sindicalista Antonio Mangabeira.
Falando à multidão, o presidente visivelmente emocionado, relembrou as suas primeiras impressões quando veio a esta cidade, ainda na campanha eleitoral de 56, destacando os compromissos assumidos, dentre eles o da iluminação de Paulo Afonso, promessa que já havia sido cumprida.
Nas suas passagens por Campina, JK hospedara-se na casa do amigo Alvino de Farias Pimentel, o Cumpadi Alvino.
Conforme já comentei anteriormente, eu participei direta e indiretamente do grande projeto de construção do Açude de Boqueirão (Açude Epitácio Pessoa) pois na época eu trabalhava na emprêsa dirigida pelo Sr. Alvino de Farias Pimentel, porquanto foi ele quem liderou a comunidade campinense na reivindicação junto ao governo Juscelino Kubitschek para que o projeto de construção da barragem fosse de fato executado. Bem, sobre isto eu já falei anteriormente. O que de fato eu quero lembrar, é que o Presidente JK no discurso alusivo a inauguração da adutora, foi taxativo e profético quando afirmou: "... Campina Grande não mais enfrentará problemas por falta d'água no decorrer dos próximos cincoenta anos..." !!!
Eu era um menino com 6 anos de idade e fui até a praça Coronel Antônio Pessoa(em frente a antiga sede social do Campinense) levado por minha mãe, para ver a passagem do presidente.
Com uma bandeirinha do Brasil na mão(naquele dia foram distribuídas dezenas delas, feitas de papel com um cabinho de madeira)balançada com vigor civíco, ví quando ele passou em carro aberto acenando para a multidão.
O melhor de tudo foi quando cheguei em casa pela noitinha, e pude tomar um banho de chuveiro com a água encanada da nova adutora.
Depois, um bom prato de sopa, pijama e cama!
Repito a sugestão: algum abnegado precisa pesquisar em nossos periódicos as passagens dos presidentes e presidenciáveis pela nossa grande Campina.
#ficaadica
Fiquei bastante emocionado aqui, e ainda mais em saber que esse carro era do meu tio. Até hoje tenho as fotos do carro guardado a sete chaves! Rsrsrs
Este comentário foi removido pelo autor.
Em 1958 eu,Heleno Soares Barros estava com 10 anos. Meu pai Mestre Otávio fabricava carroceria de ônibus na época chamada de "Sopa" na rua João Suassuna. Havia um movimento entre os amigos de meu pai, sobre um concurso alusivo a inauguração da adutora de Boqueirão recém inaugurada pelo Presidente Juscelino. Era um concurso da melhor frase para ser colocada na estátua do Presidente. Quem ganhou foi meu pai Otávio Alexandra de Barros com a frase: ESTÁVAMOS COM SEDE E NOS DESTE DE BEBER. DEUS LHE PAGUE.
(Se estou errado, me corrijam)