Largo da Matriz - Foto MHCG |
Visão panorâmica do Largo da Matriz, com destaque para a antiga área utilizada para feira livre, o Comércio Velho.
Ao fundo, no centro da foto, as casas na transversal, situadas à Rua Maciel Pinheiro, demolidas com a expansão da futura Av. Floriano Peixoto.
Na foto abaixo, as retas em cor amarela situam o alinhamento tomado para a definição da grande avenida desenvolvida pelo Prefeito Vergniaud Wanderley. Nos círculos, estão a Igreja do Rosário (demolida) e a antiga Casa de Cadeia, hoje o Museu Histórico.
Apesar da foto encontrar-se datada ao ano de 1918, no Museu Histórico, o pesquisador Jônatas Rodrigues atenta:
"Tenho certeza que esta fotografia não é de 1918. Vou dizer porque, primeiro é que aparece na imagem o antigo prédio da antiga usina de energia elétrica que foi inaugurada apenas em setembro de 1920. E o prédio da esquina na rua Maciel Pinheiro que era a Casa Guerra que foi construído no início da década de 1920. O mais provável é que esta fotografia seja aproximadamente entre 1925 e 1929.
E outra a arborização do Largo da Matriz (atual Avenida Floriano Peixoto) foi implantada a partir do governo municipal de Ernani Lauritzen de 1923 a 1928."
Esse antigo Centro Histórico de Campina Grande em 1935 conheceu o seu carrasco - Vergniaud Wanderley quando, a convite do governador e amigo Argemiro de Figueiredo, veio fazer parte do seu governo. Meses após assumir esses os cargos de: chefe de polícia e depois como secretário da Agricultura, foi indicado candidato a prefeito de Campina Grande, nas eleições de 9 de setembro de 1935. No seu governo quis fazer uma reforma urbana na cidade. Na reforma demoliu a Igreja Matriz e o Paço municipal localizado vizinho à antiga igreja, indenizou e mandou derrubar a igreja do Rosário, acabando com o largo e ampliando mais ainda a perspectiva de crescimento da nova avenida transformou a cara do centro da cidade com a abertura da Avenida Floriano Peixoto. Mas Vergniaud acabou gerando também a revolta dos empresários e donos dos imóveis e outras pessoas que tiveram suas vidas totalmente transformadas a partir de 1935. Sem julgar os prós e os contras, Vergniaud Wanderley tornou-se co-nhecido como o administrador que mudou a cara de Campina Grande.
Muito se critica o que Wanderley fez. Porém, já pararam pra pensar que no ano que ele implementou a grande reforma os edificios derrubados, salvo é claro o Paço Municipal ainda eram obras novas, sem tanto valor histórico? Seria histórico se ainda estivesse de pé hoje e não naquela época. Acho que se ele não tivesse feito isso, nosso centro hoje iria parecer com o centro de Areia.
Lamentamos a destruição do casario colonial. Mas é inegável que a reforma urbana deu uma nova feição à cidade. Se não houvesse sido feita, o centro de Campina Grande seria como o de Caruaru, em Pernambuco.
Tenho certeza que esta fotografia não é de 1918. Vou dizer porque, primeiro é que aparece na imagem o antigo prédio da antiga usina de energia elétrica que foi inaugurada apenas em setembro de 1920. E o prédio da esquina na rua Maciel Pinheiro que era a Casa Guerra que foi construído no início da década de 1920. O mais provável é que esta fotografia seja aproximadamente entre 1925 e 1929.
E outra a arborização do Largo da Matriz (atual Avenida Floriano Peixoto) foi implantada a partir do governo municipal de Ernani Lauritzen de 1923 a 1928.